𝒞𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 6: 𝒫𝑟𝑜𝑣𝑜𝑐𝑎ç𝑜𝑒𝑠 𝑛𝑜 𝒜𝑟

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Era uma daquelas noites em que o grupo inteiro conseguia se reunir. Entre turnos no hospital e no quartel, cada um tinha trazido um pouco da própria energia para a noite. Addison ria de uma piada de Mark, enquanto Meredith contava a última história de algum paciente peculiar que tratou no Grey Sloan. Maya e Carina estavam sentadas lado a lado, perto o suficiente para se tocarem de vez em quando, mas mantendo certa distância – afinal, estavam cercadas de amigos, e cada uma sabia como provocar a outra sem ultrapassar o limite.

Maya se inclinou, pegando um copo de vinho e oferecendo um para Carina, que aceitou com um sorriso cheio de segundas intenções.

“Grazie, amore,” Carina murmurou, dando uma piscada para Maya enquanto segurava o olhar dela um segundo a mais do que o necessário.

Maya sentiu um arrepio com o jeito que Carina pronunciava aquela palavra. “De nada,” respondeu, sem desviar os olhos. “Achei que você pudesse querer algo forte esta noite.”

Carina inclinou a cabeça, deixando escapar um riso baixo. “Ah, eu gosto de coisas fortes. Especialmente quando estão bem... ao alcance.” Seus dedos roçaram propositalmente a mão de Maya ao pegar o copo, e a temperatura no ar pareceu subir alguns graus.

Addison, que estava atenta aos dois, apenas balançou a cabeça com um sorriso, percebendo o clima. “Vocês duas deviam só pular essa etapa e nos poupar do flerte,” provocou ela, rindo. “Está na cara que isso é muito mais que um ‘jogo inocente’.”

Maya sorriu, olhando de relance para Addison. Onde estaria a graça, Addie? Às vezes, o jogo é a melhor parte.”

Carina, entrando na brincadeira, se inclinou um pouco mais perto de Maya, seus olhos brilhando de diversão. “Então... você quer jogar?” A voz dela era baixa, e o sotaque parecia mais acentuado, o que Maya sabia que Carina fazia propositalmente para provocar.

“Só se você conseguir acompanhar,” respondeu Maya, tentando parecer indiferente, mas sem conseguir esconder o sorriso de desafio.

Mark, percebendo a troca de olhares entre as duas, levantou o copo e fez uma cara fingidamente séria. “Eu sabia que essa noite seria boa, mas assistir esse flerte ao vivo realmente superou as expectativas.”

Meredith riu, e Addison deu um leve empurrão em Mark. “Deixa as meninas em paz. Vamos ver até onde elas vão com isso.”

Carina sorriu e, sem tirar os olhos de Maya, murmurou:Você sabe que eu sempre vou além.” Ela colocou a mão na perna de Maya, em um toque sutil, mas que enviou uma onda de eletricidade entre elas. “Mas só se você estiver disposta a me acompanhar.”

Maya respirou fundo, tentando manter a postura. Gostava de provocar Carina, mas sabia que ela sempre levava as coisas para um nível acima. “Acho que você vai ter que provar isso,” disse ela, apertando suavemente a mão de Carina em resposta.

A troca de olhares entre elas era como uma conversa silenciosa, um entendimento mútuo de que, por mais que brincassem ali, cada uma conhecia exatamente o efeito que tinha na outra. E era exatamente essa tensão, esse toque de desafio e de promessa, que tornava tudo ainda mais irresistível.

Addison, finalmente, levantou o copo em um brinde. “A todos nós, pelos flertes, os jogos e, claro, as promessas… que continuem nos divertindo por muito tempo.”

Os outros riram e brindaram, mas Maya e Carina mantiveram o olhar fixo uma na outra, com sorrisos que sugeriam que a diversão estava apenas começando.

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