Maeve Hunter, uma jornalista criminalista, tem sua vida virada de cabeça para baixo quando é convocada pela polícia para atuar como secretária disfarçada do presidente Brennan Scott. O que começa como uma missão para descobrir os segredos obscuros d...
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Sabe quando tudo parece estar indo bem e, sem aviso prévio, o mundo resolve dar um giro de 360 graus e destrói todos os seus sonhos e a sua felicidade?
Minha amiga e chefe estava parada diante de mim, com aquele mesmo sorriso com que ela me recebia todos os dias no meu ambiente de trabalho, aquele sorriso que me fez acreditar que o mundo poderia ser um lugar melhor.
Que doce ilusão!
Jessie: Vai ficar tudo bem, Maeve! - Eu ainda segurava aquele laudo em minhas mãos e olhava para o seu rosto, sem acreditar que ela poderia estar tão otimista. - Eu recebi isso hoje.
Maeve: Não tem graça! - Eu não poderia simplesmente rasgar aquele papel e jogá-lo no lixo; era um documento muito sério para isso. Mas ainda assim, era inacreditável o que eu estava lendo: câncer. Que absurdo é esse?
Aquele maldito médico deve ter feito uma brincadeira de mau gosto ou trocado o laudo com outro paciente.
Jessie: Essas coisas acontecem! - Ela tateou minha mesa, recuperando o documento que eu havia jogado sobre as fotos de alguns empresários. - Ele ainda disse que eu tenho quatro anos, quase cinco, então eu tenho tempo suficiente para, pelo menos, realizar meu sonho.
Maeve: Ter um filho! - Essa mulher ainda vai me deixar louca. - Como você vai ter um filho e perder nove meses de tratamento? E daí que ele deu cinco anos de vida a você? Podemos começar o tratamento agora e conseguir mais tempo até encontrar a cura.
Só podia ser brincadeira; ela realmente queria perder todo o seu tempo para ter um filho em vez de buscar um tratamento que a mantivesse viva?
Jessie: Eu não quero perder meus cabelos, eu não quero ver meu corpo definhar. - Então ela pegou o papel do laudo e jogou-o no lixo. Claro que fui correndo até lá e o recuperei. - Eu vou realizar meu sonho.
Maeve: E a senhorita pode me explicar como vai criar um filho se estiver morta? - Ela baixou os olhos para as próprias mãos. Eu sabia que estava sendo ríspida demais, mas ela precisava entender que sua vida estava em risco, e trazer uma criança para o mundo agora era uma sentença de morte. - Você não vai ver seu filho crescer. É mais fácil você fazer o tratamento e começar a quimioterapia. Seus cabelos vão crescer de novo, e sempre há a alternativa de adotar uma criança. Eu posso te ajudar!
Jessie: Eu vou conversar com meu médico e perguntar como é o tratamento e quanto tempo vai durar. - Eu cruzei os braços e olhei em seus olhos mais uma vez, enquanto me jogava na cadeira diante da mesa. Discutir com essa mulher era como discutir com uma parede; ela iria fazer o que quisesse. - Mas eu sei que você vai me ajudar se eu resolver ter um filho.
Então ela sorriu e se retirou, me deixando ali. Eu era uma jornalista criminalista e era ótima no que fazia. Claro que meu salário não era excelente, mas era o suficiente para viver com dignidade.
Olhei para minha melhor amiga uma última vez enquanto ela entrava em seu escritório do outro lado da sala. O andar em que trabalhamos era o setor fotográfico. Eu ainda precisava revelar mais algumas fotos antes de digitalizar e enviar para a revista e para o site da revista onde trabalho.
