Capítulo -5- Mavis.

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Acordei mais uma vez com aquele maldito despertador

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Acordei mais uma vez com aquele maldito despertador. Minha cabeça estava a mil por ter trabalhado até tarde, mas eu estava feliz por finalmente ter conseguido comprar a casa dos meus sonhos e poder ter uma vida boa. No entanto, o vício no trabalho me deixava cansada.

Julie fazia questão de tentar transformar minha vida em um inferno na empresa. Eu não gostava daquela garota, mas ela sabia que eu gerava ainda mais dinheiro para aquele lugar. Doiscentos mil dólares era uma quantia considerável na época em que recebi, mas cinquenta mil dólares foram para casa e cem mil dólares deixei guardados para o caso de precisar.

Os últimos cinquenta mil dólares, que eram os últimos que eu podia gastar, foram destinados ao tratamento da minha filha. A linda e adorável criança amava dançar e, com isso, suas aulas de balé após a escola estavam em dia.

Mavis: "Mamãe?" - Ela abriu a porta do meu quarto e entrou. Estava bocejando e seu cabelo estava bagunçado; usava apenas aquele pijama que eu havia comprado para ela. - "Hora da panqueca".

Maeve: "Hora da panqueca!" - Levantei-me, peguei uma escova e passei pelos seus cabelos para que ficassem bonitos e quase prontos até a hora de eu arrumá-la para a escola. - "A tia Dália vai chegar daqui a pouco".

Dália era uma ótima amiga e me ajudava muito a cuidar de Mavis quando eu não estava em casa. Eu lhe era eternamente grata.

Dália chegou cerca de dez minutos depois, ajudou-me a preparar as panquecas para que minha filha comesse e estava feliz porque finalmente havia recebido uma promoção na empresa. Agora, ela iria apresentar o blog, enquanto eu continuaria atrás do computador, certa de que ninguém veria meu rosto.

Dália: "Ainda não consigo acreditar que você ajudou seu padrasto a colocar aquele homem atrás das grades. Muitas das pessoas que depuseram contra ele naquela delegacia e também no julgamento morreram. Fiquei com medo de que algo acontecesse com você." - Quando soube, também temi que algo ruim acontecesse comigo, mas, por um milagre, nada veio atrás de mim.

Maeve: "Acredite, também fiquei incrédula!" - Tomei um pouco do meu chá, pois estava com dor de cabeça há um tempo e precisava descansar; estava trabalhando demais, o que me causava várias dores de cabeça durante a semana. - "Mas vamos esquecer esse assunto. Rossi jurou nunca mais me envolver em seus negócios".

Dália: "Isso é ótimo!" - Peguei um pouco de panqueca enquanto ela se aproximava de Mavis, que começou a sorrir quando Dália começou a brincar com seus cabelos. - "Essa linda mocinha está brincando em vez de tomar o café da manhã? Então, o castigo dela será várias cosquinhas".

Mavis sorriu. Claro que essa era a alegria de Jessie; eu queria que ela pudesse olhar para o rosto da própria filha e ver como ela era uma criança bonita. Desejava que Jessie pudesse realizar seu sonho enquanto estava viva. Espero que esteja fazendo a coisa certa e que ela esteja orgulhosa de mim.

 Espero que esteja fazendo a coisa certa e que ela esteja orgulhosa de mim

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Mavis Hunter.

Maeve: "Ok, chega de brincadeiras, agora é hora dessa mocinha trocar de roupa." - Mavis correu para o andar de cima para se trocar para a escola. - "Você precisa parar de agradá-la demais. Eu preciso que ela entenda que nem tudo o que desejamos podemos ter. Quero que ela compreenda o que é certo e o que é errado".

Dália: "Ela só tem quatro anos, vai completar cinco anos daqui a dois dias." - Para Dália, essa era sempre a resposta: Mavis tinha apenas quatro anos e era uma criança muito pequena, mas sabia o que queria. Ela era tão inteligente quanto Jessie. - "Julie fez alguma coisa? Mavis é sobrinha dela; na realidade, era para aquela vadia pelo menos se importar em mandar um 'oi' para a garota ou saber como ela está."

Maeve: "Julie só se importa com aquela empresa porque está ganhando muito dinheiro com ela; não se importa com nada além disso. Sinceramente, ela não apareceu nem no velório da própria irmã, então vamos mantê-la longe da minha filha." - Eu não queria que Mavis soubesse que tinha uma tia que não se importava com ela; minha filha merecia muito mais do que isso.

Fomos juntas até a escola, que ficava perto da empresa, e deixei minha filha lá. Claro que ela correu para suas amiguinhas e entrou na escola. Eu estava feliz, tinha uma ótima vida e, agora, não tinha mais o que reclamar.

Ao chegar à empresa, Julie já estava ao telefone conversando com sua cabeleireira. O cabelo daquela mulher estava impecável, e eu ainda não conseguia acreditar em como ela gostava de se arrumar mais do que o normal.

Julie: "Eu não me importo, quero que você agende o meu horário para hoje às 14h, claro!" - Aproximou-se de mim com um papel pardo nas mãos e logo em seguida balançou a mão como se eu não fosse nada e me dispensou. Dália revirou os olhos enquanto seguimos adiante até minha sala.

Dália: "Ainda não posso acreditar que essa babaca é nossa chefe. Se eu pudesse, teria dado a ela o mesmo destino que Jessie." - "Eu também!" - "E como você vai fazer? Não passa pela sua cabeça encontrar um namorado um dia?"

Não pude evitar a careta que se formou em meu rosto. Eu nunca havia pensado em arrumar um namorado e, quando engravidei, passei por tudo isso com a ajuda de Dália, mas em momento algum pensei em arrumar um parceiro. Não acreditava que ainda estivesse assustada com o que havia acontecido e que realmente acreditasse que aquele desgraçado sairia da cadeia.

Maeve: "Eu já tenho Mavis para me importar; não preciso de um homem para cuidar como se fosse uma criança também." - Ela revirou os olhos e, em seguida, colocou um panfleto em minha frente. - "O que é isso?"

Dália: "É uma festa do sexo!" - Levantei os olhos lentamente para o rosto da minha amiga, ignorando completamente o papel diante de mim. - "É um lugar muito privado. Já que você não quer um relacionamento, pode desestressar lá, claro, se você quiser. Você vai sair de lá em cinco dias; acredito que isso seja tempo suficiente para você encontrar uma babá para deixar com Mavis."

Maeve: "Você está brincando comigo?" - Ela fechou a porta da minha sala para que ninguém ouvisse o que tinha para me dizer, como se aquilo fosse um segredo. - "Uma festa do sexo? Sério?"

Dália: "E o que há de mais nisso?" - Ela deu de ombros. Eu olhei para o papel mais uma vez; era um papel negro decorado com desenhos e rabiscos dourados, contendo fotos de alguns homens sem camisa. - "Você vai até lá, tira as suas teias de aranha e, no dia seguinte, finge que nada aconteceu. É ótimo, e você estará usando uma máscara o tempo todo; não saberá quem é o homem, e eles também não saberão quem é você. Estará protegida e ainda assim terá uma noite alucinante."

Maeve: "Eu tenho uma filha para cuidar. Você realmente acha que eu vou a uma festa dessas e deixar uma criança sozinha?" - Coloquei ambas as mãos na cintura. - "Eu não posso, você sabe muito bem que não posso deixar Mavis com ninguém. Ela é muito mimada e obedece pessoas desconhecidas porque você a ensinou a ser uma menina doce demais."

Dália: "Tudo o que você precisa fazer é contratar uma babá. Se ela é obediente, uma babá contratada cuidará muito bem dela, e você poderá sair e voltar no dia seguinte. Será no final de semana, e você não terá que se preocupar com o trabalho." - Olhei para aquele papel mais uma vez, achando ridículo. Chegar a uma festa com máscara e não ter ideia de quem estava diante de mim? Eu não sabia o que pensar. - "Maeve, eu não estou forçando você a ir; só quero que você vá até lá e aproveite um pouco. Você só sabe trabalhar e voltar para casa."

Maeve: "Vou pensar no seu caso!" - Ela sorriu e bateu palmas, muito feliz para o meu gosto, o que não me deixou contente. Porém, não podia descartar a ideia.

O restante do meu dia no trabalho foi tranquilo até que voltei para casa e busquei minha filha. Havia uma pequena caixinha dourada em suas mãos, e ela estava sorrindo muito, dizendo que havia ganho do carteiro que deixou em nossa porta.

Mavis: "Olha, mamãe!" - Ela tinha um sorriso enorme nos lábios enquanto olhava para o pequeno ursinho de pelúcia em suas mãos. Sinceramente, eu sabia que meus vizinhos gostavam dela, mas não fazia ideia de que ela ganhava presentes. - "É um pequeno ursinho de pelúcia! O que é?"

Ela veio até mim e entregou-o em minhas mãos, tão contente com aquele ursinho que eu nem me importei se havia recebido de presente dos vizinhos.

Maeve: "O filhote de ratazana!" - Claro que eu não queria perder meu tempo explicando para ela o que era, e por isso peguei minha filha no colo. - "Agora vamos preparar essa menina linda para sua amada aula de balé."

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