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——— VOTEM
Emelina franziu o nariz em desgosto enquanto observava JJ colocar manteiga de amendoim em pão mofado. Ela se sentiu mal, que ele está com fome o suficiente para consumir aquilo. Depois de andar com eles nos últimos dias, ela está começando a perceber o quão privilegiada ela é e ela não pode deixar de se sentir culpada por não poder lutar, mas seus amigos sim.
"Aquele pão tinha mofo há três dias." Pope o lembrou, mas JJ continuou a colocar a pasta no pão. "Vou só tirar as partes ruins. Além disso, mofo é bom. É apenas um organismo natural." ele respondeu.
"JJ," Kiara o chamou, e ele correu para o resto do grupo, já que eles estavam esperando por ele. "Sim, sim, sim. Putz! Vamos lá."
Com a ajuda de uma lanterna e algumas velas acesas espalhadas, John B olhou para o pacote branco que Emelina encontrou. Todos estavam ansiosos para ver o que poderia haver ali que seu pai havia deixado para ele. John B abriu.
"Mmm..." JJ começou a engasgar assim que deu uma mordida em seu sanduíche de manteiga de amendoim. Emelina não conseguiu evitar uma risada e ele cuspiu seu pão mastigado, jogando-o fora.
"Nojento..." ela murmurou baixinho.
John B puxou um pedaço de papel dobrado e começou a desvendá-lo. Emelina levantou-se de seu assento e se inclinou sobre a cadeira dele para dar uma olhada no papel impresso, "É um mapa?"
O mapa consistia em coordenadas escritas, algumas setas apontando para a terra e outros desenhos que ajudam a concluir o que o pai de John B estava exatamente procurando. "Oh", Pope apontou seu dedo no papel. "X marca o local."
John B começou a traçar o dedo pelo mapa, "Longitude, latitude. Espere, tem mais alguma coisa aí." Ele tirou um gravador do pacote.
"O que é isso?" JJ perguntou, e Kiara zombou: "É um gravador, idiota."
John B apertou play, e uma voz masculina desconhecida soou nos ouvidos de Emelina enquanto ela começava a ouvir. "Querido. Pássaro."
"Quem é Bird?" Emelina perguntou, lembrando-se do que o pacote também tinha escrito. "É assim que meu pai me chamava." John B respondeu, atordoado.
"Eu odeio dizer, 'Eu te avisei, mas eu te avisei. E você duvidou do seu velho. Eu suspeito que neste momento, você está cheio de culpa e auto-aversão por causa da nossa última luta, mas não se mate ainda, garoto. Eu também não esperava encontrar o Mercador."
Todos se entreolharam, mas continuaram a ouvir. "Você provavelmente estava certo em me chamar. Não era exatamente o Pai da Década. O que posso dizer, garoto? Eu podia sentir o cheiro do ouro... E espero que estejamos ouvindo isso em nossa nova cabana de açúcar na Costa Rica, vivendo de investimentos passivos e puxando licenças. Se não, e você acha isso por razões menos ótimas, bem, é para isso que serve o mapa... Lá está ela, o naufrágio do Merchant. Se algo acontecer comigo, termine o que comecei. Vá atrás do ouro, garoto. Eu te amo, Bird, mesmo que eu nem sempre tenha agido assim. Vejo você do outro lado."
