Doce Destino - House Of The Dragon

08 - Ômegas misteriosos

A pequena casa Salvatore estava silenciosa até demais para o horário, todos os moradores da casinha pareciam envolvidos com seus próprios afazeres.

Maellor estava nos jardins, ele podia ser o irmão mais peculiar depois de Aemond. Quase rebelde, mas a pintura era sua grande paixão e a visão das flores do jardins banhada pelo nascer do sol e com o acordar dos passarinhos era apaixonado.

Aquele início de manhã tinha gosto de paz, era um gosto doce e cítrico que se misturava em sua língua e o deixava dormente ansiando cada vez mais aquele sentimento tão puro. A mistura do amarelo, do verde e do azul lhe eram a mistura perfeita.

O sol fraco da manhã tocou sua pele dourada o deixando reluzente. Maellor suspirou e limpou o suor que escorria da testa com a parte traseira da mão sujando o local de amarelo. Helaena que acordou disposta a colher flores para fazer coroas abriu a porta e deu de cara com o irmão.

A ômega mais velha saltitou até ele com a cesta em mãos, Helaena sempre gostou de ver o irmão pintar. Ela se sentia feliz com isso afinal Maellor podia ser bruto e violento mas ali bem no fundo ele era tão delicado e merecia ser cuidado.

— Acordou inspirado? — Helaena se manifestou parando ao lado do irmão que sorriu mas não deixou de olhar para a tela que pintava

— Estava sem sono e a vista estava perfeita demais para não ser registrada — falou molhando o pincel narina verde

Helaena olhou em volta, Maellor tinha razão, tudo estava tão perfeito que merecia se registrado para que não se esquecessem de como a vida deles eram.

— Eu acho tem razão!

— Tenho?

— Aqui e nossa casa é sempre será, mas ainda sim momentos mágicos como esses devem ser registrados para que nunca sejam esquecidos. Para serem eternizados mesmo que em nossos corações

— A forma como fala — Maellor parou o pincel no meio do caminho e a olhou — faz parecer que algo de muito ruim vai acontecer em muito breve

— Não é isso Maellor, é só que temos que aproveitar o momento de agora

— Seja sincero comigo Helaena — largou de vez o pincel e encarou a loira com mais firmeza no olhar — o que vai acontecer?

A ômega mais velha riu forçadamente.

— E como eu poderia saber? Não sou vidente Maellor

— Me conte outra Helaena, todos nós sabemos que você sabe exatamente o que vai acontecer e sempre falar sobre tudo em códigos bizarros então seja verdadeiramente sincera comigo — ela o encarou — o que vai acontecer com todos nós? Vamos morrer?

— Não! — falou se desesperado um pouco — não vamos morrer, nenhum de nós vamos morrer seremos todos felizes mas...

— Mas?

— Muitas coisas ainda vão acontecer com cada um de nós e Maellor eu sinto muito — a loira mordeu os lábios e o olhou sentindo os olhos marejarem — Eu gostaria de poder fazer alguma coisa para impedir que você se machucasse mas eu não posso fazer nada

Maellor iria a questionar mas Aemond e Aegon saíram pela porta e se aproximaram dos irmãos. O ômega mais velho dos quatro os encarou sentindo a tensão formada ali.

— Aconteceu algo?

Maellor e Helaena se encararam, e então o pintor voltou a sua pintura e deu de ombros e a loira soltou a respiração e relaxou os ombros.

— Não. Helaena queria que eu pintasse borboletas azuis no quadro mas eu já disse que isso está fora de questão

— Qual é seu problema mesmo com borboletas? Esse seu medo não é muito coerente — Aemond falou

Maellor deu de ombros. Ele não sabia, Maellor não sabia onde surgiu esse medo mas sabia que não gostava de borboletas principalmente as azuis. A cor lhe deixava tonto e sem rumo.

[...]

Jacaerys entrou no salão o vendo praticamente vazio, apenas seus pais e irmãos estavam ali presentes. Rhaenyra estava de pé e Daemon sentado na cadeira com a alfa ao seu lado.

O ômega mais velho tinha uma carranca no rosto, as sobrancelhas quase inexistentes estavam franzidas e o nariz se contorcia. Jace poderia dizer que o pai estava chateado, mas quem foi o louco que o chateou a essa hora do dia?

— Até que em fim você apareceu Jace, estava aqui falando para nossos pais sobre os ômegas de vila velha — Lucerys falou praticamente debruçado sobre a mesa

Jace teve a resposta, foram ele e Luke que o chatearam.

— Lucerys! Deveria ter me esperado para isso

— Porque não nos contaram antes?

— Mãe — Jace olhou para Rhaenyra e sorriu — iríamos falar depois do jantar mas... bem.

— O munã bateu na Alicent novamente — Visenya falou enquanto colocada outra uva na boca

— Isso aí Vi tirou as palavras da minha boca

Lucerys riu e se debruçou mais sobre a mesa e olhou para os pais, ele tinha um sorriso bobo que fez Baela e Visenya revirarem os olhos.

— Ah você tem que conhecê-lo munã — olhou para os pais, mas sua fala era direcionada para Daemon — ele é tão perfeito que até mesmo me chingando ele consegue ser perfeito — Daemon revirou os olhos, e Rhaenyra riu — Eu já disse que ele é perfeito?

— Já! Vinte vezes — Rhaenyra respondeu — Jace tem algo a nós dizer?

Jace riu e se jogou na cadeira imitando o ato de Luke e jogando sobre a mesa suspirando.

— Ele é lindo munã, doce, gentil e tem um sorriso lindo, ah munã eu destruiria o mundo se ele me pedisse, eu colocaria fogo em toda King's Landing se ele me pedisse

Baela riu, e se levantou.

— A conversa está ótima, eu realmente quero ficar aqui e ouvir vocês falarem sobre como estão apaixonados por ômegas misteriosos mas eu tenho que estar em Driftmark e você também Lucerys — Apontou para o irmão que resmungou se levantando

Baela ques já estava cansada da manhã do irmão o puxou para que fossem logo de uma vez.

— Quando eu voltar vamos até vila velha novamente Jace!

Gritou e então as portas se fecharam e a voz estridente de Lucerys se calou.

— Jacaerys — olhou para Rhaenyra que havia o chamado — Vocês dois... quatro, tem certeza?

— Sim, se estivesse na minha pela mãe sentiria o que eu senti — começou e Visenya se levantou não estando bem um pouco afim de escutar seu irmão apaixonado e saiu do salão sem dizer mais nada — era como se nós dois fossemos feito um para o outro eu me senti nas nuvens não sei se vai me entender mas era coisa de outro mundo

Rhaenyra sorriu e acariciou a mão do marido com o polegar enquanto o olhava de lado. Ela entendia bem, ela o entendia muito bem e Daemon e a prova disso...