04- Hogsmead

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Estava em uma das escadas do atalho para Hogsmead esperando todos saírem quando vi Harry e os gêmeos.

- O que estão fazendo?
- Passando nossa herança pra Harry.
- Não acredito! - Murmurei. Olhando para Fred.

- Você sabe tudo.. Harry é novo.
- Você sabe que minha preocupação não era os atalhos. - Fred concordou.

- Está tudo bem?
- Incrivelmente bem. - Disse, séria, vendo Harry me analisar.

- Porque sempre parece que está indo para um funeral?
- Quando você abriu a boca pra falar isso, alguém morreu. - Fred riu.

- Afiada como sempre. - Olhei meu relógio.
- Tenho que ir. - Beijei a bochecha de Fred e quando passei por Harry assanhei seus cabelos, pude jurar que vi ele ficar vermelho..

(...)

- Por quê?!
- Como é? - Me virei para Harry, que aparentemente estava chorando, quando vi o garoto se aproximar com fúria nos olhos ergui a varinha.

- Ele traiu meus pais! O seu pai! Por isso que está preso e ainda.. ainda era amigo deles!
- Ah, você soube.
- Você já sabia? - Minha expressão foi resposta suficiente.

- É uma mentirosa!
- Nunca te escondi nada.. Dumbledore que não te conta o que você deve saber.
- Deve ser igual ele, uma traíra.. nunca devia ter aceitado me aproximar de você para conseguir informações! Porque acabei gostando e você é só mais uma deles. - A varinha oscilou de minha mão, olhei para Hermione e Ron, que agora pareciam sentidos, só não sabia por quem.

- Fui um plano?
- Isso é o que te conforta? Achei que não se importasse com nada!
- E você se importa?!
- Ao menos eu tenho amigos e alguém pra cuidar de mim e não me deixar largado em um porão. - Remexi meu pescoço, controlando meus olhos.

- Nunca devia ter confiado nada a você. - Me trombei com ele saindo.

(...)

O resto da semana havia sido um porre total, nada acontecia, ninguém falava comigo direito e cada vez mais Sirius Black parecia perto.

Quando eu acordei, na manhã de Natal, me assustei com barulhos na comunal.

- Ah.. esqueci disso. - Murmurei para o trio de ouro.
- Tem presente seu aqui.. - Ron disse, eu apenas peguei minha caixa e me sentei em um sofá do outro lado.

Me assustei ao ver um colar quase prata das Relíquias da Morte.. Aquela prataria..

Convoquei um elfo da cozinha que não demorou muito para chegar, o trio prestou atenção.

- Sim, Black?
- Compare as pratarias. - Tirei meu relógio o depositando em sua mão juntamente ao colar. - Agora!

- Não pode falar assim com ele.
- Fica na sua, Granger. - Praticamente rosnei.

- Prataria Black, senhorita. Uma prataria feita exclusivamente para ser usada em uma família apenas.. isso aqui vale milhões de galeões, os dois. Família Black sempre foi muito rica, então, inicialmente, para não precisarem ser comparados com alguém criaram uma espécie única de prataria, para tudo, talheres, móveis, joias e usam essa desde então.. é autenticidade pura. - Peguei os dois da mão do elfo, o trio prestava atenção.

- Obrigada.

(...)

Algum dedo duro (apostava que Hermione) contou a Minerva sobre a minha prataria e a Firebolt de Harry, o que fez a mesma o confiscar em sua sala.

Eu fuzilava ela com o olhar durante o café da manhã, estava quase do meu lado.

Me assustei quando Stella sobrevoou a mesa jogando um envelope verde em minha frente.

- Hum, um berrador. - Weasley disse.
- Você tem péssimas experiências, hum?

Respirando fundo eu abri, a voz de Narcisa ecoou.

"S/n Black!
Depois de tudo que fizemos por você, como ousou atacar Draco com cordas invisíveis! Sempre devíamos saber, é uma xerox de Sirius!

Ficamos sabendo também da prataria, se agora, seu papai voltou, não tem motivos para estar aqui!

Não retorne nas férias, se vire!"

E a carta pegou fogo.
O trio me olhava com uma expressão.
A que eu mais odiava na vida.
Pena.

- Que foi? - Bati na mesa me levantando.

(...)

Estava na casa de Hagrid, o homem também me compreendia também, as vezes, só não gostava que ele também era muito amigo do trio de ouro.

- Chamou eles.
- Eles precisam saber também. - Revirei os olhos.

- Você?
- Não, Helga. - Ironizei para Harry.

- Achei que eram amigos.
- Seríamos amigos se ele vivesse o presente. - Dei de ombros.

- Não tem sentimentos, não é? Sabe como é descobrir que o assassino de seus pais era amigo deles?
- Quem matou seus pais foi Voldemort.
- Seu pai entregou!
- Você é patético. - Virei para o lado.

- Você tem uma tatuagem?!
- Contra suas regras, Granger? Não, é uma runa, todos os que levam o sobrenome Black têm..

- E Sirius concordou?
- Narcisa diz que não.. Walburga pediu ao hospital antes que ele pudesse saber.
- E a sua mãe?
- Deixe Hagrid falar. - Cortei as perguntas, ninguém ali era confiável.

- Bicuço foi condenado.. - Bicuço era o animal de Hagrid, havia sido condenado pois Draco foi atacado por ele.. atacado em aspas, ele é um ator de primeira.

- Não!
- Tente fugir com ele!
- É impossível.. só me resta aceitar. - Desatou a chorar.

Por um minuto minha runa doeu.

- Tenho que ir, estarei aqui no julgamento, não se preocupe. - Lancei meu melhor olhar solidário ao gigante.

E sai castelo a fora em busca de Dumbledore.

- McGonagall.. pode me levar ao diretor?
- Tudo bem?
- Minha runa. - Virei meu pescoço, que sangrava, o sangue saia do lugar da runa.

McGonagall se apressou em andar, a mulher disse a senha da gargula e a gente subiu.

- Dumbledore.. a runa dela. - O diretor olhou por cima do óculos.
- Obrigada McGonagall, depois conversamos. - A professora pareceu entender o recado, pois saiu.

- O que está acontecendo?
- Ele está te procurando. Seu pai.. está te procurando.
- Ele..
- Nem imagino como está.. vou te entregar um livro, sobre as runas Black.  Tem um na biblioteca mas é um pouco complicado de achar e você tem urgência. - Ele puxou o exemplar.

- Leia com atenção e tudo estará explicado. Até lá, mantenha os amigos perto e os inimigos mais perto ainda.. e, seja mais carismática.
- Sabe que não pode me pedir isso.
- Sei?
- Em partes. - Senti o sangue parar de escorrer.

- Você fez isso?
- Vai entender quando finalmente ler o livro.
- Obrigada.

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⏰ Última atualização: 5 days ago ⏰

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𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐂𝐘 • 𝐇𝐀𝐑𝐑𝐘 𝐉. 𝐏𝐎𝐓𝐓𝐄𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora