Cap 6.- Est dans le Désespoir.

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   Anastasia acordou cedo naquela manhã, como de costume. A casa estava silenciosa, exceto pelo suave som dos passos de Wriothesley saindo de fininho do quarto de Monsieur Neuvillette, mas decidiu não questionar.

O homem que ela servia há anos parecia sempre distante, envolto em sua própria melancolia. Seu semblante caído e os olhos vazios, como se estivesse perdido entre as sombras do passado, eram parte de sua essência. E os espíritos que o assombravam, embora difíceis de discernir, sempre estiveram presentes, pairando ao seu redor, à espreita.

  Anastasia era a única que havia sobrado, a única que sabia sobre o passado e sobre cada ritual que foi feito com aquela criança.

Mas naquele dia, a senhora não podia se concentrar nos tormentos de seu chefe. Sua mãe, que já passava da idade avançada, precisava dela. A saúde dela estava se deteriorando, e Anastasia sabia que era hora de passar um tempo com ela.

  Deixar Neuvillette aos cuidados do único homem disponível; Wriothesley, o guarda-costas que parecia não perceber nada sobrenatural nesta casa.
O monsieur havia deixado claro que caso Anastasia não fosse imediatamente ficar com sua mãe, não a perdoaria.

— Eu confio em você, senhor Wriothesley .- pensou alto com um suspiro, preparando-se para sair. Ela sabia que seu chefe preferia solidão, mas ele precisava de alguém para supervisioná-lo enquanto ela estava fora. Ainda mais devido aos últimos acontecimentos.

Esperando alguns minutos, se encontrou com o soldado, informando o mesmo da situação.

Wriothesley apenas inclinou a cabeça em resposta.

— Fique tranquila, senhora Anastasia. Vou garantir que ele não morra de fome ou fique chorando pela casa.- sorriu.

Ela sorriu levemente, embora um pouco apreensiva. Wriothesley era mais cético do que qualquer outra pessoa que ela conhecia, e a ideia de cuidar de Neuvillette parecia desconcertante para ele.

A casa estava silenciosa, exceto pelo leve som da brisa que entrava pelas janelas. Neuvillette estava sentado à beira de sua janela parcialmente quebrada, como sempre, olhando para o jardim. Nos últimos dias, não chovia como sempre, então, as plantas que sempre estavam afogadas tiveram a chance de crescer e dar um pouco de vida a casa.

O peso da tristeza parecia estar ainda mais intenso naquele dia, os espíritos atormentando-o com uma presença cada vez mais intrusiva. Ele sabia que estava sendo vigiado, mas o que mais o incomodava era a sensação de solidão, mesmo estando cercado por inúmeras almas.

Foi quando ouviu a porta se abrir.

— Bom dia, a Anastasia deve ter avisado que ia ficar fora por uns dias...- coçou a cabeça.— então eu meio que vou ter que fazer tudo que ela fazia...

The Phantom Of The Opera - WriolletteOnde histórias criam vida. Descubra agora