Cap 7.- Le Voyage.

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   Neuvillette subia as escadas com passos lentos, seu corpo ainda abalado pelos eventos recentes e pela carga emocional que o consumia a cada dia

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  Neuvillette subia as escadas com passos lentos, seu corpo ainda abalado pelos eventos recentes e pela carga emocional que o consumia a cada dia. Ele sentia os ombros pesados, como se o peso do mundo estivesse sobre ele, e o olhar turvo, incapaz de se concentrar totalmente.

Foi então que, em um instante de distração, seu pé escorregou no último degrau da escada. O som do impacto ecoou pela mansão vazia, e Neuvillette caiu pesadamente, o corpo projetado para frente, os braços tentando em vão se apoiar.

— Não...  .- murmurou, sentindo uma dor aguda na perna direita, onde havia batido com força no degrau. A sensação de desconforto se espalhou rapidamente, e, por um breve momento, ele ficou paralisado, incapaz de se mover.

Seu coração acelerou com a dor, mas também com o terror súbito de estar novamente vulnerável, de não ser capaz de se cuidar sozinho. Era como se ele estivesse sempre à beira de um colapso, como se sua força estivesse se esvaindo.

Em poucos segundos, o som de passos apressados invadiu o ambiente. Wriothesley apareceu no topo da escada, sua expressão normalmente séria agora marcada por uma preocupação disfarçada.

Ele rapidamente desceu os degraus, quase sem pensar, alcançando Neuvillette, que ainda estava deitado no chão.

— Monsieur Neuvillette! .- A voz de Wriothesley era firme, mas havia um toque de urgência nela.— o senhor está bem?

Neuvillette tentou se levantar, mas um rápido puxão de dor na perna o fez ceder novamente. Ele não respondeu imediatamente, sentindo a mistura de frustração e vergonha.

— Deixe-me ajudá-lo .- disse Wriothesley, estendendo a mão sem hesitar.

Neuvillette hesitou por um segundo, mas a dor rapidamente se sobrepôs ao orgulho. Com um suspiro, ele colocou a mão na de Wriothesley, permitindo que o guarda-costas o erguesse com facilidade.
  
O toque de Wriothesley era firme, mas cuidadoso, como se estivesse com medo de que Neuvillette quebrasse em suas mãos. A proximidade entre eles era palpável, e, pela primeira vez em muito tempo, Neuvillette percebeu o quanto ele precisava de alguém ali, alguém que não o tratasse como uma pedra fria, mas como uma pessoa com limitações.

— Vamos para o seu quarto. O senhor precisa descansar .- disse Wriothesley, sua voz mais suave do que o habitual.

Neuvillette, ainda com a perna machucada, se apoiou nele enquanto o seguia até o quarto. Sua mente estava turva, e ele sentia uma mistura de vergonha e insegurança. Ele não era o tipo de homem que se permitia depender de alguém, mas algo naquele momento o fez sentir que não tinha escolha. Não havia mais espaço para o orgulho ou a independência.

Quando chegaram ao quarto, Wriothesley ajudou Neuvillette a se sentar na cama. O olhar do guarda-costas era agora mais suave, mas também determinado. Ele sabia que não era apenas a perna de Neuvillette que precisava de cuidado, mas também sua autoestima, que parecia estar quebrada de uma maneira muito mais violenta.

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⏰ Última atualização: 21 hours ago ⏰

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The Phantom Of The Opera - WriolletteOnde histórias criam vida. Descubra agora