Um estranho gentil.

Epílogo

"Em tudo daí graças, Deus é bom e fiel o tempo todo."
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_ Mãe é só uma festa da escola, não precisa fazer um bolo desse nível.

_ Tudo que se faz, você faz o seu melhor Emanoel, aprenda com a mamãe.

_ Mas mãe! Um bufo.

Meu primogênito é do time Colin, prático como são os homens, detesta esperar por algum tipo de capricho.

_ Que lindo mamãe, posso comer uma cerejinha?

_ Não Bê, é para cobertura, tem que esperar eu terminar, aí as que sobrarem te dou.

_ Poxa mãe.

_ Beatriz não seja teimosa com sua mãe!

Bea faz bico e me divirto em silêncio.

_ Pai se eu comer uma cerejinha não vai fazer falta, e além do mais será a mesma que terei que esperar para comer, minha matemática é simples um é igual a um.

_ Se bem que ela está certa amor. Colin intercede e o repreendo com o olhar ele encolhe os ombros e diz só para Bea:

_ Eu tentei bebê.

Beatriz é três anos mais nova que Emanoel, hoje ele tem dez anos e ele sete, são a luz dos nossos dias, unidos e grudados, um não deixa de apoiar e proteger o outro, o tipo de relação que eu acho que irmãos devem ter, Klaus sempre pergunta o que eu coloquei na água das crianças e porque eles não brigam, rimos e o repreendo por não dar paz ao pobre Marcos que aguenta suas graças, houve um tempo que tudo que ele tinha era o vínculo com seus funcionários, mas hoje ele também ama a sua esposa e tem filhos, somos uma grande família, e por falar nisso tenho uma irmã de três anos e sou apaixonada por ela, a família cresceu, somos unidos e gosto demais de reunir todos no meu grande jardim, com a árvore centenária pela qual me apaixonei, quando estava grávida da Beatriz e decidimos nos mudar para uma casa maior.

_ Nossa amor que bonito seu bolo, será que os pais podem ir a festa da escola?

_ Não pai, que mico!

_ Ele fica assim porque gosta da Júlia e não quer passar vergonha, igual da ultima vez que o papai chamou ele de bebê e todo mundo rui da cara dele.

Rimos, é a cara de Colin tratar as crianças assim, sem nem se importar com público, ele só enxerga, eu e as crianças, as outras pessoas parecem nem existir para Colin, que os ignora solenemente.

_ Bom amor, acho que você terá que levá-lo hoje, porque tenho médico marcado.

Colin me olha surpreso e disfarço, não quero alarmar ninguém por enquanto. Mas esperto como ele é já se adianta.

_ Tudo bem amor, eu levo ele e volto buscá-la para ir ao médico, pode se arrumar tranquila.

_ Mãe posso faltar do balé hoje?

_ Não filha é dia do último ensaio, o vovô já deve estar chegando para te levar.

_ Então tá, vou comer essas cerejinhas aqui que sobraram tá bom mãe.

Abro a geladeira e tiro um cupcake exatamente com o mesmo sabor do bolo que estou enviando na escola para Emanoel.

_ Mãe a senhora é a pessoas mais maravilhosa do mundo, fez um bolinho para mim, obrigada!

_ Claro minha princesinha, jamais faria algo que você não pudesse comer também.

Colin está parado no balcão me olhando com aqueles olhar que aquece meu coração e faz tudo valer a pena, cada dia que eu levanto, Bea pega o quitute e pego outros dois e coloco em uma embalagem. Guardo em uma bolsa de viagem, um suco a base de leite de soja, e fruta.