Ema Foster.
Há alguns dias eu acabei despejando tudo que eu penso sobre o amor para Colin, me arrependi no mesmo minuto, foi como expôr uma ferida aberta, sem querer disse a ele que meus sonhos desmoronaram como um castelo de areia, quando meus pais se separaram, levei um banho de água fria e sinceramente, fiquei desorientada, se tudo que eu conhecia era mentira, logo eu não fazia ideia de como as coisas funcionavam, principalmente relacionamentos, mas meu amigo não precisava saber disso. Depois desse dia, onde praticamente desabei em seus braços, foi que as coisas se complicaram, eu fiquei bastante envergonhada porque no meu íntimo eu sei que por mais que eu não acredite no amor, meu coração bate mais forte quando estamos juntos, e destruí minhas chances com ele. Além disso, me sinto mal, pois Colin é um tipo de pessoa que não faz nada pela metade e minha declaração o desafiou, tenho certeza de que ele não concorda com isso, tem muita fé e a fé move montanhas não é mesmo? Logo para Colin ser amado de verdade não é difícil, mas para mim é.
Tenho certeza que ele sentiu pena de mim, e me senti péssima depois disso; como a dissimulada que fez drama para ter atenção, é assim que me sinto. Bufo!
Com a intenção de consertar as coisas e equilibrar também, me afastei durante a semana, não foi fácil, eu, na verdade, já havia me acostumado conversar com ele e rir em sua companhia. Viver em sua presença é como poder respirar, como uma brisa fresca no fim da tarde após o dia de sol, é se sentir inteira, por isso eu disse sem querer que não precisava de um namorado, pois eu tinha ele, eu já havia constatado que aquilo era o que me bastava.
Mas hoje eu decidi que não quero mais ficar longe dele, Colin é meu amigo e não posso me punir por um erro para sempre. Pego meu iPhone e decido ligar para ele, é tarde de domingo e acho que podemos dar uma volta.
Disco seu número e na terceira chamada ele atende.
"Oi Ema."
Outra vez, como todas as outras, meu coração responde antes mesmo que eu abra a boca, acelera como em uma corrida, e preciso tomar ar para responder.
"Oi Colin, tudo bem?" mesmo que eu tente evitar o constrangimento, minha voz sai fina e baixa.
"Estou bem e você?" Sua voz é alegre e normal, como tudo nele sempre parece no lugar e perfeito, deve ser a consciência tranquila.
"Estou com saudade." Digo aquilo que meu coração grita, acho que é o melhor jeito de ficar em paz.
Silêncio. Ouço-o respirar fundo e de alguma forma acho que mexi com ele, ou pode ser só fruto da minha imaginação.
"Também estou sua maluquinha, por que sumiu?"
"Não sei explicar, mas fiquei com vergonha do meu momento dramático, achei que estava sobrecarregando você com os meus problemas."
"Não pense demais, o que vai fazer hoje?"
"Deixa eu consultar minha agenda, hum, nada."
Escuto ele rindo.
"Quer ir comigo ao culto, é noite das primícias, um dia em que confraternizamos, cada um leva um prato, e depois do culto, conversamos, comemos e bebemos, rimos e socializamos com os irmãos da igreja."
Escuto e parece ser interessante, mas fico em dúvida, ainda tenho medo de multidões.
"Eu gostaria Colin, mas nunca fiquei cercada de muita gente, será que não vou ficar igual mosca-morta olhando para as pessoas sem saber interagir?"
"Isso nós vamos descobrir, topa? Se disser sim ganha uma carona no meu Camaro."
Sorrio, eu gosto tanto de passear com ele, nunca, nenhum carro caro do meu pai, me fez sorrir, como sorri sentada no banco do Camaro de Colin.
"Eu topo, posso levar um bolo?"
"Pode sim Ema, fica com Deus, até mais."
Desligo e estou sorrindo, mas chorando também, estou feliz, me sinto tão melhor depois de conversar com ele, Colin é um fofo.
Mamãe faz o bolo para que eu leve, fez questão, disse que está aliviada por eu fazer as pazes com meu amigo, não acredita que foi coisa minha, não importa, tomei um banho e coloquei uns bobs nos cabelos para modelar as ondas.
No final da tarde, coloco um vestido de lã comportado, sobre meias calças grossas, e por último um escarpim nos pés, pois parece o mais apropriado para ir ao culto. Soltei os cabelos e coloquei uma maquiagem suave.
As dezoito e trinta em ponto ele chegou, vestido de terno preto e gravata prata, cabelos totalmente penteados e muito alinhados, quase caí dura no chão, como eu vou fazer para não ficar babando nele, já o acho tão bonito, mas hoje é covardia.
Ele desce do carro e se comporta como o meu Colin de sempre, abre os braços, não penso apenas sigo rápido em sua direção e o abraço.
- Vamos ao culto comigo linda dama, e prometo que não vai se arrepender.
- Eu aceito! Sorrimos.
- Você está bonita! Ele fala com naturalidade, e invejo sua segurança, o imito.
- Você também, está todo bonitão, nesse terno, parece os galãs dos livros.
- Sou melhor que eles, eu garanto.
Com certeza é, nenhum deles é tão especial assim. Penso
- Mas é convencido mesmo, eu não conhecia esse seu lado "modesto".
Rimos.
- Bem, se eu não gostar de mim, quem poderia o fazer, portanto, se ame primeiro. Ele diz e pisca para mim, e me derreto por ele.
- Tem razão, espera eu pegar o bolo e podemos ir.
- Tudo bem.
Entro em casa e pego o bolo já embalado por minha mãe.
- Tchau mãe, obrigada!
- Tchau filha, não vá chegar tarde que amanhã tem que trabalhar!
- Não vou mãe.Chego e Colin já está com a porta aberta para que eu entre, mas antes que eu o faça, ele pega o bolo das minhas mãos.
- Entra primeiro, põe o cinto de segurança, aí você o segura.
- Certo. Faço como ele diz, gosto de como Colin se antecipa sempre, para que tudo dê certo.Na viagem até a igreja, que leva uns quarenta minutos, conversamos.
- Então comprou o carro?
- Ainda não, você que vai me ajudar a escolher.
- Quando quiser podemos ir.
- Minha folga é na quarta-feira.
- Combinado então.Vou observando as ruas, e refletindo como eu raramente andava por aqui, era mais fácil saber como era algumas cidades da Europa onde viajamos com papai que ia a trabalho do que a cidade que morava.
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Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amorMalabaristas - velha infância.
Gratidão por sua leitura!
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Um estranho gentil.
ChickLitColin Travis Vem de uma família protestante, calmo sempre honesto, músico na igreja e trabalha na empresa de tecnologia da família , na assistência técnica de computadores a ( ATC) e as vezes se dedica a seus próprios projetos de softwares. Não lev...