Gabriel acordou, eu estava na sala amamentando maeve. – bom dia, amor. – ele me deu um selinho e foi até a mesa se sentar.
bom dia, meu princeso. – ele odiava que ser chamado assim. – é o grande dia. – dei um sorriso fraco para ele, eu sei como deve estar doendo essa decisão. – ansioso para contar que não vai mais jogar pelo mengo?
ele hesita por um segundo antes de responder, suspirando suavemente, ele encarava no sofá, parecendo estar com a mente em outro lugar.
– ainda não sei se tomei a decisão certa, amor...mas as passagens foram compradas, amor. – ele permanece em silêncio por um momento antes de voltar a falar, agora encarando o chão, sem olhar para mim.
Gabriel pareceu nervoso com a conversa. – eu sei muito bem disso, eu que peguei.. – suspirou novamente, passando a mão pelos cabelos.
as vezes a gente tem que abrir mão das nossas raizes. – maeve parecia estar atenta nas conversas, ela estava mamando mas seus olhinhos vidrados em mim. – se eu não tivesse tomado a decisão de ir embora do sul, eu não teria tido a soph e também não teria tudo que tenho hoje principalmente você
Gabriel ouviu minhas palavras em silêncio, parecendo mais calmo. – tem razão, amor...
– ele finalmente me encarava, seus olhos pareciam tristes. – eu só... vou sentir saudades de todos, sabe? dos meus amigos, da família, da torcida...você vai se mudar de país, você não vai morrer. – eu disse.
ele me encarou por alguns segundos, ele sentiu vontade de chorar mas segurou. – mas não vai ser a mesma coisa, estarei muito distante de todos e eu sou muito apegado ao meu time cara
eu tenho certeza que o time sempre vai ser a sua casa, a hora que você quiser voltar eles vão te receber com os braços abertos e a torcida vai ser extremamente feliz com o seu retorno. – coloquei maeve para arrotar. – você precisa sair da sua zona de conforto, explorar novos ambientes e deixar também que outros atletas possam brilhar.
você sempre sabe o que falar. – sorriu. – eu amo muito você.
eu também amo muito você, meu amor. – mandei um selinho distante para ele.
entreguei maeve para ele e me levantei pra dar uma arrumada na casa mas antes disso fui acordar sophia que estava praticamente em coma, dormindo toda torta na cama. – mãe, preciso dormir mais cinco minutinhos.
vai tomar seu café que hoje vamos pro jogo. – disse saindo do quarto e ela resmungou. – você vai pro CT que horas? hoje pro almoço pretendo fazer o que você mais ama.
ele se animou com minhas palavras e levantou o olhar por completo. – lasanha? – concordei. – eu tinha que ir meio dia mas chegando duas horas eles me esperam, o ônibus vai sair três horas.
vou esperar anna chegar aqui para irmos, maneirinho e orochi vão também conosco. – somos super maduros, gabi e diogo se dão super bem ultimamente. – estou animada.
é tanta coisa na cabeça. – ele coçou o cabelo com fios loiros. – mas ai eu lembro que quando estou loiro
esquece. – falamos juntos.
sophia surgiu com cara de sono e se arrastando. – bom dia menina feia. – meu noivo disse implicando com ela e a mesma se sentou em silêncio na mesa.
quando eu acabo de acordar eu prefiro que falem comigo depois de meio dia. – ela disse.
são dez horas da manhã, você fala como se tivesse madrugado pra pegar ônibus lotado e trabalhar por oito horas pra ganhar um salário mínimo. – eu falei irônica. – se fosse na minha época a sua vó teria me arrancado da cama pelos cabelos, eu ainda sou carinhosa que te acordo com beijinhos no rosto e carinho no cabelo.
sendo assim prefiro que me bata.. – ela disse.
está entrando na fase pré adolescente mesmo. – gabi disse sorrindo fraco. – não quero nem imaginar quando for a vez dessa aqui – apontou para a maeve que encarava seus próprios dedinhos miúdos. – lembrei que ainda vamos enfrentar mais outra adolescência. – apontou pra minha barriga.
minha herança vai diminuindo cada vez mais.. – soph fala dando uma risada leve. – se continuar nesse ritmo vou ter que trabalhar
tem seu pai que só tem você de filha. – eu falei para ela que fez uma carinha
por enquanto né, não duvido nada que logo mais vai ter outro filho também e haja memória boa pra decorar tanto nome de irmãos – ela acordou na TPM, isso acontece quando ela não tem o sono de beleza completo.
depois do café da manhã, meu noivo me ajudou nas coisas de casa e soph também mas ao mesmo tempo ela cuidava da irmã dela que estava muito chatinha chorando demais. – acho que vamos fechar nossa fábrica, amor.
você ACHA? eu tenho certeza. – gabriel exclamou. – falando nisso, rafa está no rio com o ber e depois do jogo ela vai trazer ele pra dormir aqui.
vocês vão abrir uma creche gente? – soph ouviu e respondeu. – tem tanta criança nessa casa que daqui a pouco a supernanny vai bater na porta.
você vai ser a primeira que ela vai educar. – gabi implicou e soph deu língua para ele. – você já começou o pré natal do neném, amor?
ainda não tive tempo mas eu vou amanhã cedo. – eu respondi enquanto montava a lasanha.
qualquer coisa me avisa que eu vou contigo. – ele lavava a louça mas ao tempo via algumas reportagens sobre o jogo de hoje, muitas pessoas já estavam na rua vestindo o manto e bebendo. – virei pai de família e se não fosse por isso eu estaria tomando uma dose antes do jogo.
cria rumo, princeso. – eu falei em tom debochado. – toma uma dose em casa e vai.
sou pai de família, não irei mais beber nunca mais. – ele disse me olhando, nem ele acredita nessa mentira. – se maeve chorar hoje eu vou beber
nesse momento ela parou de chorar, olhamos chocados para ele. – quer sinal mais claro que esse? – levantei as sobrancelhas debochando.
o sinal mais claro que esse é jesus descendo aqui e jogando as bebidas do tio gabi fora – soph falou e eu não pude segurar a risada.
eu ia dedicar um gol pra você mas não vou mais.. – ele fingiu estar chateado.
GLÓRIAS – soph exclamou dando risada da cara de choro dele. – você já é feio rindo, imagina chorando...
piolhenta. – ele rebateu as críticas dela.
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predestinados
RomanceA vida pós BBB é sempre sem roteiro, tantas expectativas foram criadas e nem todas foram atendidas da maneira que deveriam. até que ponto tudo foi real? até que ponto era destino? será que é possível tudo ficar desta maneira de repente? Gabriel Ba...