butterflies dying' 🪻- MILES MORALES 1610

01' 🪻

            O CHEIRO DE CAFÉ, milkshakes, bolos, tortas e biscoitos preenchiam o ambiente assim como as vozes, risadas de fregueses e música do famoso Cafesta. Mais um dia ensolarado pacífico e pacato acontecia no Brooklyn, todos pareciam felizes e satisfeitos, com exceção de uma garota sentada no balcão.

- AH! E ele ainda teve a grande AUDACIA de ficar bravo comigo!-- A garota enfatizava as palavras a revolta sendo ouvida pelos passantes que andavam por trás de suas costas olhando para a garota com uma careta visivelmente confusos pelo barulho.

A atendente encostada no balcão continuava a acenar a cabeça enquanto escutava a amiga, o olhar atento e pensativo tentando encontrar alguma brecha entre do falatório enquanto a morena continuava a despejar suas frustrações, uma vez ou outra também algum insulto direcionado ao namorado, centro de sua revolta. - Dá pra acreditar nisso? Eu é que deveria estar brava, não ele! - Suspira irritada dando uma pausa para beber o milk-shake de chocolate, favorito da mesma. Logo voltando o olhar para cima em direção da a atendente do caixa, identificada no crachá como Ana, sua melhor amiga. - Sabe o pior? - Murmura com a boca meio cheia do liquida observando Ana murmurar em pergunta de volta - Aquele maldito casaco!

Ana, que escutava todos os detalhes desde que a morena reclamona adentrou o lugar de manhã e sentou perto do balcão, balança a cabeça e estala a língua, pela primeira vez tendo uma reação, a garota não sabia o que falar, compartilhando da mesma dúvida e desconfiança da outra que a olhava, ambas apreensivas de expor em voz alta uma das opções que aparentava mais obvia.

Havia apenas algumas horas desde que o jantar na casa da família Morales aconteceu, e a garota que já estava a um tempo reclamava do namorado, não demorou a mandar a mensagem para a amiga, recebendo uma resposta para ir se encontrar no trabalho da amiga, já que a morena exagerando em suas palavras deixou claro uma emergência emocional.

- Você já tentou... - Começa Ana, ainda olhando para a amiga de forma curiosa. -Não sei, conversar com ele? Isso é MUITO estranho, e eu te conheço. Qual as chances de...? Você sabe. - Suspira e olha para a amiga, deixando no ar a suspeita que ambas não queriam falar. Traição. - Talvez tenha algo haver com o tio dele, ou sei lá. Não tô duvidando de você, mas não temos nenhuma prova contra ele além de um sexto sentido macabro seu.

- Você não tá entendendo, tem alguma coisa, eu sei que tem! - resmunga a garota, insistente.

- Mi, você realmente acha que ele não deixaria óbvio? Não é querendo dizer mal dele, mas ele é péssimo com segredos. Tipo, péssimo, muito horrível... Um completo bocó, com todo respeito.

Milena levanta o olhar e as duas se encaram, Ana levanta a sobrancelha com um sorriso pequeno parecendo lembrar das inúmeras vezes que Miles estragou uma surpresa ou ficou nervoso demais para continuar fingindo algo. A morena sorri também soltando uma breve risada que parece quebrar a tensão e desperta uma risada da amiga que começa a rir, não demorando muito para ambas começarem a contas lembranças rindo.

A felicidade e risada de ambas cessam quando o gerente rabugento de Ana começa a reclamar mandando farpas indiretamente as duas que se entreolham com um olhar divertido, Ana se despede e vira e se afastando do balcão0 deixando Milena sozinha, essa que suspira decepcionada e volta a tomar o seu milk-shake, ela vira a cabeça para observar a cafeteria, os pensamentos voltando a ser inundados por dúvidas e suposições.

A garota desvio o olhar pelo ambiente desanimada, analisando as pessoas ao redor e dá um sorriso pequeno, todos pareciam felizes e presos em seus próprios pensamentos, longe de toda negatividade que passava pela cabeça da morena que continuava a mudar a direção da atenção pelas pessoas.

A atenção da garota caí no outro lado da esquina uma pessoa familiar correndo com seus inconfundíveis tênis com os cadarços desamarrados, Milena franze o cenho curiosa e olhando novamente para ter certeza do que via, ela ri baixo quando tem certeza que não confundia o garoto, já esquecendo os pensamentos sobre os acontecimentos.

Ela levanta rapidamente do lugar pedindo uma caneta emprestada ao cliente do lado que a olhava como se fosse um alien adolescente. Ela pega a caneta e um guardanapo escrevendo com uma letra apressada e apagada pela textura um aviso para Ana, pego rapidamente um dinheiro e deixo o pedido pago, deixando o dinheiro do milkshake junto com o recado, pego minha bolsa e o copo descartável de Milkshake correndo cafeteria a fora a procura do namorado, decidida a ter uma conversa com ele no mesmo dia.