Diversão, ou será que não?

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Depois de Perry se juntar a nós e o Consciência nos contar onde a história dele e de Pinóquio começou...

Nós enfim chegamos na ilha.

O Motorista da carroça, que também foi o capitão do barco, desceu do barco e nos mandou descer também.

-Agora crianças, podem correr, podem brincar e fazer absolutamente tudo oque quiserem fazer! - ele esticou os braços e nos deu passagem para passar.

11 crianças saíram correndo e gritando, enquanto Perry ficava ao meu lado e Pinóquio conversava com um garoto.

Eu achei aquilo muito estranho, essa foi a primeira vez que eu vi o motorista da carroça sorrindo.

Eu olhei pro mar e vi algo muito estranho.

Tinham mais três navios, ainda maiores doque o barco em que eu estava, eles estavam vindo para a Ilha com muito mais crianças a bordo.

Cada navio devia ter umas 20 crianças mais ou menos.

Era estranhamente assustador essa cena.

- Jady! Vamos! Eu fico com você, não precisa ter medo. - fui tirada de meus pensamentos quando ouvi Perry me chamando.

- Não estou com medo, eu só...

- Não precisa ter vergonha de sentir medo, todo mundo tem medo.

Foi quando eu percebi...eu estava com medo.

Minha mente estava criando várias cenas de como escapar de qualquer coisa que poderia me assustar, a adrenalina estava correndo por todo meu corpo, eu estava gelada, mais não de frio, de medo, e minha mão estava tremendo de nervosismo.

Eu sabia exatamente que sensação era essa, eu já senti isso. E estou sentindo de novo.

- Tá bom, vamos.

Ele foi andando ao meu lado olhando em volta, percebendo que além de diversão para outras crianças, aquele lugar era um amontoado de coisas erradas.

Crianças corriam e quebravam tudo de propósito, com tacos de beisebol e tacos de golfe.

Algumas crianças abriam barris de cerveja e vinho e bebiam como se fosse água em um deserto escaldante.

Outras acendiam fósforos e isqueiros e ativavam fogos de artifícios e jogavam granadas.

E a maioria delas estavam usando charuto e coisas que crianças não deviam usar.

Eu olhava tudo aquilo com nojo, e não queria estar ali.

- Vamos, vou te levar pra algum lugar menos estranho. - Perry segurava minha mão e fez um carinho nela enquanto andávamos.

Eu abaixei a cabeça e segui ele.
(Pinóquio e o amigo dele estavam nos seguindo de longe)

Encontramos uma sala de sinuca onde não havia crianças. Era uma sala grande com uma mesa de sinuca bem no meio, e em volta tinham algumas cadeiras encostadas na parede.

Pinóquio e o amigo dele não tinham entrado na sala, eles tinham saído, mais Pinóquio tinha avisado que logo voltaria.

Eu e o Perry ficamos lá por um bom tempo, ninguém falou nada. O silêncio que estava era confortável e calmante.

Perry parecia perceber, pois quando ele viu que eu estava mais relaxada e calma, ele sorriu.

- Galera, voltamos.-Pinóquio apareceu com o amigo dele. Ambos estavam com uma caneca de cerveja.- Esse aqui é o Espoleta!

- Pinóquio, eu não tinha visto que sua amiga era uma verdadeira dama- Espoleta disse chegando perto de mim -A seu dispor Milady- ele disse beijando minha mão e se curvando um pouco.

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