II

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*° ☆ °*

— Filho, por que você esconderia uma coisa dessas da gente? Isso não é nada legal com o Seungcheolie, não acha?

Jeonghan se encolheu com o tom infantil que sua mãe estava usando enquanto se referia ao outro. Seungcheol e ele estavam sentados em extremos opostos da mesa, presos em um confronto sem palavras desde que foram levados de volta ao restaurante em meio a uma enxurrada de perguntas - todas elas sem resposta, enquanto Jeonghan se concentrava em simplesmente tirar Jisoo e Bora da situação. Bora agradeceu silenciosamente quando os dois saíram do restaurante, ao passo que o resto estava distraído com Jeonghan e Seungcheol.

Uma metade de Jeonghan esperava que Seungcheol também fosse embora - a outra esperava uma rixa das boas - mas por alguma estranha razão, Seungcheol se acomodou no assento em frente a ele e não cedeu à birra nem por um segundo.

— Vocês têm se encontrado desde a escola, então? Isso é mais tempo do que Yerin está casada! — tia Jangmi exclamou, apontando para a integrante mais jovem - e também a mais quieta - do grupo. Ela simplesmente sorriu timidamente por ser colocada no centro das atenções de repente.

— Não, na verdade nos reencontramos quando ele estava no Japão para um trabalho há alguns meses — Seungcheol respondeu, sua expressão indecifrável. Jeonghan estreitou os olhos para o outro, questionando seus motivos. Tudo o que o médico tinha que fazer era sair para não ser submetido a esse interrogatório, mas aqui estava ele, suportando tudo isso.

— Mas Jeonghanie não falou sobre ir para o Japão esse ano... — sua mãe murmurou, pensando muito.

— Ah, deve ter sido no final do ano passado, então. Desculpa, ainda me lembro do dia como se fosse ontem.

Seungcheol disse, sorrindo para ele provocativamente. Os outros confundiram com flerte, desencadeando um suspiro coletivo entre as senhoras.

— Mas por que Jisoo estava se desculpando, então? — tia Minji perguntou.

— Em nome de Jeonghan. Porque ele é muito orgulhoso. Sabe, tivemos uma pequena discussão e ele "terminou" comigo.

A velocidade com que cada cabeça virou na direção de Jeonghan teria sido um pouco cômica se ele não estivesse sendo pregado na cruz. Jeonghan também odiava que o outro tivesse usado desculpas tão aleatórias ao dizer que eles estavam separados. Ele realmente entregou sua idade com aqueles gestos desatualizados.

— Mas tudo bem, é por isso que estou aqui. Para tê-lo de volta. E já está dando certo. Todos vocês viram que Jeonghan não consegue manter as mãos longe de mim.

Ainda mais suspiros se seguiram à medida que todos se apaixonaram ainda mais por essa fraude em forma de homem. Ele fazia isso com tanta facilidade.

Como ele conseguia tirar vantagem da situação acima de Jeonghan?

— Seungcheol-ah, Jeonghanie te contou sobre o jantar de Natal que geralmente realizamos em nossa casa? — tia Minji perguntou diretamente ao outro.

— Não, ele deve ter esquecido — Seungcheol disse, inclinando-se para frente.

Sua tia se virou para ele, desapontada.

— Jeonghan-ah, eu sei que vocês estão brigados, mas como você poderia não convida-lo quando ele também está na cidade?

Jeonghan suspirou em resposta.

— Minha irmã e o marido dela geralmente organizam um evento na véspera de Natal, mas decidimos realizar um pouco mais cedo para que pudéssemos ter um Natal mais tranquilo esse ano com tudo o que está acontecendo. Você está convidado para ambas as festas, é claro, se estiver pronto para conhecer toda a família. Nós somos em um número grande, então já te aviso que pode ser um pouco esmagador — disse a mãe de Jeonghan.

In Our Pocket of the Universe | jeongcheolOnde histórias criam vida. Descubra agora