SINOPSE
Cho Kyungmin poderia ter a pior noite dormida por conta do trabalho excessivo, mas sempre se esforçava para estar exatamente antes do por do sol na frente do quarto de Kim Beatriz Wong — sua vizinha paraplégica.
ADAPTAÇÃO DE UMA ONESHOT DO MEU PERFIL PRINCIPAL: ZELOSNATION_
CAPÍTULO ÚNICO
A NOITE ANTERIOR TINHA SIDO UM VERDADEIRO CAOS. O trabalho estressante, as exigências dos superiores, o cansaço acumulado — tudo isso era quase sufocante para Cho Kyungmin. Mesmo assim, ele levantou-se cedo e, com um bocejo longo depois da tarde acumulada de relatórios, conferiu as horas. Estava atrasado. Mas nada disso importava; tudo o que ele queria era garantir que estivesse ali, na frente do quarto de Beatriz Wong, antes do pôr do sol.
Beatriz Wong era sua vizinha e era uma figura importante na sua vida, mas ele não percebia como tudo tinha se tornado assim tão... rápido, como se existisse uma conexão entre eles desde o início. Talvez, se tivesse havido realmente outra vida antes dessa, os dois poderiam ter se conhecido de outra forma, em uma circunstância onde Wong não precisasse de uma cadeira de rodas e onde Kyungmin não estivesse tão exausto. Mas a realidade era esta, e Kyungmin encontrava um consolo estranho naquilo.
Assim que chegou à porta do quarto de Wong — já que possuía uma cópia da chave da casa dele, dada pela sino-portuguesa para casos de emergência e tudo o que o Cho quisesse, nem que fosse para ir buscar três ovos para fazer panquecas que sempre partilhava com ela —, ele respirou fundo e bateu duas vezes, o coração acelerado de uma forma que ele tentava ignorar. A cadeira de rodas de Wong emitiu um ruído suave quando ela se aproximou da porta e a abriu.
— Você realmente veio — Wong disse, com um sorriso tímido.
— Claro que vim. Não perco um pôr do sol ao seu lado por nada — Kyungmin respondeu, dando de ombros como se aquilo não tivesse tanta importância. Mas tinha.
Ele empurrou a cadeira de Wong para o local que tinham improvisado juntos, um ponto perfeito de onde o sol era visível por inteiro, em toda sua glória. E ali ficaram os dois, apenas assistindo enquanto o céu mudava de cor. A tranquilidade entre eles falava mais do que qualquer palavra poderia dizer.
Depois de um tempo, Kyungmin quebrou o silêncio, olhando para as próprias mãos, que repousavam sobre a alça da cadeira de Wong. Eram cobertas por tatuagens detalhadas, todas esboços que ele mesmo havia desenhado e pintado, pedaços de histórias e sentimentos que ele carregava consigo. Ele sabia que o mais velho sempre olhava para elas, mas nunca perguntava nada.
— Sabe, sempre quis ter uma tatuagem — Wong comentou de repente, seus olhos brilhando enquanto fitava o braço tatuado do Cho.
— Sério? — ele sorriu, surpreso. — E o que você faria? — Wong mordeu o lábio, meio envergonhada.
— Acho que algo como um sol. — Ela fez uma pausa e riu, baixando o olhar para as próprias mãos. — Meio clichê, não é? Mas o pôr do sol é... é uma das coisas que mais sinto falta de ver de verdade. — Kyungmin sentiu um calor espalhar-se pelo peito. Ele olhou para o próprio braço, onde uma das tatuagens era, ironicamente, uma versão estilizada do sol, uma bola incandescente com traços marcantes.
— Bom... — sorriu, inclinando-se para frente. — Se um dia quiser, posso desenhar uma para você. Até tatuo, se deixar. — Wong soltou uma risada, meio tímida, mas cheia de algo que o Cho só poderia descrever como esperança.
— Então... é uma promessa? — Kyungmin assentiu. Era a promessa mais doce que já tinha feito.
O céu ficou mais escuro, mas nenhum dos dois parecia notar. Ali, naquele instante, parecia que o tempo parava, e o mundo se tornava exatamente o que ambos precisavam.
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TIC TAC | 8turn imagines
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