Capítulo 6

15 0 0
                                    


Após aquele péssimo e desconfortável café da manhã, Belle foi trocar-se de roupa com a ajuda de Marié.

Ela estava viajando e mergulhando em seus pensamentos, enquanto Marié amarrava seu espartilho.

Porém, ela começou a apertar o espartilho com muita força.

— Está apertando…
— Quanto mais apertado melhor.
— Mas está muito apertado 
— Eu já disse. Quanto mais curvas, mais atraente e elegante você fica.

Belle suspirou, e disse:

— Me parece estressada, Marié.
— Estou sabendo que saiu escondida com aquele rato de periferia.

Afirmou Marié, aparentemente furiosa.

— Eu só estava tentando me divertir.
— Com aquele rato? Que diversão horripilante!
— Não fale isso, Noah é uma pessoa boa!

Belle respondeu, à altura.

Ela não estava gostando nenhum um pouco de ver todos ofendendo Noah a sua volta.

— Bondade não traz riqueza. Muito pelo contrário, bondade só atrai maldade e pobreza!
— E riqueza não atrai felicidade.
— Como não? É lógico que atrai, boba!

Belle continuou quieta. 

— Eu a proíbo de continuar conversando com aquele garoto. Belle, entendeu?
— Ora, Marié. Se continuar a falar asneiras, quebrará um dente. 

Disse Belle, sarcasticamente.

— O que está insinuando?

Marié perguntou, irritada.

— Entenda como quiser.

Em seguida, Belle viu um belo vestido rosa jogado sobre a cama, no meio de muitos outros.

E admirada, disse:

— Que tal eu colocar este vestido?
— Não, não, não! Sabe que detesto rosa.

Marié pegou outro vestido, e prosseguiu:

— Use este roxo, mostra que é da realeza!

Respondeu Marié. 

— Desde quando cor define a realeza?
— Desde de sempre! Apenas use.

Belle apenas escutou, e permaneceu quieta. 

— Hoje terá aula de etiqueta novamente. E agora, também terá aulas de como ser uma boa esposa.

Marié comentou.

— Se já não bastasse aulas de como me comportar. Terei aulas para agradar Pierre? E ele, o que faz para me agradar?
— Não seja ingrata! Não está satisfeita com as joias e vestidos que ele compra para você?
— E acha que é isso que eu quero?

Marié a puxou pelos braços, e disse:

— Querida, dê uma chance ao Pierre, você sabe que precisa se casar com ele!
— Sabe que eu não o amo.
— Quer que eu volte à vida de costureira? Quer que seu pai tenha que ter um trabalho miserável?
— Não, eu não quero. Mas também não quero me casar com Pierre. 
— Por favor, querida.
— Isso é injusto!

Afirmou Belle.

— Somos mulheres, nossas escolhas não são fáceis!

Respondeu Marié.

— Mas eu não quero me casar.
— Chega, Belle!
— O papai é talentoso, poderia ter um bom trabalho!
— Que tipo de trabalho? Um artista falido e miserável como aquele rapaz?

Com Carinho Clark: Reescrevendo O DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora