Capítulo 1

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11 de fevereiro de 
1913, Mônaco.

A porta de um belíssimo carro se abriu, revelando Belle.

Uma jovem de 18 anos, rica e deslumbrante, que desceu com graça, acompanhada de seu noivo Pierre.

Ele segurava sua mão para ajudá-la a descer.

E logo atrás, outro carro parou, e seu pai Timothé, junto com sua madrasta Marié desceram.

Todos se dirigiam ao famoso e luxuoso hotel, que se erguia à frente.

Belle olhou para seu noivo, e perguntou: 

— Então este é o famoso hôtel de Paris Monte-Carlo?
— Sim. Ele é esplêndido! Não é?

Disse, seu noivo Pierre.

— Realmente, este lugar é um espetáculo!

Respondeu Marié, enquanto olhava encantada com o ambiente.

— O que achou do hotel filha? Eu me hospedava aqui quando vinha para Mônaco nos anos de 1890!

Questionou seu pai, juntamente elogiando o hotel.

— É um lugar adorável, papai.

Em seguida, ela colocou a mão tampando os olhos.

Na tentativa de se esconder do radiante sol que queimava sua pele no fim da tarde.

E prosseguiu:

— Mas não vejo o porquê tanto entusiasmo, é apenas um hotel. O Ritz em Paris me parece muito melhor.

Pierre lançou um olhar para Belle, sorriu, e disse:

— Mônaco é um país de milionários. Querida, este hotel é muito mais luxuoso que o Ritz!
— Tem razão, Pierre.

Concordou Marié.

— Eu ainda discordo.

A jovem insistiu em tom de desdém, olhando e analisando cada parte e cada detalhe do hotel.

Seu desprezo era evidente.

Logo após, Belle olhou para o maleteiro e disse:

— Cuidado com as malas, há pertences valiosos dentro. E por favor, não se esqueça do meu casaco.

Pierre olhou para Timothé, e comentou rindo:

— Sua filha é exigente!
— Haha… ela é apenas cuidadosa.
— Espero conquistá-la durante essa hospedagem, estamos noivos há tanto tempo.

Marié virou-se para eles, e disse em tom de exigência:

— Eu também espero.

Em seguida, Pierre se aproximou de Belle, segurando a cintura dela.

— Meu amor, esta noite teremos um jantar de noivado, e eu quero que vc esteja admirável!

Ela ergueu as sobrancelhas, e respondeu:

— Claro. Afinal, o que eu não faço para te agradar! 

Ela claramente estava detestando a exigência.

Pierre estendeu seu braço para Belle, e ela o segurou por dentro.

E então caminharam para o hotel elegantemente, como um casal feliz.

A única coisa que Belle não sentia, era felicidade.

E a última coisa que eles seriam, era ser um casal feliz.

— Pierre. Quanto tempo não nos vemos!

Cumprimentou um homem.

— Klaus, como vai?

Com Carinho Clark: Reescrevendo O DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora