Introdução

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Terça-feira, 16 de janeiro. Eu e meu amigo Afonso estávamos conversando sobre algo que nos fazia rir, mas também pensar: como afonso ia dar um jeito de arrumar um amor? Afonso sentia muita vontade de namorar uma menina vendo que eu era muito feliz porque tinha uma namorada

Afonso mencionou que gostava muito de uma menina que morava em frente a um condomínio. Sem hesitar, sugeri que fossemos até lá — afinal, não tínhamos nada para fazer. Ao chegar, senti uma timidez que não conseguia esconder; não conhecia ninguém por ali. Mas logo fui apresentado à Rayssa, a menina que tanto despertava o interesse do Afonso. Ela era daquelas pessoas com quem dava gosto de conversar, simpática e acolhedora.

Foi então que ela chegou... uma garota de cabelos longos e cacheados, pele clara e estatura baixa. Seu sorriso era encantador, mas havia algo a mais ali. Em seus olhos, eu enxerguei um pedido de socorro escondido. Aquele sorriso parecia carregar uma dor, uma necessidade de carinho, de alguém que a entendesse — não como namorado, pois já gostava de outro rapaz, mas como alguém que lhe oferecesse o afeto e o apoio que só um pai poderia dar.

Sem hesitar, me apresentei:

— Oi, meu nome é João Vitor. E o seu?

Ela sorriu tímida e respondeu:

— Ana Júlia, muito prazer.

Conversamos um pouco e logo senti algo diferente, algo que nunca havia experimentado. Não era amor de namorados, era um afeto fraterno, o tipo de carinho que sentimos por alguém que queremos proteger e ter ao nosso lado como uma irmã. Júlia me ensinou a jogar capoeira — uma experiência nova para mim. E posso dizer, entre nós, que adorei aquele momento. Foi algo especial, que guardo até hoje no fundo do coração.

Não me deixe cairWhere stories live. Discover now