Aurora Parker é uma mulher marcada pelo peso de seu passado e pelas escolhas que nunca quis fazer. Nascida em uma família fragmentada e dolorosamente complexa, Aurora carrega as cicatrizes de uma infância moldada pela rejeição, rituais cruéis e a pe...
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O SOM SUAVE DE PASSOS ECOAVA PELA CLAREIRA ENQUANTO EU CAMINHAVA COM Sofia em meus braços. Ela estava tranquila, com os pequenos dedos apertando meu vestido como se temesse que eu a soltasse. Seus olhos, tão curiosos quanto os da mãe, vasculhavam o ambiente, ora observando os rostos desconhecidos, ora se fixando no céu nublado que nos rodeava.
Ao nosso redor, os aliados começavam a se reunir. Vampiros de diferentes clãs, lobos de Beacon Hills, Vampiros frios conhecidos e nômades e até alguns humanos destemidos que foram convencidos a nos ajudar. A tensão no ar era quase palpável, mas havia algo reconfortante na pequena respiração de Sofia contra meu peito. Ela parecia alheia à guerra que se aproximava, e eu invejava essa inocência.
Na frente do grupo, os Cullens conduziam as apresentações. Carlisle, com sua postura calma e diplomática, explicava pacientemente a situação para aqueles que ainda tinham dúvidas. Ao seu lado, Esme irradiava gentileza, como se quisesse confortar cada um ali presente. Rosalie mantinha-se mais distante, mas seus olhos atentos escaneavam o grupo, protegendo-me com o olhar sempre que algum estranho parecia me encarar por muito tempo.
— Então, é isso — ouvi Carlisle dizer, sua voz grave ecoando na clareira. — Não estamos apenas lutando por Reneesme, mas por todos nós. Se os Volturi ganharem, eles continuarão usando seu poder para destruir qualquer um que os desafie.
Scott estava encostado em uma árvore, com os braços cruzados. Seus olhos estavam fixos em Carlisle, absorvendo cada palavra. Stiles, ao lado dele, parecia menos convencido, mas mantinha-se calado por respeito, algo raro vindo dele.
— Vocês esperam mesmo que um grupo pequeno como o nosso tenha chance contra os Volturi? — Peter, o vampiro amigo de Jasper questionou questionou, com uma sobrancelha arqueada.
— O tamanho do grupo nunca foi o que determinou vitórias. Estratégia, união e determinação são o que vencem guerras — respondeu Carlisle com serenidade, mas sua expressão tinha um peso que deixava claro que ele sabia o quão grande era o desafio.
Derek estava ao lado de Scott, e por mais que estivesse em silêncio, eu sentia seu olhar sobre mim. Não trocamos nenhuma palavra desde Beacon Hills, mas seu olhar parecia dizer mais do que qualquer discurso poderia.
Enquanto isso, Sofia começou a resmungar suavemente. Afastei-me um pouco do grupo, balançando-a suavemente e sussurrando palavras tranquilizadoras em seu ouvido.
— Você realmente conseguiu se acalmar com tudo isso acontecendo, hein? — a voz inconfundível de Stiles me tirou do transe. Ele estava ali, com as mãos nos bolsos e um sorriso descontraído que parecia fora de lugar.
— Acho que é uma das poucas coisas que ainda me mantém sã — respondi, ajustando Sofia em meus braços. — Ela é a única coisa pura em meio a esse caos.
Ele assentiu, e por um momento, seu habitual humor deu lugar a algo mais sério.
— Só... toma cuidado. Porque, pelo que vejo, essa guerra não vai ser nada bonita.