7 - Era para ser um almoço em família.

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Ah, não foi fácil. Não foi fácil dormir aquela noite e muito menos acordar no dia seguinte sem um sorriso nos lábios. Não que isso fosse ruim. Momo rolou na cama diversas vezes antes de levantar, e puxou o celular da mesa de cabeceira ainda sonhando acordada. Tinha algumas mensagens, mas duas chamaram sua atenção.

Uma era de Dahyun, que mandou uma sequência de emojis aleatórios incluindo beijinhos e pizzas. Momo riu. A outra era de Lisa, perguntando se poderia marcar algo com Koko no final de semana. Momo respondeu que ela mandasse mensagem para a filha e se levantou.

Arrumou a cama e se arrumou minimamente antes de sair do quarto. Ainda era cedo. Momo passou no quarto da filha e olhou pela fresta da porta aberta. Koko tinha deixado que suas amigas, Jeemin e Saebi, dividissem sua cama. Ela e Sarang dormiam em dois colchões no chão, mas Momo achou engraçado que Koko tinha ido parar no colchão de Sarang, basicamente sufocando a menina com seu corpo enquanto dormia de boca aberta. Mas Sarang parecia confortável.

Momo voltou a encostar a porta e andou até a cozinha, passando café. Se lembrou de que era o sábado que suas irmãs iriam até a sua casa para um almoço em família. Faziam isso uma vez por mês, e naquele mês era a vez dela de ser anfitriã. Mal se importou. Pediria alguma coisa em algum restaurante qualquer, ou Mina levaria comida, como na maioria das vezes. Mina não confiava nas irmãs para cozinharem e ela própria tinha apreço pela cozinha.

Se sentou na ilha e respirou fundo, então abriu a mensagem de Dahyun de novo.

A noite anterior correu pela sua mente. Tinha sido uma de suas melhores noites em muito tempo, uma noite em que voltou a se sentir viva. Em seguida, não conseguiu não pensar em Koko, e se ela gostaria de Dahyun.

Tinham saído apenas uma vez! Porque ela já estava pensando na aprovação da filha? Nem sabia se aquilo daria certo! Mas não conseguia deixar isso de lado.

Suspirou, permitindo que o pensamento escapasse, e tocou os lábios com as pontas dos dedos. Se lembrou de novo do beijo. De tudo que tinha sentido com aquilo. Fazia muito tempo que não beijava alguém, e aquilo parecia ter reacendido algo dentro dela. Quando pensava, quase conseguia sentir os lábios de Dahyun sobre os seus de novo.

Percebeu que estava ansiosa para repetir a dose, e riu sozinha.

Então, viu alguém se aproximando pelo corredor, esfregando os olhos. As pantufas do Opanchu se arrastavam pelo chão, mas não estavam nos pés de Koko. Sarang parou quando viu Momo.

— Bom dia, tia.

— Bom dia, Sarang! Sente aqui.

A menina se aproximou. Tinha cara de sono mas olhava Momo com atenção. Se sentou na bancada da cozinha na frente dela e pareceu sem graça, sem ter ideia do que falar. O pequeno sorriso nos lábios deixava suas covinhas um pouco evidentes.

— Você toma café?

Sarang assentiu animadamente com a cabeça, parecendo empolgada com a ideia de cafeína. Momo levantou e serviu duas xícaras do café que tinha acabado de passar, entregando uma para a menina e ficando com uma.

— Como foi a noite ontem? — Perguntou Momo, e observou enquanto Sarang levava a xícara aos lábios, segurando com as duas mãos, se aquecendo naquela manhã fria.

— Foi muito boa, tia. Obrigada por nos deixar vir aqui.

Momo sorriu.

— Cá entre nós, você não gosta muito do que as meninas gostam, né?

Sarang abriu um sorriso, suas covinhas aparecendo de vez. Momo a achou adorável.

— Não, mas gosto de estar com ela... elas. Acho engraçado ver elas surtando por um bando de... garotos. Me diverte.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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