Punhos de Fogo

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Marcos abriu os olhos lentamente... sua respiração saía em baforadas curtas, cada uma carregando o gosto metálico do sangue que ainda impregnava suas narinas. Os acontecimentos da noite anterior relampejavam em sua mente, os gritos abafados pelo gargalhar dos goblins e o brilho cruel de lâminas sujas atravessando a escuridão.  

  Por um momento, ele desejou que fosse apenas um pesadelo, mas as dores nos músculos eram provas irrefutáveis de que o ataque havia sido real. Seus dedos tremeram ao fechar em punho, e ele se forçou a levantar. Não havia tempo para fraquezas.

Ao sair da casa da Angela, o frio da manhã cortou sua pele exposta. As nuvens pesadas no céu abafavam a luz do sol, lançando uma penumbra cinzenta sobre o vilarejo. Marcos, vê uma pequena agitação no centro do vilarejo.

— O que houve ontem... não podemos deixar barato. Disse um dos aldeões, tentando esconder o tremor na voz. A resposta foi um silêncio denso, apenas quebrado pelo ranger dos dentes do Orc. Finalmente, Thurgar se virou, sua mandíbula tensa como se estivesse prestes a explodir.

— ELES ACHAM QUE PODEM NOS EMBOSCAR, COMO RATOS?

O líder Orc deu um soco na mesa improvisada diante dele, fazendo os mapas e pergaminhos voarem em todas as direções. 

— HOJE À NOITE, FAREI OS GOBLINS PAGAREM COM O PRÓPRIO SANGUE.

Os moradores da vila se sentem confiantes e muito mais seguros depois dessa frase dita pelo seu líder.

— Qual seu plano? **Perguntou Marcos ao se encostar na mesa.**

— Sei de onde eles vieram, também sei sobre o líder deles, goblins são burros e desorganizados, matando o líder deles e mais alguns goblins, eles devem recuar.

— Tem ideia de quantos são?

— O pouco que sobrou ontem, mais os que devem estar no acampamento deles.

— Você lutou bem ontem, mesmo não empunhando uma arma, então conversei com o Diggy, pedi para ele fazer algo, deve ficar pronto a tarde, e enquanto esperamos, gostaria de treinar você, ou melhor, ensinar algo.

**Marcos olha para o líder com uma cara de empolgação.**

— Bom, não iria recusar algo assim. 

Ambos então saem do vilarejo e vão para próximo do local onde Marcos apareceu pela primeira vez.

— Ouvi do Roberto, ele te achou aqui, disse que você caiu do céu. **O líder então olha para o céu e, de maneira sutil, sorri.**

— Sim, aliás, foi uma queda bem alta.

— Roberto me disse que você era um mago, porém não era do conclave. Depois que ele falou isso, fiquei deveras curioso. 

— Curioso, com o quê? **Marcos caminha até a beira do rio, pega umas pedrinhas e as arremessa em direção ao lago.**

— Magos são extremamente poderosos, até então tudo bem, mas como um Orc, minha raça tem uma conexão melhor com a natureza.

O Orc se aproxima de Marcos, pega uma pequena pedra. Nesse momento, Marcos sente uma pequena vibração, essa vibração faz a pedra na mão de Thurgar crescer ao ponto de cobrir seu punho, como se fosse uma manopla.

— Fiquei surpreso por você ser um mago que lutou de frente com goblins ainda de mãos nuas, pensei que iria usar algo desse tipo, até porque senti dois fluxos de mana em você... mas algo me diz que você não é um mago, não é?

Nesse momento, Marcos para de jogar pedras. Naquele instante, ele olha nos olhos do líder Orc e explica tudo para ele, de que ele era um humano comum, que acabou vindo parar nesse mundo depois que faleceu ajudando alguns desconhecidos.

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⏰ Última atualização: 8 hours ago ⏰

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Isekai, Vinculado pelo Destino: A Saga do Outro Mundo.Onde histórias criam vida. Descubra agora