Capítulo Nove

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Loren

— O que eu fiz? — Eu sussurro enquanto olho para Bishop deitado na cama ao meu lado.

Pela primeira vez desde que me lembro, minha cabeça está limpa e não há mais pontos confusos. Houve tantas coisas que Gordon escondeu de mim em minha mente. Eu estava vivendo com esse
monstro toda a minha vida e não sabia disso.

Os olhos do Bishop se abrem e ele nos rola, então está em cima de mim. Ele me prende embaixo dele e há um olhar de preocupação em seu rosto.

— Nem pense em fugir de mim. Essa história está
ficando velha por aqui.

Eu sorrio para ele, pensando que poderia passar para sempre assim.

— Eu nunca quero ir a lugar nenhum.

Levanto minhas mãos até o peito em seu cabelo curto escuro.

— Eu só não quero mais pessoas se machucando por minha causa. E se ele vier atrás de você e...

Ele me interrompe com um beijo tão profundo e doce que faz todo o meu corpo ganhar vida. Eu gemo em sua boca e envolvo minhas pernas ao redor dele. O prazer da noite anterior inunda minha mente e eu quero fazer tudo de novo.

Nunca te deixarei. Suas palavras flutuam em minha mente. Vai levar algum tempo para me acostumar. E eu nunca vou deixar você, eu mando de volta sem ter que usar palavras. Nossa conexão já é tão profunda, e talvez seja porque estava lá muito antes de
sabermos.

Ele morde meu lábio antes de se inclinar para trás e me puxa para cima com ele, então estou sentada em seu colo.

— Ele virá. — Eu digo, sabendo disso de fato.

Acordei com medo de ter conseguido levar Gordon até à porta do Bishop. Então me lembrei que não estava mais sozinha. O que quer que esteja vindo,
Bishop e eu vamos encarar isso juntos.

— Eu não o culpo. Eu não deixaria você ir também.— Ele me dá um sorriso arrogante.

— Bishop, eu estou falando sério.

Sua mão vem até meu queixo para me fazer olhar para ele. Ele sempre quer que nossos olhos se encontrem.

— Eu sei e vou lidar com isso. É melhor ele vir aqui e, além disso,isso está muito atrasado.

— Você vai matá-lo.

Para alguém que não quer que ninguém mais morra, não digo uma palavra em defesa do Gordon.

— Eu deveria ter feito isso há muito tempo, mas sempre há uma ordem para as coisas. Quando o conselho o encontrou novamente, ele se afastou e só se aproximou agora.

— Quando nos mudámos para cá? — Eu pergunto e ele concorda.

— Gordon sempre foi um pouco maluco. Mesmo antes de ser transformado, ele ansiava pelas coisas mais sombrias da vida. Alguns homens apreciam o poder do mal.

Ele fecha os olhos por um momento, sacudindo a cabeça.

— Você é poderoso.

Eu posso sentir isso e não sei se é porque nós nos acasalamos agora ou é uma aura que ele emite. Não é só poder, mas é força e proteção também.

— Algumas pessoas diriam que sou.

— Mas não é algo que você pediu ou queria. — Eu termino por ele.

— Correto. Eu assumi o papel de supervisionar a área e mandar outros líderes me reportarem. — Ele encolhe os ombros como se não fosse grande coisa que ele fosse algum tipo de líder vampiro.— Eu sabia que minhas intenções permaneceriam puras, e isso nem sempre acontece com os vampiros.

Mordida pelo rei ( 4 livro da série sangue virgem )Onde histórias criam vida. Descubra agora