Capítulo 9:

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Jungkook voltava do trabalho tentando não parecer tão tenso sobre o que poderia ter acontecido com Taehyung, não tinha recebido notícia e já imaginava as piores coisas vindo disso. Ele já estava dado como morto, não teria direito a mais um velório.

Nem tinha se despedido dele devidamente.

O medo disso acontecer era tão forte que seu corpo doía, apenas essa possibilidade o deixava tonto e provavelmente sem sono, já que a possibilidade de dormir no meio de sentimentos tão ruins o causava uma imensa agitação. Já fazia quase vinte e quatro horas. Ele olhava o celular de minuto em minuto, conferindo mensagem, ligação e até e-mail. Quase não conseguia pensar direito.

Estava surtando de verdade e acabaria fazendo uma loucura se não soubesse nada de Taehyung nas próximas dez horas.

O jornalista entrou em casa com cuidado, tirando os sapatos e indo para o sofá, deixando sua bolsa de trabalho lá em cima, então voltou para perto da porta, trancando-a e acendendo a luz. Retornou à sala, iria se jogar no chão e tentar relaxar, caso contrário morreria de nervoso.

— Você é a primeira pessoa que eu conheço que não acende a luz assim que entra em casa — a voz masculina e arrastada de Taehyung falou sobre o sofá.

— Caralho, porra, seu filho da puta! — Jungkook quase gritou, dando meia volta pelo susto. — Tá ficando louco?

— O que foi? Eu estava te esperando em segurança. — O criminoso sorriu. — Fiquei sabendo que quer falar comigo.

Jungkook respirou fundo, caminhando rapidamente até o sofá, quase sentindo o coração escapar pela própria boca. Sentou-se um tanto distante de Taehyung, como se quisesse se proteger dele. Aquela tentação em forma de homem, aquele corpo gostoso e boca doce, aquela energia perigosa que, por ser dele, era pior por envolvê-lo tanto.

Precisava ficar longe. Mas seu coração pulsava forte, provando que, de qualquer forma, Taehyung mexia com todo o seu sistema.

— O que é, Jungkook? — Taehyung perguntou.

— Eu quero... dar um tempo.

— Nem ferrando — respondeu quase monossilábico. Jungkook o ouviu soprar uma risada. Uma risada?

— Taehyung! — Jungkook foi firme. — Isso é muito perigoso, eu tenho que dar um jeito de me proteger e te proteger. Você se machucou hoje.

Taehyung encarou seu garoto seriamente, arrumando-se no sofá. O jornalista olhou para as próprias mãos, tímido, tenso. Não conseguia olhar para o Kim, sentia que iria perder todas as suas estruturas caso resolvesse observá-lo. Precisava ser forte, porque embora fosse decidido em muitas coisas, Taehyung era um insistente maluco que não via limites em nada. Especialmente naquelas partes que queria muito, e isso já lhe foi provado de diversas formas. E isso o encantava, o enfraquecia, o conquistava dia após dia.

Taehyung era uma provação.

— Jungkook, se você realmente quer isso, olhe para mim. — Taehyung tinha a voz séria. — Chegue mais perto.

— Você sempre dificulta as coisas — Jungkook resmungou, estalando a língua no céu da boca.

Acabou fazendo o que Taehyung mandou. Sentiu o perfume dele e já tinha saudades, querendo chorar por estar fazendo isso com eles. Era quase um sacrifício.

— Alguns dias atrás você estava montado em mim, pedindo para que eu te fodesse em quinze minutos, te batesse e o quê?... Perdesse uma negociação, quase. Sou eu quem dificulto as coisas? — Taehyung jogou sujo.

— Não use isso contra mim! Aquele dia eu... Eu não sei, estava com saudade e... E... — Jungkook se perdeu, sentia sua tristeza no corpo e na alma. — E você estava tão bonito e atraente e... — Ele derreteu seus olhos sobre o corpo de Taehyung, murchando os ombros. — Bonito.

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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