CAP. 3: CONEXÃO

23 1 0
                                    

"Em cada vida passada, nosso amor sempre encontrou o caminho de volta"

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"Em cada vida passada, nosso amor sempre encontrou o caminho de volta"

💌

LEE YUNA

Em minha visão, a morte significa o fim, a total dissolução do que éramos. Quando partimos, tudo se desfaz, e todos se esquecem de nós. Ninguém lembra nosso nome ou nosso rosto, porque as fotos se apagam e se rasgam com o tempo. As memórias se tornam confusas, e as recordações são descartadas, deixando para trás um vazio imenso. No final, você se torna uma alma atormentada, invisível, sem alguém que se lembre de quem você foi.

Porém, o que fazemos quando, ao despertar, somos consumidos por uma ausência avassaladora? Uma dor que se infiltra em cada parte do nosso ser, transformando o cotidiano em um labirinto de lágrimas e um vazio inexplicável?

Desde que cheguei a Londres, especialmente nesses intermináveis quatro meses, uma sombra me acompanha, como se a presença de alguém que nunca esteve realmente ao meu lado me seguisse. Caminho pelas ruas, cercada por rostos desconhecidos, e a cada esquina, sinto como se estivesse à procura de um espectro, uma figura que não consigo definir. Sinto falta do seu abraço, o calor do seu corpo junto ao meu, das conversas que fluíam como melodias suaves, e o carinho que parecia tão natural. Mas quem seria essa pessoa? A resposta permanece oculta nas brumas da minha mente.

As noites tornaram-se um campo de batalha. Meus sonhos, uma confusão de imagens distorcidas, não se fixam em nada. Acordo frequentemente com a respiração entrecortada, uma pressão no peito e uma ardência nos pés, como se cada passo que dou neste mundo fosse um lembrete daquilo que falta. É uma ausência de algo indescritível, de alguém que mal conheço, mas cujas memórias nunca vividas me assombram.

Perguntas se acumulam em minha mente como nuvens carregadas, e eu me sinto perdida, presa em um labirinto mental sem saída. A cada lágrima que escorre pelo meu rosto, sinto-me mais distante da realidade, como se estivesse afundando em um mar de desespero. Nada parece fazer sentido; cada dia é uma repetição do anterior, um ciclo interminável de solidão.

Minha vida agora é marcada por uma rotina de estudo e a tentativa de criar histórias que explorem a complexidade da experiência humana. Escrevo capítulos únicos, mergulhando em diversos gêneros, mas quando cheguei ao tão temido romance, a frustração se transformou em um peso insuportável. Durante três dias, a folha de papel permaneceu em branco, como um eco do meu estado interno. O computador, um deserto de palavras não ditas, apenas refletia meu desespero. Tudo o que podia fazer era soltar profundos suspiros, esperando que o tempo da aula se esgotasse, e retornar ao meu quarto, um espaço que se tornara um santuário de angústia. Tentava pensar em algo que pudesse oferecer uma luz, mas a escuridão era opressiva, e cada tentativa de criar se transformava em mais um lembrete da minha incapacidade. A melancolia se tornava uma companheira constante, e a esperança, uma memória distante, quase esquecida.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

FIO DO DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora