𝄂𝄂󠁴 、 𝗈 𝗆𝖺𝗂𝗌 𝗂𝗆𝗉𝗈𝗋𝗍𝖺𝗇𝗍𝖾.

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──

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── ... Mas, enfim. Eu sinto que em breve os resultados da terapia vão surgir. ── Lyle finalizou a fala pausadamente, enquanto bebericava o suco de laranja.

── É um ato corajoso. ── Anamaria sorriu, com um brilho de admiração no olhar. ── Admiro como vocês estão dispostos a enfrentar o passado de forma tão direta.

── É doloroso, na verdade. ── Erik começou, a voz carregada de sinceridade. ── Mas pensar que, muito em breve, nós vamos ter uma saúde mental razoável já alivia um pouco. ── Ele suspirou, mordiscando um dos biscoitos no prato à sua frente.

A sala de estar pairou em um silêncio levemente desconfortável, dado o assunto de segundos antes. O mais velho deu mais um gole em seu suco, deixando o copo meio-cheio em cima da mesinha de centro.

── Ahm, então... ── Erik pigarreou, quebrando a tensão. ── Vocês se lembram da Olivia?* Aquela garota que eu namorei no ensino médio?

── Hm? ── Lyle piscou, voltando à realidade. A pergunta parecia ter escapado por entre seus devaneios.

── Olivia. ── Erik repetiu, com um sorriso quase tímido. ── Ela veio aqui hoje, enquanto você estava na consulta.

── Sério? ── Lyle arqueou as sobrancelhas, agora mais atento.

── Acho que ainda existem esperanças para nós. ── Um sorriso amplo se formou no rosto de Erik, e era contagiante.

Lyle deu um breve sorriso, um reflexo da felicidade evidente do irmão.

── Eu não tenho dúvidas. ── De maneira brincalhona, bagunçou o cabelo de Erik, provocando uma risada.

Erik iria continuar falando, talvez ficaria horas, somente sobre Olivia e como ele não havia esquecido-a em todos os anos que ficou detido. Escutou-se o som suave da campainha da casa.

── Vocês estão esperando alguém? ── Anamaria perguntou, franzindo o cenho.

Ambos negaram com a cabeça. Curiosa, a mulher se levantou, indo até a porta. Ao abri-la, deu de cara com Andy, que trazia um sorriso amigável.

── Surpresa, eu acho? ── Andy riu, coçando a nuca.

── Andy, você não deveria estar no trabalho? ── Anamaria perguntou em tom divertido, dando-lhe passagem para entrar.

── Hoje é meu dia de folga. Não marquei nada com ninguém, então resolvi passar aqui. ── explicou, entrando. ── Ah, eu também aproveitei e vim entregar isso aqui pro Lyle. ── a voz dele se abaixou para um sussurro, levantando ligeiramente uma sacola que segurava.

── Isso, o quê? ── perguntou, curiosa.

── Você vai ver. ── tentou manter o tom alegre, mas parecia ter um toque de seriedade.

Anamaria estava tão confusa quanto interessada em saber do que se tratava, mas não pressionou o primo a falar o que era o objeto dentro da sacola.

── Vou voltar para a cozinha, os brownies estão quase prontos. Eles estão na sala, ok? ── Ela deu um tapinha no ombro do primo antes de desaparecer pela porta.

Andy seguiu para a sala de estar, onde Lyle e Erik conversavam.

── Estou atrapalhando? ── Ele parou próximo ao sofá, esboçando um sorriso.

── Você sabe que não. ── Erik se levantou para abraçá-lo, sendo seguido por Lyle, que também o cumprimentou calorosamente.

── Vim dar uma passadinha rápida, e... ── Andy hesitou, os dedos apertando levemente a sacola que segurava. ── Também porque preciso entregar algo para você, Lyle.

── Para mim? ── Lyle cruzou os braços, um tanto intrigado.

── Sim. ── Andy engoliu em seco, seus olhos estavam vacilando brevemente. ── Achei que era algo importante.

Erik franziu o cenho, curioso, enquanto Lyle permanecia imóvel, atento.

── Quando vocês... ── Andy parou, como se o peso das palavras dificultasse sua fala. ── Quando vocês foram presos, eu fui uma das pessoas que ajudou a esvaziar a casa. Cuidei de embalar suas coisas.

Lyle sentiu o coração apertar, mas não respondeu.

── Foi aí que eu encontrei isto. ── abriu a sacola, tirando de lá uma pelúcia em tom bege, bem clarinho. Havia uma gravatinha vermelha envolta no pescocinho, feita com fita de cetim. Os olhinhos pretos do urso pareciam brilhar como se fossem reais.

Lyle piscou lentamente. Era como se o tempo tivesse parado ao ver aquele pequeno objeto, tão familiar e tão distante..

Memórias tão boas, mas memórias tão ruins.

Notando que ele não iria falar nada, o rapaz seguiu sua fala.

── Eu até procurei, pra ver se haviam outros. Mas esse aqui foi o único que eu achei.

Lyle segurou-o, sentindo a pelugem macia daquele que parecia só um simples objeto pra uns, mas para ele significava o mundo todo.

Na gravatinha, uma pontinha solta. Com caneta permanente, marcava-se o nome, "Pookie", o único ursinho de Lyle que havia restado, e o mais importante.

✦ *Quem lê 'Theater' vai entender a origem desse nome 'Olivia', apesar da fanfic do Erik não ter nada relacinado com essa, eu não podia perder a oportunidade 😻

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✦ *Quem lê 'Theater' vai entender a origem desse nome 'Olivia', apesar da fanfic do Erik não ter nada relacinado com essa, eu não podia perder a oportunidade 😻

✦ sei que vocês estão ansiosos pra ver mais do desenvolvimento da Bea e do Lyle, mas confiem em mim, capítulos como este serão bem necessários pro desenvolvimento da trama como um todo, principalmente dos dois, ok galerinha? ☝🏻

✦ bom, eu quero que me digam o que estão achando até aqui, e principalmente, se minha escrita está clara para todos, estou procurando melhorar algumas técnicas e necessito de um feedback 😭

✦ bem galerinha, é isso. Até o próximo capítulo 💗

𝗽𝗼𝗼𝗸𝗶𝗲 ✦ 𝗅𝗒𝗅𝖾 𝗆𝖾𝗇𝖾𝗇𝖽𝖾𝗓Onde histórias criam vida. Descubra agora