Michael Myers - Hot

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A escuridão da noite em Haddofild era densa, pontuada apenas pela luz tênue da lua, ofuscada por nuvens carregadas e o ar pesado da poluição urbana. Sobre as calçadas, um ser faminto por sangue e morte avançava, ávido por encontrar sua última vítima nesta noite de Halloween. Faltava exatamente uma hora para o Dia das Bruxas acabar, tempo suficiente para mais um ato de violência.

Ele poderia simplesmente invadir a primeira casa que visse, mas a polícia e o Dr. Loomis estavam por perto. Michael Myers não temia policiais, poderia facilmente os derrotar, mas lidar com eles agora o atrasaria. Era melhor manter distância e continuar sua caçada sangrenta.

A casa, envolta em um silêncio quase palpável, era um refúgio distante do caos que se desenrolava nas ruas escuras da cidade. Michael, o espectro da morte, observava de longe, a figura solitária de uma mulher colocando o lixo para fora. Seus olhos frios, escondidos por trás de uma máscara branca, analisavam cada movimento, cada hesitação. A caça estava quase terminando.

Você, alheia ao perigo que se aproximava, voltou para dentro de casa, trancando as portas e janelas com cuidado. As notícias recentes sobre o serial killer que assolava a cidade ecoavam em sua mente, aumentando o medo que se instalava em seu coração. Um suspiro de alívio escapou de seus lábios ao constatar que, por enquanto, estava a salvo.

A cozinha, iluminada por uma única lâmpada fraca, era um palco para a rotina noturna. Você, com a sensação de segurança momentânea, colocava as panelas na geladeira, preparando-se para o dia seguinte. O cheiro de comida, um aroma reconfortante em outras circunstâncias, agora era um prenúncio de terror.

Michael, como um fantasma, deslizava pelas sombras, aproveitando a brecha deixada por uma janela esquecida. Seus passos silenciosos, como os de um predador, a levaram até a cozinha, onde você estava, de costas para ele, enquanto se preparava para pegar a panela de pressão.

O reflexo distorcido da máscara branca na superfície brilhante da panela a fez congelar, o sangue gelando em suas veias. A visão grotesca, como um pesadelo se tornando realidade, a paralisou.

Antes que qualquer grito pudesse escapar de seus lábios, uma mão gélida envolveu sua cintura por trás, a faca fria pressionada contra sua pele. O cheiro metálico do sangue, a sensação de pânico absoluto, a certeza de que a morte estava a poucos centímetros de distância... tudo se fundia em um único e aterrador momento.

O mundo se contraiu, reduzindo-se ao som da sua própria respiração, ofegante e rápida. O seco na garganta, a vida desfilando em um filme de terror, as pernas bambas, a única sustentação era o corpo do seu algoz.

Fechou os olhos, esperando o golpe final.

O tempo se esticou, cada segundo uma eternidade.

Abriu os olhos lentamente, o olhando de canto, encontrando o olhar fixo do assassino por trás da máscara. A respiração pesada, um rugido selvagem em seus ouvidos.

- Não... não vai me matar? - Sua voz, um fio de seda, tremia.

Michael te analisou de cima a baixo, como um lobo faminto observando sua presa. A sede de sangue, antes voraz, se esvaiu, deixando-o confuso. O instinto assassino, que o dominava, desapareceu ao tocar nela.

Não sentia vontade de te matar, mas a ideia de se afastar era insuportável.

Hesitante, abaixou a faca de açougueiro, mas a segurou com firmeza. A guarda ainda estava alta.

O ar, antes denso, se aliviou, mas o terror ainda a prendia.

Com um misto de medo e fascínio, você se virou de frente a ele, encarando-o. Ele a puxou para perto, a mão direita deslizando pelas suas costas, a outra, ainda segurando a faca, a mantinha presa.

𝑰𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆 𝑺𝒍𝒂𝒔𝒉𝒆𝒓𝒔 (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora