𝑰𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆 𝑺𝒍𝒂𝒔𝒉𝒆𝒓𝒔 (Concluída)

Charles Lee Ray(Chucky) - Hot

(Antes de mais nada, O Chucky vai estar na forma humana, do Charles Lee Ray, essa one-short se passa antes do Chucky se tornar boneco)

O peso da exaustão se acumulava em seus ombros como se cada passo fosse uma batalha. O trabalho, um monstro faminto, sugava suas energias, deixando-a vazia e esgotada. O salário, um fantasma que se esquivava, a obrigava a caminhar pelas ruas escuras, a pé, enquanto a promessa de um Uber se transformava em um desejo inalcançável. A raiva, um vulcão adormecido, borbulhava dentro dela, pronta para explodir contra o seu chefe insensível e seus asseclas incompetentes. A única coisa que a mantinha em movimento era o desejo de chegar em casa, de afundar em seu sofá e esquecer o mundo.

Faltava apenas uma esquina, uma última curva para alcançar o refúgio da sua casa. Mas antes que pudesse dar mais um passo, uma mão gélida a agarrou com força, puxando-a para um beco escuro e malcheiroso. O cheiro de lixo e urina a fez engasgar, enquanto a escuridão a envolvia como um manto pesado. Foi empurrada contra a parede fria, enquanto a mão áspera do agressor tapava sua boca, silenciando seus gritos de terror. O aperto em seu braço era como um torno, prendendo-a àquela escuridão.

O medo, um monstro gelado, se instalou em seu peito, apertando seu coração com força. Seus olhos, arregalados de pânico, buscavam em vão por um fio de luz, um sinal de esperança. O ar, denso e pesado, se tornava cada vez mais difícil de respirar. A mente, tomada pelo terror, tentava desesperadamente encontrar uma saída, mas as paredes do beco se fechavam sobre você, aprisionando-a em um pesadelo.

- Ah, que sorte a minha! - A voz do homem era um raspar de unhas em um quadro negro, rouca e ameaçadora. - Uma vadia perdida, sozinha no escuro.

A respiração quente do agressor batia em seu rosto, carregada de um odor nauseante de álcool e suor. Cada segundo que passava a afundava mais na desesperança, na certeza de que a escuridão a engoliria para sempre. O corpo, paralisado pelo medo, tremia incontrolavelmente. Seus pensamentos, fragmentados e confusos, se agarravam à última esperança de que alguém pudesse ouvi-la, que alguém pudesse salvá-la.

O aperto brutal, visceral, esmagava-lhe o corpo. Os dedos ásperos e gélidos do homem, cravavam-se em sua pele, deixando marcas dolorosas e profundas. Seus olhos, dois abismos negros e infinitos, brilhavam com uma insanidade aterradora, uma fúria incontrolável que prometia dor e sofrimento. Não havia um traço de humanidade naquele olhar vazio, apenas um desejo insaciável, voraz, de causar dor. Um sorriso cruel, sádico, contorcia seus lábios. Você se debateu, desesperadamente, mas sua força era insignificante diante daquela força bruta, implacável.

Ele riu, um som cavernoso e horrível, um riso que ecoava no beco escuro e claustrofóbico, amplificando o terror. Seu medo, um nó apertado na garganta, sua angústia, uma onda avassaladora de pânico, eram o deleite daquele monstro. A mão que aprisionava sua boca, agora brutalmente apertada, cortava sua respiração, roubando o ar de seus pulmões, sufocando-a lentamente. A outra mão, rápida e impiedosa, extraiu um canivete de lâmina reluzente do bolso. A lâmina fria, gélida como a morte, deslizou sobre seu rosto, o toque mortal acariciando sua pele enquanto ele analisava sua expressão de pavor com uma satisfação perversa, mórbida.

-Você até que é bem linda, talvez linda demais para morrer...- A voz dele, um sussurro glacial, um fio de gelo que lhe congelava a alma, soou bem perto de seu ouvido.

Em um lampejo de esperança, um último suspiro de sobrevivência, você desferiu um chute violento, preciso, em suas partes íntimas. O homem urrou, um grito animal de dor, dobrando-se sobre si mesmo, soltando-a finalmente. A fuga era uma corrida contra o tempo, uma luta desesperada pela vida. Seus pés batiam no asfalto frio e úmido, o ritmo frenético de seu coração ecoando em seus ouvidos, um tambor frenético de terror. Mas ir pra casa era arriscado, um risco inaceitável. A delegacia, um refúgio distante, uma promessa tênue de salvação, era sua única esperança.