A vida havia se tornado um emaranhado de sombras desde a partida de sua mãe. O luto, profundo e dilacerante, pairara sobre você e seu pai como uma névoa opressora. Apesar da dor, você se esforçara ao máximo para manter a casa em ordem, equilibrar os estudos da faculdade e ser o porto seguro que seu pai precisava. Ele, por sua vez, retribuíra com um carinho redobrado, consciente do abismo emocional que você enfrentava. Seu amor por sua mãe era um oceano sem fundo, e a sua perda, uma ferida aberta que sangrava a cada lembrança.
Mas a tranquilidade forjada na dor foi quebrada com a chegada do caos, disfarçado em um sorriso encantador. Seu pai, um empresário de grande sucesso, atraía olhares cobiçosos como um imã para interesseiras. Entre as muitas mulheres que se aproximavam, Layla surgiu como uma víbora disfarçada de anjo. Ela era afável, atenciosa, a própria personificação da compaixão, tecendo uma teia de afeto que envolveu seu pai para se aproveitar de seu luto. A máscara, impecavelmente construída, escondia uma natureza egoísta e manipuladora.
O destino, cruel e implacável, lhe assombrou logo no seu aniversário de 19 anos, com a morte súbita de seu pai. Um vinho envenenado, segundo a polícia. Um caso sem solução, sem culpados. A polícia, impotente diante da falta de provas, arquivou o caso. Mas você sabia. Você sentia a presença da serpente em cada detalhe, em cada gesto dissimulado de Layla. A frieza nos seus olhos, o sorriso falso, a ausência de qualquer sinal de verdadeiro pesar. Você sabia que ela estava por trás daquela tragédia, que a mão dela havia tirado a vida de seu pai. Mas a certeza, sem provas concretas, se transformava em um tormento silencioso, uma espada de Dâmocles pairando sobre sua cabeça. A cada dia que passava, a sede de vingança lhe consumia lentamente, alimentando uma chama que prometia queimar a máscara de Layla e revelar o monstro que se escondia por trás dela.
Os dias se arrastavam, fúnebres e pesados como o luto que te consumia desde a morte do seu pai. Layla, agora, te tratava com o desprezo mais visceral, como se você fosse um inseto rastejante. Ela se banhava no dinheiro da herança de seu pai, esvaziando a sua parte sem o menor escrúpulo. Sua indiferença era um veneno mais cruel que qualquer xingamento.
Você era a escrava dela, sua criada, obrigada a obedecer a cada um de seus caprichos com a submissão de quem já não tinha mais nada a perder. A cada dia, a dor se transformava em ódio, um ódio corrosivo que te consumia por dentro.
Naquela noite, você chegou em casa mais tarde. Layla, embriagada e raivosa, te atacou como uma fera faminta. Seus gritos ecoaram pela casa, palavras imundas cuspidas como veneno. Ela te agarrou pelos cabelos, te puxando com brutalidade até o quarto. Seu corpo foi arremessado ao chão, sem delicadeza, como se você fosse um saco de lixo. A gargalhada dela, estridente e cruel, ecoou no silêncio da noite, a risada de uma psicopata que se deleitava na sua dor.
Deitada na cama, a raiva se transformou em um desejo voraz de vingança. Você Implorou, com a força desesperada do seu ódio, que Layla sofresse, que fosse lentamente torturada, que morresse de uma forma tão ridícula e humilhante quanto ela te tratava. E então, no silêncio daquela noite escura, um sussurro frio, um arrepio na espinha, te avisou: suas preces haviam sido atendidas. O demônio havia te escutado.
A sombra de Freddy Krueger, o demônio dos sonhos, paira sobre você, um espectro maligno que se alimenta de pesadelos e massacres. Seus olhos, dois pontos negros de puro desejo, queimam em sua alma, uma sede insaciável de sangue que o excita. Você não é mais uma vítima; você é sua propriedade. Sua posse.
Um sorriso cruel, um contorcimento perverso de lábios desfigurados, curva-se em seu rosto. A realidade do seu sonho se desfaz, desmoronando em um corredor escuro e úmido, a única luz bruxuleante emanando da lâmpada amarelada de um poste distante.
Inconscientemente, seus pés o carregam em direção àquela tênue esperança, a cada passo, o chão se tornando mais macio, mais úmido. O que você havia tomado por água, sob a fraca iluminação, se revela em toda a sua hedionda realidade: poças de sangue, brilhando sob a luz pálida. Um sangue viscoso e espesso, que gruda na sola dos seus sapatos, um sangue que grita em silêncio.
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𝑰𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆 𝑺𝒍𝒂𝒔𝒉𝒆𝒓𝒔 (Concluída)
Фанфикшн(personagens) _Jason Voorhees_ _Freddy Krueger_ _Michael Myers_ _Leatherface_ _Ghostface_ _Chucky_ _Pennywise_ _Brahms_ espero que gostem.🖤
