𝘠𝘰𝘶 and roman partizan.

𝟬𝟮｜dúvida.

Você poderia até pensar que a verdadeira natureza de uma pessoa é aquela que se revela. Mas reflita: uma pessoa é má porque é da natureza dela ou porque a dor muda corações bons?

Ela desabou e berrou contra chãos e banheiros, portas emperradas como seu próprio coração. O auge da dor é onde enlouquecemos, por uma vez e única. Me conte sua dor. Não vou lhe dar conselhos. Vou lhe salvar, e você poderá falar de seu problema quantas vezes quiser, até se cansar. Porque eu conheço sua loucura.

E para identificar-las, todo mundo é louco por uma vez.

Desta vez, é minha veste vestir a máscara da vingança, da loucura e obsessão. Algo que vai me matar, mas você vai junto comigo.

A delegacia era barulhenta, uma tortura estar naquele inferno, por tanto.. ele estava do meu lado, um antigo amigo.

De qualquer forma, isso me irrita.

Meu tio está preso aqui, enquanto essas pessoas desconhecidas dizem e questionam ele.

— Você está bem? — Pasha perguntou.

— Estava.

— Não precisa se preocupar, seu tio não vai ser preso.

— Quem garante? — retrucou.

— Eu.

Morena bufou.

— Roman está conversando com um dos policiais, apesar de ser raro a equipe de força tarefa da Rússia conversar com os policiais-brasileiros de um assunto específico.

Morena mastigava a sua unha, estava nervosa mas ao mesmo tempo furiosa com roman. Ela mal conseguia olhar para seu rosto que já crescia um ódio interno.

De repente, a porta do delegado bate, como alguém estivesse saindo. Era Roman. Ele não estava mais armado, apesar de uma pistola entre sua coxa.
Roman olhou para os lados, parecendo procurar algo, até seus olhos pairarem em você. — Morena se sentiu confusa, ela rapidamente desviou seu olhar para o lado, fingindo que ele não existe. — Porém ele vai até você.

— Pasha, vamos. — ordenou.
Pasha ficou em silêncio por alguns segundos, até você abrir a boca.

— E o meu tio? — perguntou.
— Vai ser investigado.
— Não vai ser preso, então?
— Deveria né.
Morena emrugou suas pestanas, e quase partiu pra cima de roman se não fosse Pasha segurar sua mão. Morena rangeu seus dentes, ambos dando um contato visual tenso.

— Eu odeio você. — confessou.
— Eu também te odeio, morena. — roman deu-lhe um último olhar intimidador, com suas palavras frias, e foi para a porta de saída.

Morena ficou bem mais aliviada quando foi embora, mas de repente veio por sua parte, a preocupação e questões sobre seu tio. Ao mesmo tempo que ela defende, ela questiona se ele realmente era uma pessoa boa, ou não.

— Você tem que se acalmar um pouco, morena. 
— Vai fazer terapia comigo?
— Não, mas bem que você deveria. — Pasha pausou, largando a mão de morena. — Bom, se bem que.. eu queria falar com você algo, desde que você saiu do time.

Morena balançou sua cabeça, — eu não quero mais me envolver em problemas com vocês e aquele time.

— Não é isso.
— Não?
— Não. Eu quero te dizer uma coisa. — Pasha olhou para ao arredor. — Eu sei que não foi você que fez tudo aquilo, no time.

Morena sentiu sua pupila dilatar, com os lábios entre-abertos, de repente vem sua questão.
— Então porque não me defendeu?
— Eu que não queria tomar um tapa de roman.