⋆― capitulo seis

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As noites se tornam inquietas para Seth Clearwater

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As noites se tornam inquietas para Seth Clearwater. Desde o encontro com a misteriosa garota na praia, sua mente não encontrava descanso. Cada dia parecia um borrão, enquanto ele procurava por ela em todos os cantos possíveis: na floresta, nas trilhas, até mesmo perto das falésias, onde o perigo não o intimidava.

Mas ela não estava em lugar algum.

No fundo, ele sabia que era loucura. Ela não parecia ser alguém que se encontrava apenas vagando. Ela era algo mais — algo além de sua compreensão. Mesmo assim, a necessidade de encontrá-la de novo crescia dentro dele como uma chama insaciável.

Finalmente, numa noite fria, quando as estrelas mal conseguiam atravessar as nuvens, Seth voltou à praia. Era o único lugar onde ele sentia que poderia estar mais perto dela.

Ele sentou-se na areia, olhando para o oceano escuro. O som das ondas era reconfortante, mas não o suficiente para silenciar a tempestade em sua mente. Quem era ela? Por que parecia conhecê-lo de uma maneira que ninguém mais conhecia?

Os pensamentos o consumiam quando algo mudou. O vento, antes calmo, começou a soprar mais forte, trazendo um arrepio que percorreu sua espinha. Seth levantou o olhar, os olhos fixos na linha onde a água se encontrava com a areia.

E lá estava ela.

A silhueta que ele havia gravado em sua memória. A garota do quadro.

Ela caminhava devagar, os pés descalços tocando a areia com a mesma leveza de antes. O cabelo negro, como uma extensão da própria noite, dançava com o vento, e seus olhos escarlates brilhavam como duas chamas distantes.

Seth levantou-se rapidamente, o coração batendo tão forte que ele podia ouvi-lo nos ouvidos. Ele deu um passo hesitante em sua direção, como se temesse que qualquer movimento brusco a fizesse desaparecer novamente.

Ela parou a poucos metros dele, a expressão serena, mas havia algo nos olhos dela — uma intensidade que parecia carregar séculos de histórias não contadas.

— Você voltou. — Ele disse, quase sem fôlego.

— Voltei. — A voz dela era suave, mas firme, cortando o silêncio ao redor deles.

— Quem... quem é você? — Seth perguntou, sua voz tremendo levemente.

Ela inclinou a cabeça, o olhar fixo no dele. Era como se estivesse avaliando-o, pesando suas intenções.

— Atropa.

O nome pairou no ar entre eles, ecoando como uma melodia antiga.

— Atropa. — Seth repetiu, como se testasse a sonoridade na língua. — É bonito.

Ela sorriu levemente, mas não respondeu.

— Você é real? — Ele perguntou, dando mais um passo à frente.

𝗕𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗡𝗔 ; seth clearwater ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora