-³- 𝗖𝗮ç𝗮𝗱𝗼𝗿 𝗲 𝗣𝗿𝗲𝘀𝗮

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A noite estava pesada, com nuvens escuras cobrindo a lua. Seo-jin estacionou seu carro em uma rua estreita e silenciosa, a poucos quarteirões do ateliê de Nayeon. Ele sabia que entrar naquele lugar seria arriscado, mas não podia esperar por provas entregues de bandeja. O depoimento de Eun-ji e os desaparecimentos conectados a Nayeon pesavam como chumbo em sua consciência. Se não agisse logo, outras vidas poderiam ser perdidas.

Com uma câmera pendurada no pescoço e uma lanterna pequena no bolso, ele caminhou até o prédio. Era um local discreto, mas sofisticado, escondido em uma parte menos movimentada da cidade. As janelas altas e fechadas pareciam olhos vigilantes, protegendo os segredos lá dentro.

Seo-jin encontrou a entrada lateral que Eun-ji havia descrito. Estava destrancada, como se o lugar estivesse convidando-o a entrar. Ele parou, respirou fundo, e abriu a porta com cuidado, tentando não fazer barulho.

O interior do ateliê era um contraste gritante com o exterior. O chão de mármore brilhava sob luzes modernas, e araras de roupas impecáveis estavam alinhadas em fileiras perfeitas. Couro em diferentes tonalidades estava exposto em vitrines, cada peça etiquetada com nomes enigmáticos: "Eterna Elegância", "Corte de Alma".

Seo-jin tirou algumas fotos rapidamente, seus olhos analisando cada detalhe. Ele sabia que a aparência do local era enganadora. Sob a superfície de luxo, algo muito mais sinistro estava escondido.

Movendo-se com cuidado, ele começou a explorar os corredores. No fundo do ateliê, encontrou uma porta trancada. Estava exatamente onde Eun-ji mencionara o porão. Ele examinou o local, notando que a tranca era eletrônica. Sem hesitar, começou a mexer em seus equipamentos improvisados para tentar forçá-la.

Nayeon estava em outro andar, ajustando os últimos detalhes de sua nova peça. O som de passos leves ecoou pelas paredes do prédio, alertando-a imediatamente. Ela desligou a música ambiente e se levantou, o olhar fixo na direção do andar inferior.

- Finalmente - murmurou com um sorriso frio. Ela sabia que Seo-jin viria. Pessoas como ele não conseguiam resistir. Eram tão previsíveis quanto fascinantes.

Ela pegou uma tesoura longa de lâminas brilhantes e desceu as escadas com passos silenciosos, como uma pantera se aproximando de sua presa.

Seo-jin finalmente conseguiu abrir a porta e desceu devagar. O ar lá embaixo era mais frio, com um cheiro estranho que misturava produtos químicos e algo metálico. Sua lanterna iluminou o espaço, revelando mesas de trabalho cobertas por ferramentas incomuns: lâminas, moldes, pedaços de couro pendurados. Mas o que chamou sua atenção foi um grande cofre no canto do cômodo.

Ele se aproximou, o coração disparando. Tentou abrir o cofre, mas era sólido demais para ser forçado sem o código. Frustrado, começou a fotografar tudo ao redor, incluindo o conteúdo de uma prateleira onde viu potes etiquetados com números e letras. Quando pegou um deles, percebeu que não era couro animal: a textura era diferente, quase... humana.

Uma onda de náusea o atingiu quando a verdade começou a se solidificar em sua mente. Ele sabia que precisava sair dali com aquelas evidências antes que fosse tarde.

- Você é mais persistente do que eu imaginava - a voz de Nayeon cortou o silêncio como uma lâmina.

Seo-jin congelou, girando lentamente para encontrá-la no pé da escada. Ela estava vestida de preto, a tesoura ainda na mão. Seu rosto estava calmo, mas seus olhos brilhavam com algo primal.

- Nayeon... - Seo-jin começou, tentando manter a compostura. - Eu sei o que você está fazendo aqui. O mundo inteiro vai saber.

Ela deu um passo à frente, o som de seus saltos ecoando no chão de cimento.

-Você acha que está pronto para lidar com a verdade? Porque muitos outros pensaram o mesmo antes de você, e veja onde eles estão agora.

Seo-jin deu um passo para trás, mas sabia que não podia mostrar medo.

- Você acha que pode continuar escondendo isso? As pessoas estão começando a perceber. Eu tenho provas.

Nayeon riu, mas era um riso vazio, quase mecânico.

- Provas? Ah, querido, você só tem pedaços de um quebra-cabeça que nunca será completo sem mim. E, infelizmente, acho que sua investigação termina aqui.

Ela avançou, a tesoura brilhando sob a luz fraca. Seo-jin agiu rápido, jogando um pequeno refletor de metal no chão para distrair Nayeon. O barulho a fez hesitar por um segundo, tempo suficiente para ele correr em direção à escada.

O jornalista subiu os degraus, sentindo a adrenalina explodir em suas veias. Atrás dele, Nayeon o seguia com passos rápidos, a expressão fria agora transformada em algo selvagem.

Quando ele alcançou o andar principal, correu em direção à porta lateral, mas tropeçou em um manequim. O impacto o fez cair no chão, e sua câmera deslizou para longe. Ele tentou alcançá-la, mas Nayeon já estava lá.

- Você deveria ter ficado longe - ela sussurrou, aproximando-se com a tesoura levantada.

Antes que ela pudesse atacar, Seo-jin chutou o manequim em sua direção, derrubando-a. Ele agarrou a câmera e saiu correndo pela porta, sentindo o ar frio da noite envolver seu corpo.

De volta ao carro, Seo-jin dirigiu sem rumo por alguns minutos, tentando se acalmar. Ele revisou as fotos no visor da câmera, confirmando que tinha imagens suficientes para iniciar uma denúncia formal.

Mas ele sabia que aquilo não seria fácil. Nayeon era poderosa, influente, e não desistiria tão facilmente. Agora, ele não era apenas o caçador; também era a presa.

Enquanto isso, no ateliê, Nayeon levantou-se do chão, ajeitando o cabelo e limpando o vestido. Ela olhou para o manequim tombado e depois para a porta pela qual Seo-jin escapou.

- Isso foi divertido - murmurou, com um sorriso perturbador. - Mas a diversão está apenas começando.

Ela foi até seu quadro de cortiça e puxou a ficha de Seo-jin, adicionando um círculo vermelho ao redor de seu rosto. Ele havia cruzado a linha, e Nayeon nunca deixava pontas soltas.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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.𝙁𝘼𝙎𝙃𝙄𝙊𝙉° - 𝘕ayeonOnde histórias criam vida. Descubra agora