Feilong sabia que teria que se preparar muito bem para quando fosse reencontrar Akihito. Terminou de se vestir e disse a Yoh:
-Vamos, Yoh, vamos àquele restaurante que serve comida cantonesa. Quero começar o dia bem alimentado. Além de tentar me reaproximar de Akihito, tenho que seguir os passos de Asami.
Yoh sufocou a vontade de dar um suspiro desanimado e disse:
-Sim, Feilong-sama, vamos.
Entraram no carro e Yoh foi dirigindo. Feilong pegou seu celular e ligou para Meiling, que atendeu:
-Meiling...
-Olá, Meiling, sou eu, seu primo. Como vai?
-Eu estou bem, Feilong. Você ainda está no Japão?
-Claro, você sabe dos meus planos.
-Feilong, será você não percebe que você pode machucar uma pessoa que não merece? Não o envolva nisso. Ele não tem nada a ver com sua história com Asami nem com seus problemas pessoais.
Feilong se despediu de Meiling e Yoh perguntou se estava tudo bem.
-Sim, Yoh. Vamos ao restaurante. Quero comer bem para começar o dia.
Sato ouviu Asami e Akihito e, com ar pensativo, pegou o estetoscópio, encostando-o no peito do fotógrafo.
-Respire fundo, Takaba-kun.
Depois, o médico tirou a pressão de Akihito e falou:
-Tanto sua pressão quanto seus batimentos cardíacos estão normais. Takaba-kun.Como foi que você se sentiu enquanto fazia o trabalho na prisão?
Akihito contou e o médico, após refletir um pouco, falou:
-Escute, Takaba, pelo que Ryuichi e você me contaram, o que você teve foi um ataque de pânico.
Akihito arregalou os olhos e Asami olhou atentamente para o amigo.
-Sim, um ataque de pânico. E pelo que você contou sobre o episódio na prisão, eu fico surpreso que você não tenha tido um ataque de pânico ali. Takaba, será que você não deveria considerar a possibilidade de se afastar do trabalho por mais um tempo? Eu posso arrumar um atestado, ou então você pode falar com o psiquiatra e ele mesmo providencia.
O rapaz protestou:
-Mas sensei, eu quero voltar ao trabalho, não quero ser um peso para ninguém. Vou passar minha vida inteira escondido?
Sato limpou os óculos e observou:
-O mais importante agora é a sua saúde, o seu bem-estar. Veja, temos que considerar seu histórico e também que o que você passou por causa do Myanmoto foi há pouco tempo. Talvez você deva priorizar a sua recuperação. E considere que Myanmoto não existe mais. Você não vai precisar se esconder. Poderá andar livremente pela cidade enquanto se recupera. Não deve se obrigar a voltar a trabalhar se não está se sentindo bem o suficiente para lidar com situações estressantes.
-Mas sensei, eu...
Asami interrompeu Akihito:
-Akihito, não seja teimoso. O mais importante é que você se recupere. Eu mesmo disse que ainda não era tempo de voltar a trabalhar e, caso você queira passear, posso mandar um dos meus homens lhe levar aonde quiser. Pense nisso, pirralho.
O médico sugeriu:
-Ou então você pode fazer trabalhos que não sejam perigosos. Pense bem nisso, Takaba-kun. De nada adianta você se forçar a fazer trabalhos perigosos sem estar em condições de enfrentar a tensão que esses trabalhos acarretam. É a sua saúde que importa.
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The touch of an angel
FanfictionAsami Ryuichi, the king of underworld, never remembered that he wasn't immortal until he woke up in a strange world and, with your most valuable men, Kirishima and Suoh, found a boy called Takaba Akihito, who told them they were all dead.