IRRECONHECÍVEL

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  JOHN BACKER




  Depois do que eu vi e ouvi Paul fazer àquela garota, eu não conseguia parar de pensar nela.




  Por que ela estava ali? Um pai seria mesmo capaz de vender uma filha?




  Pensei até em ligar para a polícia e denuncia-lo. Porém, sabia que seria inútil, além de estar colocando a mim e a minha família em perigo. O cara é muito rico e iria se livrar fácil dessa.




  Passei dias procurando por ela na boate. Mas sempre Paul aparecia sozinho. Onde ela estaria? O que teria acontecido depois daquela noite?




  Eu não me importava com os outros, para mim cada um tinha seus próprios problemas e que os resolvessem sozinhos. As únicas pessoas nesse mundo que importavam moravam comigo.




  Um dia finalmente a vi. Estava na pista de dança, obviamente dançando. E porra, todos os movimentos dela eram sexys, mesmo parecendo já estar embriagada.




  Olhei em volta, não vi Paul e nenhum segurança de olho nela. Discretamente me aproximei e a puxei pelo braço até o quartinho de limpeza. Ela até tentou lutar, mas a domei rápido antes que alguém notasse.




  Ela se sentou e eu fiquei de pé a observando de cima.




  Caralho que garota linda!




  A roupa que ela vestia a deixava totalmente exposta, a única coisa que me impedia de ver seu corpo por inteiro era a calcinha branca, o pano que vestia, nem os seios lhe cobriam.




  Minha boca salivou só de imaginar como seria sugar aqueles mamilos pequenos e durinhos. Meu pau a desejou imediatamente.




  Ignorei tudo isso, a enorme vontade que estou de rasgar esse pano e me enterrar fundo nela até ouvi-la gritar meu nome pedindo mais e... Porra não a trouxe aqui pra isso. Foco.




  Engoli em seco e perguntei o que queria perguntar há dias.




  — Por que você está aqui?




  Eu sei. Eu sei que não tenho nada a ver com ela, não devia nem me importar. Mas eu não consigo ignorar. Não sei o que há comigo.




  Depois de uma curta conversa eu não me segurei mais. A beijei. E de verdade, foi o melhor momento da vida para não se segurar.




  A beijei lentamente, e a resposta foi maravilhosa. Seu beijo era delicado assim como sua língua tímida encostando na minha. Os lábios dela eram tão macios, carnudos, quentes.




  Ah porra, ela é perfeita.




  Meu corpo inteiro pegava fogo, meu pau parecia que ia explodir tamanho era o tesão, descontei tudo aprofundando mais o beijo.




  Porém, tudo que é bom dura pouco, ela acabou se afastando. Pedi para ficar mais, porém ela me deu um fora. Eu sabia que ela queria, porém deixei. Não sou homem de forçar mulher a fazer o que eu quero, uma hora ela vai ceder.




  Depois que foi embora, ainda fiquei um pouco no quartinho recuperando meu fôlego, esperando meu amigão se acalmar.




  Eu quero aquela mulher! E vou ter, custe o que custar.




  Decidido saí e voltei ao meu posto de trabalho. Uma vez parado, olhei em volta para achar a morena que nem mesmo o nome quis me fala. Ela era um completo mistério para mim.




  Estava de pé, ao lado dele. Mulher nenhuma havia conseguido meu ciúme, mas essa sim. E foi tão fácil. Tento me convencer que é apenas a emoção da caça.




  O que está acontecendo comigo? Não me conheço mais.




  Nem as mulheres da boate me satisfazem, não que eu tenha parado de comer elas, mas perdeu a graça, desde do nosso segundo encontro, eu só penso nela. Eu estou doente.




  Tive que me contentar em apenas olha-la de longe, admirando seu belo corpo. Como se sentisse meus olhos nela, a mesma se virou e me viu.




  Mesmo longe vi seu sorriso. Sorri de volta por reflexo.




  Não é como se eu estivesse apaixonado por ela, definitivamente não é isso, só estou atraído pelo perigo, quero satisfazer de maneira urgente meus desejos mais selvagens.




  Mantemos os olhares até ela desviar.




  — Por que essa cara de apaixonado?




  Lembrei da presença do Dylan do meu lado.




  Fechei a cara e olhei para outro canto da boate.




  — Engano seu.




  Ele riu.




  — Cuidado meu amigo.




  Levantei uma sobrancelha e me virei para encara-lo.




  — Está me ameaçando? — Indaguei.




  Dylan engoliu em seco.




  — Claro que não cara. Eu só estava brincando.




  — Acho bom, você não tem ideia do quão irritado eu posso ficar quando ameaçado. — Sim, isso foi uma ameaça. Esse cara não vai me assustar.




  Ele sorriu nervoso e tocou meu ombro.




  — Qual é cara somos amigos.




  Me desvencilhei da mão dele e fui para mais perto da mesa de pôquer. Afinal, alguém poderia arrumar uma briga por aqui.




  A morena me olhou rápido, com os olhos arregalados. Sorri de lado, calma gata.




  Desviei os olhos dela para não levantar suspeitas. A mesma percebeu e fez igual.




  Fiquei ali de pé por horas. Até aos poucos os caras resolverem ir embora. Paul levantou também pegou a morena pelo braço e a levou sabe-se lá para onde.




  Eu senti algo estranho só de ver ele a tocando, e o olhar que ela me lançou antes de ir era como um pedido de socorro.




  Eu tenho que parar de me meter na vida dos outros.




  5 da manhã fui para casa. Me joguei no sofá e apaguei.

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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