Comédia romântica

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Klaus parou em frente à casa de Kate, com um buquê de flores frescas na mão e uma sacola de comida que ele comprou para ela. Ele não sabia exatamente como começar a conversa, mas sabia que precisava se desculpar por ter fugido naquela noite. Depois do momento tenso que teve com ela, sentia que precisava fazer algo para mostrar que não era indiferente.

Ele olhou para a porta, respirou fundo e bateu. O som ecoou pela quietude da noite, e ele tentou não parecer tão nervoso, mesmo que o fosse. Quando a porta se abriu, Kate apareceu, vestindo um pijama fofo de flanela, com os cabelos soltos em um estilo despretensioso. Ela parecia surpresa, mas seu sorriso foi imediato ao vê-lo ali, à sua porta.

– Klaus? – Kate perguntou, seu tom misturando surpresa e curiosidade. – O que está fazendo aqui?

Klaus deu um pequeno sorriso e levantou a sacola e o buquê como um gesto.

– Eu trouxe essas coisas... Como um pedido de desculpas. Eu sei que fugi na outra noite, e isso não foi certo. – Ele explicou, com sinceridade. – Não quero que pense que estou fugindo de você, Kate. Às vezes, a situação fica mais complicada do que eu gostaria.

Kate o olhou por um momento, em silêncio, absorvendo as palavras e o gesto. Ela então deu um passo para o lado, abrindo espaço para ele entrar.

– Pode entrar, Klaus. – Kate disse com um sorriso suave, ainda com aquele olhar de quem percebeu que ele estava sendo genuíno. – Vou colocar essas coisas na cozinha.

Klaus entrou e, antes que pudesse dizer mais alguma coisa, a porta se fechou suavemente atrás dele. Kate foi até a cozinha, deixando Klaus na sala por um momento, e ele se deu conta de como se sentia à vontade com ela. Ele observava o ambiente simples, acolhedor, e não pôde deixar de sentir uma sensação de paz que, para ele, era rara.

Ela voltou em poucos minutos com pratos e copos, e colocou tudo na mesa de centro enquanto Klaus se acomodava no sofá. Ele se sentou, observando-a por um momento enquanto ela colocava as coisas no lugar, e sentiu um impulso de dizer o quanto ela era diferente de tudo o que ele conhecia.

– Não precisava trazer nada, Klaus. – Kate disse enquanto se sentava ao lado dele, abrindo a comida que ele havia trazido. – Mas eu aprecio o gesto.

Klaus sorriu, um pouco mais relaxado, e fez um movimento para abrir o buquê, entregando-lhe as flores.

– Eu sei que poderia ter feito as coisas de uma forma diferente. – Ele disse, mais para si mesmo do que para ela, sua voz suave. – Às vezes, a distância entre as coisas que eu quero e o que consigo alcançar me faz agir de maneira impulsiva.

Kate o olhou com uma leve curiosidade, seu sorriso caloroso e genuíno.

– Eu entendo. Às vezes, o que precisamos não é exatamente o que fazemos. – Ela disse, e seus olhos brilharam com a empatia. – Mas, por hora, vamos deixar isso de lado e aproveitar a comida.

Klaus sorriu mais uma vez, aceitando a mudança de assunto, e os dois se concentraram em comer. Enquanto conversavam sobre assuntos simples do dia a dia, Klaus se sentia mais confortável do que esperava. Era como se a presença de Kate trouxesse uma leveza que ele não encontrava em nenhum outro lugar, e ele gostava disso, mesmo que fosse algo novo para ele.

O tempo parecia passar rápido, mas ele sabia que, por mais simples que fosse o momento, isso era importante. Ele estava começando a perceber que Kate representava algo mais do que apenas uma amiga. Havia algo ali, algo que ele não sabia como explicar, mas que estava se tornando cada vez mais claro.

Kate, por sua vez, também parecia à vontade. Ela riu de algo engraçado que Klaus havia dito, e o som da sua risada preencheu o espaço ao redor deles de maneira reconfortante. Quando terminaram de comer, Kate se recostou no sofá, ficando mais relaxada, e Klaus fez o mesmo, ambos ali, em silêncio confortável.

Por mais que o silêncio fosse profundo, ele não parecia desconfortável. Estar ao lado de Kate trazia uma sensação de calma que Klaus não sabia se poderia encontrar em outro lugar. E, por um momento, ele simplesmente sentiu que estava exatamente onde deveria estar.

Eles se olharam por um longo momento, a intensidade entre eles crescendo lentamente, sem pressa. Os olhos de Klaus estavam fixos nos dela, e Kate, mesmo sem dizer uma palavra, parecia entender o que ele estava sentindo. O ar ao redor deles parecia se aquecer, e os corpos estavam próximos o suficiente para que ambos pudessem sentir a energia crescente entre eles.

Klaus se inclinou ligeiramente para frente, e Kate, como se fosse algo inevitável, fez o mesmo. Seus rostos estavam tão próximos que ele podia sentir a respiração dela, leve e suave. Antes que pudesse resistir, ele tocou seu rosto com a mão, de forma suave, e a puxou para mais perto.

Os lábios de Klaus roçaram os de Kate, e o beijo, tão esperado, aconteceu com uma mistura de delicadeza e intensidade. Ele a beijou de forma suave, explorando aquele momento com a sensação de que, apesar das complicações que ele sempre carregava, estar ali com ela parecia certo.

Kate correspondeu, com a mesma suavidade, sentindo-se segura e ao mesmo tempo excitada pela proximidade. O beijo deles foi uma promessa silenciosa, uma conexão que os uniu de uma maneira que, até aquele momento, eles não tinham experimentado.

Quando se separaram, ainda estavam tão próximos que podiam ouvir o coração um do outro. Klaus sorriu, um sorriso genuíno e sem palavras. Kate, sem saber o que dizer, apenas olhou para ele, com os olhos brilhando.

Klaus não se levantou quando Kate se aproximou para pegar o controle remoto e ligar a TV. Ele permaneceu sentado, observando-a com um sorriso suave, enquanto ela começava a ajustar a programação.

– Que tipo de filme vamos assistir? – Klaus perguntou, curioso. Ele não costumava ser alguém que assistia muito à TV, especialmente filmes.

Kate sorriu de orelha a orelha, quase saltitando de felicidade.

– Comédia romântica! E musical! – Ela disse com entusiasmo, procurando por algo na sua lista de filmes. – É o melhor gênero de todos!

Klaus arqueou uma sobrancelha, um pouco cético.

– Nunca assisti a um filme assim. – Ele admitiu, dando uma olhada para o controle remoto que ela segurava com tanto carinho.

Kate deu um gritinho espontâneo, como se não acreditasse no que estava ouvindo.

– Você nunca assistiu?! – Ela exclamou, seus olhos brilhando com a empolgação. – Isso é uma afronta ao cinema! Mas hoje eu vou te convencer do contrário!

Klaus riu baixinho, claramente divertindo-se com a energia dela. Ele a observava, um brilho nos olhos dela o deixando curioso sobre a alegria que esses filmes aparentemente lhe traziam.

Kate colocou o filme, se ajeitando ao lado dele no sofá, e foi então que Klaus, de maneira quase inconsciente, olhou para ela com um sorriso genuíno.

– O que foi? – Kate perguntou, notando o olhar dele, e seu sorriso envergonhado surgiu ao ajeitar o óculos.

Klaus não respondeu imediatamente, apenas a observou por mais um instante. Ela parecia tão vibrante, tão cheia de vida ali ao lado dele, que não pôde deixar de se sentir tocado.

– Você... tem algo no olhar. – Ele disse, com a voz suave. – Você está... com brilho nos olhos.

Kate corou levemente e, tentando disfarçar, ajeitou os óculos de maneira desajeitada, um pouco envergonhada pela atenção dele.

– Ah, é só... Eu estou feliz. – Ela disse, sua voz mais suave agora, como se fosse uma confissão. – Feliz com esse momento. Eu... queria que durasse pra sempre.

Klaus, tocado pelas palavras dela, olhou para ela com um sorriso genuíno e sincero.

– Eu também. – Ele respondeu, de forma simples, mas com tanto significado nas palavras que, por um momento, ambos ficaram em silêncio, apenas curtindo a presença um do outro.

Íris - Klaus MikaelsonWhere stories live. Discover now