— O que irá fazer, vossa graça, após destruir três casas poderosas? — Luke perguntou.A reunião teve início. Primeiro, sugeri um ataque à Casa Kingsley, onde, junto a ela, estavam a Casa Jansen e a Casa Montclair. Daria um fim às três.
Estávamos diante de uma grande mesa de madeira. Um mapa do reino estava entalhado na superfície, e em cada região havia um símbolo esculpido. No norte, um pequeno lobo marcava o lugar; no nordeste, uma pantera; no leste, uma fada; no sul, uma raposa; no oeste, um elfo; e no coração, rodeado por uma tintura escura representando o Mar Negro, havia um dragão.
— Você disse que Kael e Elion deixaram seus sobrinhos, suas esposas, suas concubinas e parte de seus exércitos em suas terras natais?
— Disse, rainha.
— Eles querem garantir que suas casas continuem existindo, ganhando ou perdendo a guerra — Sebastian comentou. Ele usava um longo casaco azul-escuro por cima de suas roupas brancas como seus cabelos. O fogo das velas espalhadas pela mesa refletia em sua pele.
— Todo o leste, sem exceção, está contra mim. Não querem ser comandados pela Rainha Dragão — sorri sem vontade — preferem morrer a me servir. Como seria fácil se todos se unissem a mim para lutarem na verdadeira guerra. Mas preferem disputar o meu lugar de direito ao invés disso.
— Vamos matar todos eles? — Elina, que estava ao lado de Adrian na ponta da mesa, questionou.
— Todo o leste será destruído. Não restará ninguém que esteja contra mim. Mas — os olhos de todos os presentes estavam atentos a mim — darei uma oportunidade de sobrevivência aos inocentes que não estão lá, lutando ao lado de seus reis. É isso que irei fazer.
— A maioria são mulheres e crianças. Irá trazê-las para o norte? — Connor perguntou.
— Não! Eu as farei rainhas, não escravas. Darei essa oportunidade como recompensa pelos anos de inferno sob as mãos de Elion e Kael.
— Com o perdão da palavra, Liandra, mas isso é impossível. A Casa Jansen e a Casa Montclair jamais tiveram uma mulher no comando. Seria uma afronta.
— Com a morte de Kael e Elion, seus tronos ficarão livres. Os filhos que têm são ilegítimos, o que deixa suas irmãs, sangue legítimo, aptas a herdar o trono por direito. E, se elas forem rainhas, seus súditos irão para onde elas estiverem.
— E depois? — Sebastian perguntou.
— Viajarei até elas e tentarei trazê-las para o meu lado, para lutarmos na guerra contra os mortos.
— E se acaso elas recusarem? Irá matar todas? Até as crianças?
— Não matarei inocentes. Mas, se não se juntarem a mim, irão morrer quando a noite de terror chegar. Depois que eu fechar os portões do meu reino, não os abrirei até que a segurança do meu povo seja garantida, não importa quem esteja implorando para entrar. A oportunidade de salvação será dada a todos que não estiverem na guerra de Akira. Mas nada poderei fazer se não a aceitarem.
— Quem nomeará as irmãs de Elion e Kael como rainhas?
— Eu sou a Grã-Rainha. Se eu mandar que meus seguidores pulem de um abismo em meu nome, eles o farão. Se ordenar que meus dragões lutem até a morte, eles obedecerão. Nomear duas mulheres de sangue legítimo como rainhas não será tão difícil ou absurdo como seu tom acusador está insinuando, Sebastian. - Falei calmamente.
— Até você chegar a esse ponto da história, muita coisa pode acontecer. Podemos morrer, nosso povo...
— E o que você sugere? Que nos rendamos? — Adrian interrompeu.
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Entre Lobos e Dragões| Em Andamento
WerewolfEm um mundo dividido por seis reinos dentro do vasto território de Alcântara, cada um distinto por suas florestas coloridas e climas peculiares, uma antiga profecia começa a se cumprir. Adrian Lancaster, rei dos lobisomens da Casa Lancaster, e Liand...