Um Sospiro No.3 Liszt

3 1 0
                                    

Edward estava deitado em sua cama, a nova adição ao seu quarto, as memórias do beijo que ele havia compartilhado com Jacob frescas em sua mente. Ele não pôde deixar de traçar seus lábios com os dedos, como se o calor da boca de Jacob tivesse deixado uma marca indelével.

Era como se dois mundos estivessem colidindo e, naquele momento, ele não se importava com mais nada, exceto aqueles lábios quentes e flexíveis.

Mas enquanto os pensamentos de Edward giravam, uma preocupação incômoda surgiu. Ele não conseguia escapar da realidade de sua natureza vampírica. Ao contrário dos humanos, todos os seus fluidos eram essencialmente veneno. No passado, ele tinha sido muito cuidadoso com Bella, mesmo quando ela tinha sido ousada; ele sempre tinha se certificado de manter seus beijos castos.

Carlisle foi explícito ao explicar que o veneno em sua saliva só poderia transformar um humano se entrasse em contato com a corrente sanguínea, então Edward tomou precauções. No entanto, Jacob era diferente. Jacob tinha sido mais direto do que Bella, e seus beijos tinham sido menos do que inocentes, levando Edward a parar alguns deles. Jacob não era um humano comum; ele era um metamorfo, o que trouxe um novo conjunto de preocupações.

Edward não pôde deixar de se perguntar:

E se o veneno dele fosse tóxico para Jacob?

E se o beijo deles tivesse involuntariamente colocado Jacob em perigo?

E se, no futuro, sua existência prejudicasse Jacob de alguma forma?

A ideia o atormentava, e ele não conseguia suportar a ideia de causar mal à única pessoa que significava tanto para ele.

O vampiro tomou uma decisão e, como sempre, decidiu buscar orientação da única pessoa a quem podia recorrer: seu pai, Carlisle.

Saindo do seu quarto, Edward foi até o escritório onde Carlisle frequentemente passava suas noites imerso em jornais médicos e textos antigos. O brilho suave da luz do lampião lançou um ambiente acolhedor sobre o quarto, e Carlisle levantou os olhos da leitura com um sorriso cúmplice quando Edward entrou.

"Carlisle," Edward começou, sua voz cheia de preocupação, "preciso falar com você sobre uma coisa..."

Carlisle largou o livro e fez sinal para Edward se sentar. "O que está pensando, filho?"

Edward respirou fundo, seus olhos se fixando no olhar compassivo de seu pai. "É sobre Jacob", ele disse, sua voz quase um sussurro.

Carlisle sorriu. Parecia que todas as perguntas do filho agora eram sobre os Quileutes. "Prossiga…"

Edward assentiu. "Nós... uh, Jake e eu, nós nos beijamos", e o vampiro sabia que se ele ainda fosse humano, ele teria corado muito. Era tão embaraçoso confessar algo assim para seu pai.

Carlisle levantou as sobrancelhas, surpreso. "É realmente um grande desenvolvimento. Eu não sabia que seu relacionamento tinha progredido tanto."

Edward assentiu. "Você acha que é precipitado?"

"De jeito nenhum, Edward. Para coisas como essa, para relacionamentos, não há nenhuma lista de verificação ou cronograma específico que você tenha que seguir. É sobre o que você sente e o que te faz feliz." O médico olhou para Edward. "Essa mudança te faz feliz?"

"Sim. Eu não achava que conseguiríamos chegar a esse ponto, dada a nossa história."

"Se removermos o preconceito da nossa equação, Edward, veremos com uma mente mais aberta o que estamos perdendo." Edward assentiu, e Carlisle continuou a olhar para o filho. "Mas não é isso que está te incomodando, é?"

Solar Hale Onde histórias criam vida. Descubra agora