Edward Cullen se considerava um romântico, mas sua percepção de romance diferia da noção comum da palavra. Não era sobre amor no sentido tradicional; para ele, era sobre buscar a beleza em sua forma mais profunda e transcendente.
Desde seus primeiros anos, Edward foi irresistivelmente atraído pelo mundo da literatura e da arte. Lá, ele encontrou consolo nos versos de poetas como Wordsworth e na eloquência da prosa tecida por pessoas como Hugo e Dickens. Para ele, essas palavras não eram apenas símbolos em uma página; elas eram portais para um mundo de beleza e emoção inigualáveis, um portal para sua vida monótona e rotineira.
No entanto, para o jovem Cullen, romance não era sobre relacionamentos ou atração física. Então ele conheceu Bella Swan. Desde o primeiro momento em que ele a vislumbrou, foi uma atração que inicialmente pareceu o chamado de uma sereia, uma força irresistível puxando-o. No centro desse fascínio estava o fato inegável de que o sangue de Bella era um elixir tentador, uma fragrância que permeava todos os seus sentidos e despertava uma fome primitiva dentro dele.
Mas então havia outra coisa, o mistério da mente de Bella o atraiu e ele se viu envolto em uma rede da qual ele achava que não poderia escapar, quando ele não podia negar que seus sentimentos por Bella transcendiam o puro apelo do sangue dela. Ele se viu cativado por sua aura, e pela maneira fascinante como ela parecia com seu mundo.
A presença dela trouxe um novo tipo de luz à sua existência, antes sombria, e ele percebeu que havia se apaixonado por ela de uma forma que nunca imaginou ser possível.
Mas mesmo quando ele abraçou esse amor, a dúvida se insinuou em si mesmo. Ele começou a questionar se a afeição de Bella por ele era realmente amor ou apenas um reflexo de seu desejo de se tornar uma vampira.
Dúvidas que começaram quando ele não a deixou se tornar uma vampira pela mordida de James; foi um momento crucial quando ele percebeu que Bella estava em risco como humana por estar em sua vida e mesmo que ele a amasse, ele não conseguia querer que ela mudasse. E ele sabia que se ela ficasse, se ele ficasse ao lado dela, ele seria persuadido a mudá-la
E ele não poderia, ele nunca faria mal a uma alma.
Então, ele se forçou a deixá-la ir e se condenou a ficar sozinho pelo resto de seus dias. Então, uma noite, algo mudou. Ele decidiu dar um passeio em direção à floresta e encontrou seu inimigo natural e potencial concorrente pela afeição de Bella. A segunda parte não importava; ela não estava mais lá, e a parte inimiga parecia imutável.
Ou assim ele pensava.
Naquela noite, quando ele olhou para o agora maduro Jacob Black, como a maturidade o havia afetado de mais de uma maneira, aconteceu. O "vira-lata", como ele o havia chamado naquela época, ficou marcado nele e desencadeou mudanças incontroláveis que ele nunca ousaria esperar. Alice não viu isso chegando, nem ninguém mais, mas Edward estava grato por isso ter acontecido.
Porque isso lhe dera a oportunidade de experimentar o amor sob uma luz diferente, não movido por sangue ou atração física. Era puro, pois ele deveria ser o companheiro de Jacob, sua alma gêmea.
De alguma forma, o universo, depois de um século, quis mostrar que Edward tinha uma alma, que mesmo que seu coração não batesse, ele foi feito para Jacob Black. Ele encontrou um amor que cresceu em um ritmo lindo, como algo que Schubert ou Debussy poderiam ter composto.
Seu relacionamento com Jacob foi a peça mais linda já escrita, com um andante suave e terno refletindo sua amizade tímida naqueles primeiros dias. Então veio o crescendo quando eles se conheceram de várias maneiras. Era como o belo fortissimo de Chopin, quando ele não conseguia deixar de admitir para si mesmo e para todos que estava apaixonado por Jake.
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Solar Hale
Fantasía(Edward×jacob) Em um mundo onde humanos podem se transformar em lobos para se proteger contra vampiros, Jacob abraça esse poder sabendo que vampiros são seus inimigos. No entanto, quando ele inesperadamente tem um imprinting com seu inimigo, aquele...