𝗖𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝗗𝗼𝗶𝘀

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Bom dia, Upper East Siders

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Bom dia, Upper East Siders. Aqui quem fala é a sua única e verdadeira fonte para o escândalo da elite de Manhattan. Ainda se recuperando da Festa do Beijo na Boca? Vocês não são os únicos.

Mas enquanto alguns limpam os estragos, outros acordam para lidar com as consequências. E nossa querida Chloe Bass? Bem, digamos que a manhã dela começou com um gosto tão amargo quanto a ressaca.

O sol invadia o quarto de Chloe sem pedir licença, atravessando as cortinas de seda dourada e atingindo seu rosto. Ela grunhiu, enterrando o rosto no travesseiro e se recusando a abrir os olhos. A dor de cabeça pulsante e o eco das risadas abafadas da noite passada pareciam zombar dela.

Chloe virou para o lado, o cabelo bagunçado em ondas perfeitas, porque é claro que ela consegue até estar desarrumada com elegância.

Ela esticou a mão até o criado-mudo, onde uma garrafa de água e um celular repousavam como evidências de um crime. Ao desbloquear o telefone, uma enxurrada de mensagens a aguardava, mas ela ignorou todas.

A festa do beijo na boca foi um sucesso (ou um desastre, dependendo de quem você perguntar), e a garota não poupou esforços para garantir que ninguém saísse sem falar dela.

Mas toda diversão tem seu preço. E o preço da Chloe, hoje, é uma dor de cabeça digna de uma noite memorável.

Ela se forçou a sentar, esticando o braço para alcançar o copo d'água e as aspirinas que sua fiel empregada tinha deixado no criado-mudo. Enquanto tomava os comprimidos, ouviu passos firmes ecoando no corredor e se aproximando de seu quarto.

Antes que pudesse reagir, a porta se abriu sem sequer uma batida. Seu pai entrou com a autoridade de quem não pede permissão em lugar algum, muito menos no próprio hotel. Vestido impecavelmente em um terno cinza-escuro, ele analisou a filha com um olhar que misturava irritação e algo que Chloe reconhecia bem: decepção.

Seus olhos, então, percorreram o estado do quarto, a jaqueta de couro jogada no chão, os sapatos de salto jogados perto da cama e uma garrafa de champanhe pela metade no criado-mudo.

— Bom dia, Chloe! Ou seria boa tarde? — Ele diz colocando as mãos no bolso.

— Pai, são...que horas mesmo? — Chloe perguntou, com a voz rouca.

— Já passa das nove! Não tenho certeza se você percebeu, mas o Brunch Anual dos Bass começa em breve, e seria no mínimo decente, que minha filha aparecesse sem parecer que saiu de um campo de batalha. — Ele fala.

"De quem foi a ideia de fazer uma festa assim tão perto do Brunch Anual dos Bass?" Chloe pensou, pressionando os dedos nas têmporas na esperança de aliviar a dor de cabeça.

— É sério, pai? Você veio aqui pra me dar uma lição de moral? Eu já estou pagando caro por ontem. — Ela respondeu e se jogou novamente entre os travesseiros.

WILDEST DREAMS | Nate ArchibaldOnde histórias criam vida. Descubra agora