Era só o que faltava mesmo, ser afastado de seu sonho, viajar para outro país, ficar perdido no meio da praia de Ipanema e de quebra presenciar o corte mais lindo que tivera visto em toda sua vida.
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Sábados pareciam ser o dia mais tranquilo da vida de Oikawa, o castanho dormia até às 09:30 da manhã e quando acordava se jogava no sofá se aninhando com o gato, claro, finais de semana era quando ele podia descansar da semana complicada que tinha no trabalho.
Mas, Tobio, que tinha uma rotina dentro do próprio corpo por causa da vida como atleta não aguentava dormir até mais tarde, pelo muitíssimo contrário, lá estava ele, 08 da manhã em um sábado, se arrumando para ir caminhar na praia como sempre fazia, como estava acostumado.
Se olhou no espelho com um pequeno sorriso, estava tomando um sol matutino gostoso neste solstício, sempre cuidava bem da pele, passando protetor sempre antes de sair, mas, ainda sim estava ficando coradinho de sol.
Antes de sair, o celular soltou duas notificações, uma de sua mãe o avisando de que estava tudo bem, que estava sentindo falta dele e que estava ansiosa para o rever de novo, a outra, no entanto fez seu coração gelar.
Ficou aflito, ponderou entre ignorar para sempre até o dia que teria de retornar ao Japão, mas, repensou, já era um homem adulto, fugir de garotos que enchem o saco (apesar dele gostar da amizade) já era muita imaturidade e sem contar que ainda sim ele queria responder a própria mãe.
Abriu o contato dela.
"Oii, Okaasan, fico feliz que esteja tudo bem com a senhora, também sinto sua falta, aqui no Rio tem praias muito bonitas, espero poder te trazer aqui um dia!" e junto enviou uma foto dele fazendo careta.
Em seguida respirou fundo, claro, era culpa dele, se tivesse escutado o que Ushjima dissera, o rapaz não precisaria correr atrás de si como um cachorro, mas, porra, nem no Brasil tinha paz.
De fato, não tinha nada contra o garoto, gostava dele e da amizade dele, mas, o rapaz era um tanto quanto apegado e tinha um interesse em Tobio cujo o moreno não sabia se poderia retribuir, não que Hoshi não fosse alguém legal, mas, era só um amigo.
E apreciava a amizade dele.
Tudo começou em uma Quinta-feira comum, o outono beijava a cidade de Tóquio com uma serenidade avassaladora, uma brisa suave gélida repousava sobre todo o ambiente, o que custou um atraso na rotina de Kageyama.
