OBSESSÃO

Pequena obsessão

LOUISE

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Minha mãe ficou encantada com a forma que o senhor Taehyung nos tratou, dizia que eu deveria dar uma oportunidade pra ele, disse que ele parecia ser uma boa pessoa, mas eu não sei, nossos mundos são muito diferentes e ele é patrão da minha mãe.

Quando me deitei pra dormir, ele insistia em me perseguir nos meus sonhos, aqueles olhos verdes frios e sem expressão me fitavam como um caçador olhando para sua presa. Eu sempre acordava sufocada!

Na manhã seguinte, segui pro meu trabalho. No início, fiquei um pouco apreensiva, pensando que ele iria aparecer a qualquer momento, mas nada. Aos poucos, fui relaxando. No fim do expediente, meu colega Pedro estava me oferecendo uma carona pra casa. Quando um carro preto parou perto de nós, Taehyung desceu com uma cara de quem vai matar um hoje.

"Ela vai comigo!"

Ele disse de forma que seria impossível dizer o contrário.

O mesmo arrepio que sinto quando estou com ele me subiu a espinha. Sigo automaticamente para dentro do carro dele. Sem dizer uma palavra, ele entrou do lado do motorista e seguiu dirigindo até minha casa.

Aproveitei esse tempo para observá-lo. Não tem como negar que ele tem uma beleza fora do normal. Ele é um homem muito bonito, grande e musculoso. Eu perto dele me sinto menor do que já sou!

Seus cabelos finos e cheios lhe davam um ar angelical; sua boca bem desenhada. Ele tinha um cheiro delicioso de hortelã com canela amadeirado, mas mesmo com toda sua beleza, ele aparentava ser um homem frio.

Seu rosto quase não tinha expressão, era como se ele não tivesse sentimento algum, isso me assustava. Taehyung segurava o volante do carro com tanta força que as pontas dos seus dedos estavam brancas.

Quando paramos na frente da minha casa, ele tirou o cinto e eu também tirei o meu, mas ele não destravou as portas do carro. Ele passou as mãos no cabelo, como se estivesse fazendo um grande esforço para se controlar.

"Você não deve aceitar carona de nenhum outro homem que não seja eu!"

Ele falou, tentando aparentar uma tranquilidade que não existia.

"Taehyung era só uma carona...", tentei explicar.

Ele não me deixou terminar e deu um soco no volante do carro. Fiquei totalmente assustada, com os olhos bem abertos!

"Perdão, minha cereja. Você entendeu o que eu disse?"

Ele perguntou, com uma intensidade arrebatadora.

Sem conseguir falar, apenas balancei a cabeça, confirmando, assustada...

"Não precisa ter medo!"

Ele se aproximou de mim e beijou minha boca, de forma possessiva e exigente, exigindo tudo de mim!

Sua língua invadiu minha boca, me tirando o ar. Suas mãos me apertaram fortemente, eu não conseguia afastá-lo. Esse homem exercia um poder sobre mim que eu não sabia explicar.

Ele se afastou um pouco e me olhou com aqueles olhos frios.

"Você é minha, princesa, minha!", E voltou a me beijar.

Quando ele se deu por satisfeito, me soltou, abrindo as portas do carro.

Meu pai não estava em casa, pois chegava tarde do trabalho. Minha mãe, como sempre, fez uma grande festa para receber Taehyung.