𝘈 𝘚𝘰𝘯𝘨 𝘍𝘰𝘳 𝘛𝘩𝘦 𝘏𝘦𝘢𝘳𝘵

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Lizzie sempre fora do tipo desapegada, alguém que não se deixava levar por sentimentos intensos em relações casuais. Mas Axel, com sua calma e doçura, era a exceção. Ele não era só um ficante; ele era algo a mais, algo que mexia com ela de uma forma que ela não sabia explicar. Cada gesto dele parecia carregado de um cuidado genuíno, e isso a desconcertava.

Foi Axel quem a fez perceber o quanto ela queria compartilhar coisas simples de sua vida com ele. Quando ela sugeriu que eles assistissem sua série favorita, Brooklyn Nine-Nine, e ele respondeu com um inocente.

"O que é Brooklyn Nine-Nine?", Lizzie ficou boquiaberta.

"Como assim você não conhece? Isso é um crime cultural!" ela exclamou, olhando para ele como se fosse um alienígena.

Axel riu do drama dela, o que a deixou ainda mais determinada a corrigir o erro. E assim, eles começaram a maratonar a série. Lizzie adorava explicar as piadas internas, os trocadilhos, e ver Axel rir das palhaçadas de Jake Peralta e da intensidade de Rosa Diaz. Aquilo, de alguma forma, se tornou o momento deles.

Mas não era só isso. Axel tinha algo especial, algo que ia além das palavras. Quando Lizzie passava por dias ruins, quando parecia que o peso do mundo estava sobre seus ombros, ele conseguia acalmá-la de um jeito que ninguém mais conseguia. Ele não fazia discursos motivacionais nem tentava resolver os problemas dela. Ele apenas estava lá, com ela, ouvindo, segurando sua mão, e garantindo que ela sentisse que tudo ficaria bem.

Era por isso que, cada vez mais, Lizzie se perguntava se realmente queria voltar para San Fernando Valley. A ideia de deixar Axel para trás parecia errada. Ele tinha se tornado uma parte dela, e a ideia de partir sem ele era dolorosa.

Havia algo que Axel fazia questão de manter só entre eles: ele sabia tocar violão. Lizzie descobriu isso por acaso, em uma noite em que estava no quarto dele e notou um violão encostado no guarda-roupa.

"Você toca?" perguntou curiosa, apontando para o instrumento.

Axel, um pouco envergonhado, assentiu. Pegou o violão e, de forma despretensiosa, começou a tocar. As primeiras notas de "Talking to the Moon" de Bruno Mars encheram o quarto, e Lizzie ficou encantada. Ele tocava com uma suavidade que parecia combinar perfeitamente com ele.

Quando terminou, Axel olhou para ela e sorriu. Aproximou-se e deu um beijo leve em seus lábios antes de dizer:

"Qualquer dia desses, eu faço uma serenata para você, princesa."

Lizzie sentiu o coração bater mais forte. Não era só o gesto romântico que a tocava, mas a simplicidade dele. Axel não precisava de palavras grandiosas ou gestos exagerados para mostrar o que sentia. Ele fazia isso nos pequenos momentos, nos detalhes.

Era nesse tipo de instante que Lizzie sabia que Axel não era como os outros. Ele a fazia se sentir especial, e ela sabia que, se tivesse escolha, não deixaria isso acabar tão cedo. E, pela primeira vez em muito tempo, ela considerou mudar seus planos - não por obrigação, mas porque Axel tinha se tornado o lar que ela nem sabia que estava procurando.

𝖬𝖸 FAVORITE 𝖫𝖠𝖱𝖴𝖲𝖲𝖮 - 𝗔𝗫𝗘𝗟  𝗞𝗢𝗩𝗔𝗖𝗘𝗩𝗜𝗖Onde histórias criam vida. Descubra agora