|Capítulo 03|

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P.O.V Narradora

Adalind estava sentada à mesa da cozinha, a cabeça quase tombando sobre o prato enquanto lutava contra o sono. Seus pequenos olhos ruivos piscavam lentamente, mal conseguindo se manter abertos. Aurora entrou na cozinha e parou por um instante, observando a cena com um sorriso divertido. A filha parecia uma mistura de teimosia e exaustão.

— Adalind... — Aurora chamou baixinho enquanto se aproximava. 

A ruiva não respondeu, a cabeça agora praticamente encostada no prato com um pedaço de torta. Aurora soltou uma risada suave e estendeu a mão, puxando delicadamente o prato para longe.  Na mesma hora, como se tivesse sido acordada por um alarme, Adalind abriu os olhos e sentou-se rapidamente. 

— Não, mamãe! Tota ainda tá comendo! — ela protestou, puxando o prato de volta com as mãozinhas pequenas. 

— Mocinha, você tem aula.—Aurora cruzou os braços, tentando manter um tom sério apesar da vontade de rir. — Não pode ficar dormindo na mesa. 

Adalind franziu o cenho, emburrada, e voltou a pegar um pedaço da torta com a colher, mastigando devagar enquanto os olhos insistiam em fechar novamente. 

Aurora balançou a cabeça, divertida, e caminhou até a geladeira. Ela pegou uma jarra de suco e, após fechar a porta, lançou um olhar para a filha, que agora estava de novo com a cabeça pendendo para o lado, a colher ainda na mão. 

— Adalind... — chamou com um tom de aviso. 

— Hum? — resmungou a menina, abrindo um dos olhos e tentando disfarçar o sono. 

Aurora não conteve o sorriso. Ela caminhou até a mesa e passou a mão carinhosamente pelos cabelos ruivos da filha. 

— Se você não acordar, a mamãe vai comer a sua torta. 

Adalind arregalou os olhos no mesmo instante e segurou o prato com firmeza, como se ele pudesse ser roubado a qualquer momento.
 
— Tota é minha! — murmurou ela, agora bem acordada, embora com as bochechas coradas de sono. 

— Essa torta é poderosa mesmo, hein?—Aurora riu, pegando um copo para servir o suco.  — Anda, termine logo. Depois, você vai direto se arrumar. 

Adalind assentiu com um longo bocejo, mas obedeceu, voltando a comer a torta enquanto Aurora a observava com carinho, achando graça na energia da filha — ou melhor, na falta dela pela manhã.

Após o café da manhã, Aurora e Adalind estavam na garagem, enfrentando um problema frustrante. Aurora girou a chave na ignição várias vezes, mas o carro se recusava a funcionar. Ela soltou um suspiro exasperado e, após alguns segundos de insistência, finalmente notou o marcador de combustível.

— Sem gasolina… — murmurou ela, derrotada, Adalind, que observava atentamente a situação, abriu um sorriso vitorioso, Aurora saiu do carro encarando a filha.

— Sem escola! — anunciou ela, saltando do banco com alegria e já se virando para sair da garagem

— Ah, não mesmo! — respondeu Aurora, pegando rapidamente sua bolsa antes de alcançar a filha, que soltou um resmungo enquanto era erguida no colo. — Você ainda tem aula, mocinha. 

— Não tem carro, não tem escola! — Adalind insistiu, cruzando os braços emburrada. 

Aurora ignorou o argumento da filha e saiu da garagem com Adalind nos braços. Enquanto caminhavam para a frente da casa, ela avistou, ao longe, os filhos de Carlisle saindo com seus carros. O brilho metálico chamou a atenção de Aurora, mas foi a figura de Carlisle, no último carro, que realmente capturou seu olhar. Ele havia notado Aurora e Adalind paradas, olhando na direção deles, e virou a cabeça, curioso.

Com uma expressão de leve surpresa, Carlisle parou o carro ao lado delas. Ele abaixou o vidro, oferecendo um sorriso cordial. 

— Aurora, está tudo bem? — perguntou ele com gentileza,Aurora sorriu, um pouco sem jeito, mas com aquele brilho de confiança que sempre a acompanhava. 

— Carlisle… — começou ela, aproximando-se do carro. — Desculpa ser abusada, mas será que poderia nos dar uma carona? Meu carro está sem gasolina, e eu realmente não quero atrapalhar você. 

Carlisle inclinou levemente a cabeça, como se sua resposta fosse óbvia. 

— Você jamais vai atrapalhar, Aurora. — respondeu ele calmamente, com um sorriso acolhedor. — Por favor, entrem. 

Aurora sorriu agradecida, abrindo a porta de trás. Ela colocou Adalind no banco com cuidado e prendeu o cinto da pequena, que estava claramente contrariada. Adalind fez uma careta, desviando o olhar. Aurora fechou a porta e deu a volta, entrando no banco do carona.

— Muito obrigada, Carlisle. De verdade. — Aurora agradeceu mais uma vez, soltando um suspiro de alívio,Carlisle olhou pelo retrovisor e percebeu a expressão descontente de Adalind. Ele não conteve a curiosidade.

— O que houve, Adalind?—perguntou ele—Parece que você não está muito feliz. 

— Não quero ir pra escola…—Adalind cruzou os braços, olhando para a janela. 

— Adalind!—Aurora se virou no banco, lançando um olhar repreensivo.—Não comece. 

— Mas o carro quebrou, mamãe! É um sinal! — Adalind argumentou, quase dramática. 

— Parece que você tem uma grande estrategista aqui, Aurora. —Carlisle escondeu um sorriso, achando graça na teimosia da menina. 

— Você não faz ideia — respondeu Aurora, balançando a cabeça com uma mistura de diversão e cansaço. Ela olhou para a filha mais uma vez. — E pode esquecer, mocinha. A escola te espera. 

Adalind soltou um longo suspiro de derrota, afundando no banco. Carlisle riu baixo.

Mais um capítulo amores espero que gostem ❤️ 🥰 ❤️ 🥰

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