Sanemi's P.O.V
Eu e Giyuu estávamos na praça de alimentação do shopping tomando sorvete enquanto eu estava falando sobre uma banda de rock que eu adoro, até que ele colocou a mão no meu rosto e disse:
— Você fala demais. — o tom, a risadinha, o sorriso. Cara, aquilo fez eu me derreter inteiro, só que quando ele selou nossos lábios eu senti que eu estava no céu. Naquele instante não tinha mais ninguém ao nosso redor, tudo se silenciou, as dores dos machucados sumiram e eu senti como se nada pudesse dar errado.
Passaram segundos, mas para mim, pelo menos, foi uma eternidade, foi a coisa mais mágica, o melhor beijo que já tive. Mesmo que tenha sido com um garoto, eu sei que se meu pai ficar sabendo disso eu deixo de existir do planeta Terra, mas eu não me arrependo de nada.
Quando Giyuu se afastou ele estava completamente vermelho, fofo, e sem jeito, já eu estava desnorteado, sem saber o que fazer, mas tinha algo que eu sabia, que era que eu queria mais daqueles lábios nos meus, então foi o que eu fiz.
O beijo não foi demorado, mas só paramos quando sentimos que alguém estava nos vendo, olhamos um pro outro e começamos a rir.
A minha consciência dizia que eu não podia ficar com ele por ter terminado um relacionamento a poucos meses, mas meu coração dizia que eu devia ir fundo, e dessa vez deixei meu coração me comandar, e não me arrependo nadinha.
Saímos da praça e fomos para fora do shopping e começamos a andar sem rumo, de mãos dadas e jogando conversa fora. Estava tudo muito calmo, o que era estranho, mas nenhum de nós dois ligamos.
Paramos em uma quadra e ensinei Tomioka a jogar vôlei, ele disse que na tinha feito Tênis então não foi complicado dele aprender, só que ele era muito estabanado e não sabia direcionar a bola pra nenhum lugar, eu derretia de rir toda vez:
— Você sabe jogar e fica rindo da minha cara que nem sabe jogar, você é muito sem graça! — ele falava com o rosto vermelho de vergonha enquanto ia buscar a bola que ele jogou do outro lado da rua
— Eu posso até ser sem graça, mas você tem muita graça — quando falei isso secando as lágrimas de tanto rir ele me deu um tapa no ombro, que não doeu — Não precisa ficar bravo, você ta fofo errando as coisas, mas fica tranquilo que você pega rápido.
Falei sem pensar e quando pensei no que falei era tarde demais, virei para o Giyuu ele estava me encarando completamente vermelho. Não entendo porque ele fica tão vermelho, eu que sou o albino e ele que fica vermelho:
— Olha, se preferir, esquece o que eu falei, só vamos continuar aqui — falei numa tentativa de amenizar o clima. Ele concordou e continuamos como se não tivesse acontecido nada.
Quando estava ficando mais de noite decidimos parar e ficamos encostados numa árvore, ele encostou a cabeca em meu ombro, não gosto de toque físico, na verdade eu detesto, mas eu deixei que ele ficasse. Acho que o toque dele me acalma.
Estávamos em silêncio pelo cansaço da atividade física que acabamos de fazer, mas um silêncio confortável, ambos aproveitando a companhia um do outro, sem surpresas ou barulhos. Uma noite silenciosa, apenas o som dos insetos e folhas caindo.
Nunca havia experimentado algo tão calmo e perfeito como esse momento, para mim podia ser para sempre. Só que nada é para sempre e o celular de Giyuu começou a tocar:
— Perdão, vou atender aqui. — ele atendeu e viu que era sua irmã. Ele se afastou para conversar melhor, imagino que seja ela pedindo com que ele voltasse para casa, e dito e feito, ele voltou e falou que teria que ir para casa:
— Deixa que eu te acompanho, pode ta a paz que for aqui nessa praça, mas sempre tem um Zé bostinha pra importunar pessoas, por isso nunca ande sozinho por aqui viu — Eu sabia disso porque não muito longe dali fica o ponto de fumo de muita gente, inclusive meu, eu não ia deixar com que ele passasse por lá sozinho sabendo da índole do povo que frequenta aquele lugar.
Ele concordou e fomos conversando durante o caminho, mas principalmente eu, não sou muito de falar, mas eu e Tomioka temos tanto em comum que eu acabo exagerando. Ele não é muito de falar e eu não o pressiono perante isso, então só deixo com que ele me ouça falar e reclamar, mas sempre deixou brechas pra se ele quiser falar ele fale.
Quando chegamos na casa dele, ele me puxou para um abraço apertado:
— Obrigado por hoje, espero que tenhamos mais momentos assim — ele disse e me deu um beijo na bochecha e foi para dentro do prédio, eu fiquei sem reação ou jeito e só depois de pelo menos 2 minutos eu me toquei que eu tinha que ir pra casa também.
O caminho foi silencioso, porém barulhento, a minha mente não ficava quieta, eu tava quase tacando a cabeça numa parede qualquer.
Quando cheguei em casa, estava tudo muito quieto, então só entrei e fui pro meu quarto.
O quarto dos meus pais fica bem próximo ao meu, então eu passo na frente do quarto deles para ir para o meu. Assim que passei uma mão pousou em meu ombro e quando virei era meu pai com uma foto minha e do Giyuu se beijando na praça de alimentação hoje a tarde:
— O que isso significa, seu viadinho de bosta?
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Hellooo, tentei ser mais fofa hoje, mas no próximo não teremos nenhuma fofura viu
Obrigada pelos comentariosss!!!!!! Beijosss amo vocês!!
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◇●•I wish you were a girl•●◇ SANEGIYUU
RomanceA história turbulenta de dois adolescentes conturbados no ensino médio. Giyuu Tomioka, alguém tímido que está em processo de cura de uma depressao, que se mudou junto com sua irmã para uma cidade grande sem os pais. Sanemi Shinazugawa, uma bomba rel...