Capitulo 3 - Um encontro

11 3 36
                                    

Com a mão em seu rosto, Yudi se questiona. Seu coração batia forte e sua aura vazava de seu corpo, movendo algumas coisas de lugar, mesmo que sem intenção. A dúvida e a angústia em seu peito eram palpáveis. A criança em seu sonho era mesmo a sua chefe? E o que ela estaria fazendo alí? E porque Haru estava lá?

Yudi se via obrigado a se acalmar, pois o barulho que o mesmo fizera devia ter chamado atenção demais, apesar daquela ilha não ter o menor conhecimento do mundo exterior e do que aconteceu com ele.

Assim que se acalma, Yudi começou a teorizar a respeito desse sonho, o que era incomum levando em conta a inatividade dele no mesmo... Mas ele perde o foco quando olhou para o relógio. Ele percebeu que estava em cima da hora e se viu obrigado à se apressar, então ele foi até o banheiro de sua casa para se banhar.

Depois do banho, Yudi pôs sua calça e estava escolhendo uma roupa pra usar e cobrir suas cicatrizes. O corpo do jovem apesar de bem definido e atlético, trazia marcas e cicatrizes profundas, de varios tamanhos diferentes.

O rapaz prensa seus olhos nas cicatrizes, lembrando de como todas elas surgiram em seu corpo. Yudi se lembra de um lugar escuro onde ele era mantido por fios e grilhões e começa a questionar sobre as motivações.

Incomodado, Yudi põe uma camisa de mangá longa para disfarçar suas cicatrizes e por cima, um colete de couro vermelho para deixa-lo mais despojado e irreverente.

Aproveitando a ocasião, o jovem arruma o cabelo, quando percebe que sua cicatriz em seu olho estava amostra.

Yudi - Putz, esqueci dessa cicatriz.

Yudi - Será que eu volto a esconder?

Vendo o relógio em seu pulso, Yudi sente urgência em se apressar. O ponteiro mostrava que era cinco para às nove, e então correu para a porta, saindo de sua casa.

Há poucos metros de sua casa, se encontrava a taverna do Jungle. O lugar era lotado. A poluição sonora das músicas e a visual das luzes fortes e vibrantes assolavam o lugar.

Yudi esbarrou em muita gente, até conseguir avistar a sua chefe e então, Diana o chama.

Diana - Ei!! Yudi! Aqui!

A mulher estava graciosa e revelava uma beleza sexy e madura com seu vestido de gala vermelho sem gola ou colarinho. Diana usava maquiagem de maneira bem sutíl e seus labios estavam pintados em um doce vermelho.

O jovem mostrava-se estupefacto diante de uma beleza tão grande, seus olhos quase saltaram e era perceptível a vermelhidão em seu rosto corado.

Yudi - Desculpa o atraso chefe.

Diana - Quanta formalidade meu jovem, só me chame de Diana.

Yudi - Ah, desculpe...

Diana o encoraja a ficar mais calmo.

Diana - Não precisa ficar tão tímido, é só uma roupa comum que eu uso pra sair pra um lugar chique.

Yudi - É que faz tempo que eu não sei o que é ir pra um lugar desses.

Yudi - E a senhora também parece uma modelo, de tão linda que você está.

A mulher se ira mais uma vez. Por dentro ela estava gritando de raiva por mais uma vez ter sido chamada de senhora pela mesma pessoa uma segunda vez.

Diana* - Porra! De novo!

Diana - Obrigada... Você também é um belo rapaz, garanto que qualquer uma iria querer ficar com você.

Yudi ri de timidez.

Yudi - Olha... Não é bem assim...

Yudi - A última garota que eu namorei é... É complicado.

Project UEM: Vol IOnde histórias criam vida. Descubra agora