DARYL DIXON | christmas

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ESPECIAL VÉSPERA DE NATAL 🎄

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A noite estava fria, e as estrelas brilhavam com força no céu claro. A pequena comunidade onde você e Daryl tinham se estabelecido havia decidido que, mesmo no meio do apocalipse, era importante celebrar o Natal. As luzes improvisadas, feitas com velas e pedaços de metal brilhante, estavam penduradas em um pinheiro ressecado no centro do acampamento. As crianças corriam ao redor, rindo, enquanto os adultos tentavam fingir que tudo era normal.

Você estava ajudando Carol a distribuir pedaços de pão recém-assado quando sentiu um olhar familiar fixado em você. Ao levantar os olhos, viu Daryl encostado em uma das cercas, os braços cruzados e a expressão de sempre: séria, mas curiosa. Ele parecia estar te analisando.

— Acho que seu namorado tá te chamando, — Carol sussurrou, com um sorriso divertido.

— Ele não é meu namorado, — você retrucou, mas sentiu suas bochechas esquentarem.

— Sei, sei. — Ela piscou e saiu, rindo baixinho.

Você respirou fundo e foi até ele. Daryl descruzou os braços assim que você se aproximou, mas não disse nada de imediato.

— Vai ficar aí me encarando ou vai falar alguma coisa? — Você quebrou o silêncio, cruzando os braços.

— Só tava vendo se você tava bem. — Ele deu de ombros, desviando o olhar por um instante.

— Eu tô bem. E você?

Ele deu um pequeno sorriso de canto, aquele que ele raramente mostrava.
— Agora tô.

Você revirou os olhos, mas sorriu de volta. Era difícil resistir ao charme desajeitado de Daryl.

— Então, o que tá fazendo aqui sozinho? — perguntou. — Por que não tá com todo mundo?

Ele deu de ombros novamente.
— Não sou muito bom nessas coisas. Festas, celebrações... não é muito meu estilo.

— Isso não é desculpa, Daryl. Todo mundo merece um pouco de alegria, mesmo em tempos como esses.

Ele soltou uma risada baixa, balançando a cabeça.
— Você fala como se fosse fácil esquecer tudo.

— Não é fácil, mas às vezes a gente precisa tentar. — Você tocou levemente o braço dele, tentando transmitir algum conforto.

Daryl olhou para você por um momento, como se estivesse ponderando suas palavras. Finalmente, ele suspirou e apontou para um canto mais afastado da comunidade.

— Vem comigo.

— Pra onde?

— Só vem.

Ele pegou sua mão e começou a te guiar por entre as barracas e cercas improvisadas. Vocês caminharam em silêncio até chegarem a um pequeno bosque nos arredores do acampamento. Havia uma fogueira improvisada ali, e Daryl puxou dois troncos para que vocês se sentassem.

— O que é isso? — perguntou, olhando ao redor.

— Um lugar longe de tudo. — Ele deu de ombros novamente. — Achei que você talvez gostasse.

Você sorriu, tocada pelo gesto.
— É perfeito.

Ele pegou uma pequena bolsa que havia trazido e tirou de dentro uma lata de pêssegos em calda.
— Não tem peru ou aquelas porcarias de Natal, mas... isso aqui é o que consegui achar.

Você riu, aceitando a lata.
— Pêssegos em calda. O jantar perfeito para o Natal.

— É o melhor que eu tinha.

— E é mais do que suficiente, Daryl. Obrigada.

Vocês dividiram os pêssegos, conversando sobre coisas simples — as lembranças de Natais passados, as pessoas que haviam perdido e as pequenas vitórias que ainda conseguiam celebrar. Em algum momento, o silêncio confortável tomou conta, e Daryl olhou para você com um brilho diferente nos olhos.

— Sabe, eu não sou bom com palavras, — ele começou, mexendo nos dedos como se estivesse nervoso. — Mas quero que saiba que... você faz isso tudo parecer menos ruim.

Seu coração acelerou, mas você manteve o tom leve.
— Isso foi uma tentativa de dizer que gosta de mim?

Ele soltou uma risada baixa, balançando a cabeça.
— Talvez.

— Você é péssimo em declarações, sabia?

— E você fala demais, — ele rebateu, mas o sorriso em seu rosto denunciava o carinho que ele sentia por você.

Antes que pudesse responder, Daryl se inclinou levemente, seus olhos fixos nos seus. Por um momento, parecia que o mundo inteiro havia parado. Ele hesitou, mas quando você não recuou, ele encurtou a distância e te beijou suavemente, quase como se estivesse com medo de quebrar o momento.

Quando ele se afastou, seus olhos encontraram os dele, e você não conseguiu evitar sorrir.
— Isso foi... melhor do que pêssegos em calda.

Ele riu, balançando a cabeça.
— Feliz Natal, (Seu Nome).

— Feliz Natal, Daryl.

E ali, sob as estrelas e longe do caos, vocês criaram um momento de paz e esperança que nenhum apocalipse poderia apagar.

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Feliz véspera de Natal meus leitores, espero que passem esse Natal e essa véspera com bastante prosperidade e junto das pessoas que vocês amam.
Boa leitura!
🎄 🎅🫂💕

★━ 𝗜𝗠𝗔𝗚𝗜𝗡𝗘𝗦 ; the walking dead Onde histórias criam vida. Descubra agora