46 : Vazio do Templo

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No templo de infância, onde sonhos floresciam,

Uma jovem cantava, com coração inflamado.

Sua fé brilhava, como estrela radiante,

Mas as sombras da dúvida começaram a se infiltrar.

Palavras vazias, promessas quebradas,

Mentiras disfarçadas de verdade sagrada.

A hipocrisia reinava, amor não era encontrado,

Ela sentiu seu coração, lentamente, se desligando.

A religião, que era refúgio e paz,

Se tornou prisão, onde a liberdade se esvaía.

Ela buscou respostas, mas encontrou silêncio,

E sua fé, como flor, começou a murchar.

Agora, ela caminha, sozinha e perdida,

Procurando o brilho, que uma vez a iluminou.

Sua alma clama, por autenticidade,

Por uma fé verdadeira, sem máscaras nem hipocrisia.

Mas ainda resta,

Uma centelha, um resquício de luz.

Ela busca reacender,

A chama que ardeu, em seu coração jovem.

Que ela encontre,

A verdadeira essência,

Da fé que não julga,

Mas ama sem condição.

Poetisando AndrômedaOnde histórias criam vida. Descubra agora