alta.

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YJ.

Jimin havia recebido finalmente uma alta depois de quatro dias deitada naquele cama estúpida de hospital. Ela enfrentou aqueles caras grandões e até tentou bater neles porém não imaginou que daria nessa merda toda.

Quem estava lhe levando para casa era sua mãe, fazia tanto tempo que não a via... Com o corte na cabeça, foi um poço complicado ela se reacostumar com a Yu, mas nem estava sabendo que Ning havia colocado a mulher na ficha de acompanhantes da paciente Yu.

- Meu Deus, filha. Isso é aterrorizante, porque não me avisou antes? Eu poderia ter vindo te ver. - a mais velha ouviu Jimin bufar. - Ah, mãe. Eu não queria atrapalhar seu trabalho... - a Yu olhou para a filha com um olhar cheio de novidades, logo Jimin se viu interessada. - Advinha, advinha, advinha! - a mais alta se sentia entusiasmada, só não pulava por conta que a coreana estava enroscada em seu braço. - Oque? Conta agora! - ela esboçou um sorriso bonito, mostrando que ela tinha interesse na conversa. - Me aposentei. - ela soltou de surpresa, deixando Jimin completamente desacreditada com a situação.

- Você está falando sério? - a mais velha Yu concordou com a cabeça. - Mãe, você tem noção que deixou sua carreira de modelo totalmente sucessiva pra trás? - continuavam caminhando, agora, mais perto do carro. - Sim, minha filha. Eu estou na meia-idade, já tá na hora. - abriu a porta do carro e cuidadosamente ajudou Jimin a se sentar no banco do carona.
- Aterrorizante mas se você acha melhor, é o que importa. - sorriu amarelo para a Yu mais velha, lhe confortando em sua decisão.

[...]

As malas já se encontravam quase prontas, a mulher estava realmente decidida a ir.

Colocava roupas até demais na mala e acabou por parar para pensar.

Que drama.
Que desespero.
Que coisa que pessoa mitomaníaca faria.
Que coisa estranha.
Oque ela estava fazendo?
Porque ela precisava tanto ver a garota?
Se ela fez merda, não precisava correr atrás até se resolver.

Oque significava aquilo?

- Merda, Jimin, sua louca. - fechou suas mãos em um soco e socou de leve sua cabeça. A mulher se jogou na cama e fechou forte o olho após sentir uma pontada dentro do mesmo.

Coçou seu olho e sentiu sua visão do olho esquerdo parecia embaçada, porém não deu a mínima.

- Ok, Jimin. Você parece uma doida mas, como você já está na metade, o que lhe falta é continuar. - a doidera de conversar sozinha persistia e pra ela isso não era um problema.
Ela terminou de arrumar suas coisas e se sentou na cama, sentindo seu olho doer, porém não por fora, e sim por dentro. Poderia ser algo anormal no entanto ela poderia perder o olho mas não perdoa o vôo.

[...]

Seu táxi chegou no aeroporto e o motorista ajudou a mulher a levar suas malas até o lado interno do local. Ela agradeceu o homem e viu o mesmo arrancar o carro dali.

Ao estar caminhando, sentiu uma mão pousar levemente em seu ombro, lhe dando alguns segundos de susto.

- Ning, não faz isso comigo! - ouviu a risada baixa da outra, se virando para a garota. Quando realizou o ato, ela percebeu que sua visão do olho esquerdo escureceu. Ela paralisou por alguns momentos e só voltou a viver após a chinesa passar brevemente sua mão por sua visão, a fazendo gargalhar pela falta de atenção.

- Eu te falando mil coisas e você pensando em como vai fazer para não morrer... É cada coisa. - Jimin encarou Ning confusa, tentando raciocinar o que ela havia acabado de falar. - Como assim 'para não morrer'? - indagou baixo, ouvindo a seguinte frase após. - Cala a boca e anda. - cortou toda a confusão da coreana e empurrou as costas da Yoo.

Elas se sentaram nas cadeiras de espera, vendo os aviões levantarem vôo e ouvindo todas as palavras da locutora, anunciando os horários dos vôos. Jimin viu a Yizhuo pegar seu celular em um dos bolsos da calça e apenas começou a observar todas as pessoas que andavam pra lá e pra cá com malas nos pátios, com a vista dos aviões se levantando e aviões pousando, tentando eliminar de seu subconsciente o fato de estar preocupada com a visão do lado esquerdo.

Ela aos poucos foi pegando no sono, aos poucos deixando sua cabeça cair ao puff de pescoço, aos poucos quase tirando um cochilo, aos poucos deixando seus músculos se relaxarem e aos poucos esquecendo que estava ficando cega.

Ela se sentiu leve, seus olhos a forçavam a acordar, aos poucos ia recuperando novamente consciência, ouvindo o barulho do motor dos aviões, pessoas falando, pés batendo no chão. Abriu os olhos no momento em que ela ouviu a palavra "China" sair pelos algo falantes do local. Ela checou o assento do lado, imaginando que a própria estivesse ali, porém não. Até pensou que Ning havia ido sem ela mas descartou a possibilidade após notar as malas da chinesa ainda ali.

Ela varreu o local com os olhos para ver a garota chegando com dois copos descartáveis de água com um sorriso bonito no rosto. - Bom dia, bela adormecida. Precisamos ir, a mulher anunciou nosso vôo. - a coreana se levantou rapidamente, logo após, se sentando novamente com desespero, recebendo o olhar de Ning na mulher.
- Você está bem, Jimin? - a Yoo apertou os olhos, se sentindo bem novamente. - Sim, só... Acho que minha pressão caiu. - a mesma sentiu seu olho arder, mas ignorou.

Talvez, assim deve passar...
Jimin pensou.

Yoo se levantou mais uma vez, tentou mais uma vez, e conseguiu. Isso pra ela fez parecer uma tragédia em que todas as vezes que ela tentaria, ela erraria.

Balançou sua cabeça, afastando pensamentos divertidos. Assim parecia uma criança como sempre foi. Apesar de sua idade, nunca lhe definiu como uma mulher completa.

Ambas entraram no avião que as levariam para o destino: China.

Jimin se jogou na poltrona P, batendo sua cabeça no encosto sem querer. Ela sentiu uma pontada no cérebro e pressionou os olhos, levando seus dedos às têmporas, porém dessa vez - inesperadamente e ainda bem - Ning não percebeu e não entrou em alerta. - Acho que vou tirar um cochilo, ainda está cedo e já tomei café da manhã. Fica á vontade. - viu a chinesa se sentar após guardar as malas no suporte acima da cabeça das duas e avisou a mulher.

- Ah, claro. - ela apenas aceitou e esperou pelas comidas que ainda passariam pelos corredores do avião pelas próximas horas.

The Scholarship Holder. [COMEBACK]Onde histórias criam vida. Descubra agora