| THE OTHER WOMAN... • Walker Scobell ✦ . ⁺

ʏᴏᴜ ᴅᴇꜱᴇʀᴠᴇ ʙᴇᴛᴛᴇʀ | ✦ ⁺.

┗━━━━━━⊱ 𝑾𝒂𝒍𝒌𝒆𝒓'𝒔 𝑷𝑶𝑽  ⊰━━━━━━┛

Acordo bem cedo, e eu ainda estava com Livia em meus braços. Sua respiração suave, sua expressão relaxada e seu abraço confortável e quentinho.

Saio devagar da cama, e desço escadas. Apenas sua mãe estava acordada.

— Bom dia Sarah! — Me sento à mesa.

— Bom dia Walker. Quer café? — A loira me oferece.

— Quero, obrigada. — Pego a xícara de café.

— Eu sei que ontem à noite vocês dois brigaram. A Lívia foi pro talete vermelho com os olhos inchados. — A mais velha exclama.

— Fui eu que comecei. Tudo por causa do meu ciúmes. — Passo minhas mãos sobre meu rosto.

— É normal, totalmente normal. Vocês estam na adolescência, onde tudo é à flor da pele. Não se preocupe. — Minha sogra me abraça.

Logo sinto uma mão em meu ombro. Sarah se afasta e Livia me abraça.

— Você acordou muito cedo, nem nove horas da manhã é ainda. — Ela funga, esfregando sua cara no meu moletom.

— Eu sei. Eu dormi muito bem de qualquer jeito. — Aperto ela enquanto a abraço.

— Tá bom. Eu vou tomar meu café. — Ela se senta na mesa.

— Já que eu vou embora amanhã, a gente vai fazer um piquenique, lá no Central Park. — Me sento ao seu lado.

— Sério? — Ela abre um sorriso largo.

— Claro. Depois de tomar o café pode ir se arrumar.

𝖰𝗎𝖾𝖻𝗋𝖺 𝖽𝖾 𝗍𝖾𝗆𝗉𝗈

— Pronta Miller? — Vejo a mesma descer as escadas.

— Pronta Scobell. — Ela dá uma giradinha e um sorriso.

— Você tá linda. Vem, a gente tem que ir. — Pego as chaves do meu carro.

Eu estava indo pegar o carro do outro lado da rua, e assim que eu atravesso, ouço um barulho estridente de pneus rangendo.

Livia estava caída no chão, se afogando em seu próprios sangue.

— Lívia! — Corro até o corpo caído da mesma, e ela me puxa para perto.

— Eu...te amo. — Sua voz sai embargada por conta do sangue transbordando em sua garganta.

— Senhor Miller! Senhora Miller! — Minha voz trêmula ecoava em todo o bairro, alertando todos dali.

— Minha filha não! — Minha sogra cai de joelhos, diante de sua filha, e meu sogro ligava desesperadamente para a ambulância.

Suas palavras ecoavam como um ruído surdo em minha mente. Eu...te amo. Suas últimas palavras foram dirigidas à mim. Meu estômago revirava e eu podia sentir o amargo gosto de bile. Minhas mãos tremiam seguidamente de lágrimas caindo automaticamente dos meus olhos sem eu nem perceber.