❁ Capitulo Dezenove (Am I Free Now?) ❁

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Espero que me perdoem, tive uma longa semana indo ao hospital, estou muito doente (não quero entrar em detalhes) então espero que entendam se eu demorar a postar, love you all. x

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"Mia?" Ouço a voz de Niall e aperto sua mão. "Eu estava imaginando em quando você acordar, não me julgue por ser tão sonhador."

Ele ri e eu aperto sua mão novamente, era minha única forma de comunicação.

"Será que você poderá sabe, tentar? Tentar ter algo comigo? Sabe que eu gosto de você não é? Muito." Eu quero apertá-lo e nunca mais soltar.

"Oh, desculpe, não sabia que teria alguém aqui." Ouço a voz feminina.

"Tudo bem." Niall fala.

"Vou só trocar a bolsa de soro."

"Você sabe quando ela vai falar ou..." Ele fala esperançoso.

"Eu só sei que o quadro dela está bem, não sei de muitas informações."

"Oh, tudo bem." Ele está desapontado.

Ouço a porta bater e sua mão encontra a minha e ele entrelaça nossos dedos.

(...)

| Louis POV's |

"O quadro dela está bom?" O clima está tenso, o médico nos chamou para uma conversa.

"O quadro dela é como uma montanha russa no escuro, nunca sabemos quando irá descer ou subir. Ela deve estar muito cansada psicologicamente mas não posso dar certeza."

"Ela irá lembrar de nós?" Daisy falou com a voz trêmula.

"A memória não foi afetada tanto quanto pensávamos, esse é um ótimo sinal."

"Mas e os velhos costumes?" Minha mãe fala e eu seguro sua mão.

"Terá que ter acompanhamento psiquiátrico como eu já tinha falado antes, essas doenças não param do dia para noite e ela estava num estágio avançado, agora conseguimos estabilizá-la e ela está saudável mas eles têm uma visão muito negativa do corpo."

"Então teremos que supervisiona-lá?"

"Sim, ela pode ter alguns deslizes."

"O quadro atualmente como está? Seja sincero, como se fosse alguém da família o que devemos fazer?"

"As chances de ela acordar... Uma em quinze. Eu esperaria mais algum tempo, dois ou três meses e se não desse certo, acho que não seria bom deixar ela sofrendo."

"Você está dizendo que devemos..." A voz de minha mãe quebra no final. Não, Mia estava indo muito bem! Não...

"Ela está dando tudo de si, está tendo melhoras sim, mas tem muitas coisas ruins que está interferindo. Sua respiração piorou, alguns dos remédios que dávamos pararam de fazer efeito... Como eu disse, é uma montanha russa."

Ela não pode morrer.

"Eu sinto muito mas sei que vocês querem o melhor para ela mas eu tenho que ser bem sincero quanto às chances, se vocês quiserem esperar para todos se despedirem... A decisão é de vocês em manter ou não os aparelhos ligados."

"Ela está sentindo muita dor?" Falo com a voz embargada.

"Ainda não mas sentirá dores insuportáveis em breve e infelizmente não poderemos dar remédios para dor, eles irão interromper o efeito dos outros que ainda funcionam."

"Não podemos deixar ela sofrer." Se eu falasse algo sei que destruiria aquela sala sem piedade e ainda quebrava o nariz daquele médico.

"Qual será a data final? Dou o tempo possível para vocês pensarem."

"Eu... Eu... N-Não sei, não sei." Minha mãe fala e o médico assente nos deixando sozinho.

Sinto minhas bochechas queimarem, sinto que estão perdendo a esperança nela.

Eu não irei perder a esperança nela mas não quero que ela sofra, eu estou dividido.

(...)

| Mia POV's |

Já se passaram duas semanas, eu venho me sentindo estranha ultimamente, muita dor, muitas pessoas me visitando, muitas pessoas perdendo a fé em mim.

Isso conseguiu me abalar de algum jeito.

A noite está fria, não sei se tem alguém no quarto, não ouço nada.

Eu sinto meu corpo explodir, eu quero gritar de dor, eu quero me contorcer no chão mas eu estou inquieta.

Eu perdi a confiança em mim mesma.

A mesma luz branca que eu tive no ataque cardíaco só que mais forte.

Não sei o que deu em mim, angústia talvez? Medo de não conseguir? Cansaço?

Sinto como se eu finalmente tivesse me libertando dessas duas linhas que me prendiam.

Estou mais leve, respiro com mais facilidade.

Me sinto mais leve, um peso saiu dos meus ombros.

Vejo meus pais.

"Mãe?" Sussurro e ela se senta a minha frente.

"Senti tantas saudades suas, você era tão nova mas estou vendo que ainda lembra de mim." Ela fala e eu sorrio, estava com tantas saudades de ver uma face conhecida.

Um homem surge atrás de minha mãe.

"Pode vir com a gente, filha. Não tenha medo. - Eles não mudaram, eles continuam me amando.

- Eu amo tanto vocês. - Eles estendem as mãos para mim e sorriem, é uma sensação tão boa.

Depois que toco a mão deles só vejo branco, estou me corroendo mas estou livre.

Eu estou livre agora?

•••

Chorem muito.

Não se esqueçam de favoritar e comentar.

All the love. x

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