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Playboy

Acendo meu baseado de olho na laje de frente pra boca, puxei a fumaça pra cima e apertei os olhos quando vi o mano Tonynho se aproximado.

Tony é um moleque bom, perdeu a mulher dele um tempo ai , fiquei sabendo que a mina morreu de câncer de mama, desenvolveu essa parada depois que ganhou a cria dele, o pivetinho Gael, aquele moleque é esperto pra porta.

Sopro a fumaça pra cima olhando pra ele que me olha de la e acena com a cabeça.

Tiro o baseado da boca segurando no dedo, começo a tossir.

-Tosse do capeta - murmuro bolado. - chega aí Tony.- falo alto pra ele escutar de lá.

Tony: Tô indo patrão - grito de lá- vem cá Gael, já disse pra sair do meio da rua, tá achando que porque é pequeno não passam encima de tu ?

Gael só olhou pra ele e cruzou os braços mais foi só me ver que ele abriu um sorriso que daqui uns dias vai tá Banguelo.

Gael: tiooo play - ele para na minha frente, apago o baseado pra fumaça não ir nele, lavo a mão com uma água de um litro e só aí pego o moleque que gargalha segurando no meu ombro.

-fala tu pivete magricela - ele rir- porque não veio mais ver o tio ?

Ele aponta pro pai dele e rir.

Gael: a culpa é dele. - Tony nega com a cabeça.

Tony: minha porque? ala.

Gael: Você que não me trouxe aqui.

Tony: Tu nem devia tá aqui,  seu moleque abusado.

Gael: foi bom que eu vi o tio, né tio play ? quando a gente vai no campinho joga um fut ?

-Tá nos pique de ir agora ?- ele balança a cabeça que sim.

Gael: como o papai fala " marcha " - dou uma risada alta.

Tony: Onde foi que eu errei - ele cruza os braços olhando indignado pro filho.

Laranjinha: errou em tudo né,  tá fumando droga vencida filho da puta - olho feião pra ele, ele até cala quando ver o pivete.

Criança é assim aprende a fala tudo que ele escuta.

Laranjinha: foi mal cabeça de cuia, eu não...- tropeça no caixote- sai da frente desgraça do cão, só pode ser uma praga mesmo.

-Se tu quebrar o caixote deu sentar, eu enfio o resto no seu cu.

Entrego o gael pro colo dele.

Antes era eu laranjinha é o Tony, os três fazendo merda mais sendo feliz.

Até que eu entrei pro tráfico,  laranjinha também veio pra conseguir encher a geladeira e o único que podia tá bem agora que é o Tony, mais não, burro pra um caralho, foi se meter com droga, e o maluco nem precisava tá nessa vida, herdou o salão de cortar cabelo que era do finado pai dele.

Podia tá numa vida sossegada mais não, o cuzão tinha que seguir nos nessa vida também.

Tony: parece que tu nunca tá feliz em me ver. - ele fala pegando o baseado do mim, acendi outro pra aproveitar que o pivete não tá aqui.

-Tu é um filho da puta Antony- murmuro.

Tony: só porque eu vendo droga as vezes é fico de plantão na boca ou na casa do laranjinha? - encaro ele sério, tomando o baseado da mão dele.

Goianinha 🌺 ( concluída )Onde histórias criam vida. Descubra agora